Total de visualizações de página

Quer sua Biografia aqui = escreva a sua e envie pelo contato que se encontra em baixo. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fala a Campesina 09/11/11

Fala a Campesina
Música Sertaneja ou caipira é um gênero musical do Brasil produzido a partir da década de 1910, por compositores rurais e urbanos, outrora chamada genericamente de modas, toadas, cateretês, chulas, emboladas e batuques, cujo som da viola é predominante.  
O folclorista Cornélio Pires conheceu a música caipira, no seu estado original, nas fazendas do interior do Estado de São Paulo e assim a descreveu em seu livro "Conversas ao pé do Fogo":

-"Sua música se caracteriza por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera, mas sua dança é alegre".

Cornélio Pires em seu livro "Sambas e Cateretês" recolheram letras de música cantadas nas fazendas do interior do estado de São Paulo no início do século XX, antes de existir a música caipira comercial e gravada em discos.

 Inicialmente tal estilo de música foi propagado por uma série de duplas, com a utilização de violas e dueto vocal. Esta tradição segue até os dias atuais, tendo a dupla geralmente caracterizada por cantores com voz tenor (mais aguda), nasal e uso acentuado de um falsete típico.

 Enquanto o estilo vocal manteve-se relativamente estável ao longo das décadas,

O ritmo, a instrumentação e o contorno melódico incorporaram aos poucos elementos de gêneros disseminados pela indústria cultural.  



Destacaram-se inicialmente, entre as duplas pioneiras nas gravações em disco, Zico Dias e Ferrinho, Laureano e Soares, Mandi e Sorocabinha e Mariano e Caçula.

Foram às primeiras duplas a cantar principalmente as chamadas modas de viola, de temática principalmente ligada à realidade cotidiana - casos de "A Revolução Getúlio Vargas" e "A Morte de João Pessoa", composições gravadas pelo duo Zico Dias e Ferrinho, em 1930, e "A Crise" e "A Carestia", modas de viola gravadas por Mandi e Sorocabinha, em 1934. Gradualmente, as modificações melódicas e temáticas (do rural para o urbano) e a adição de novos instrumentos musicais consolidaram, na década de 1980,

Um novo estilo moderno da música sertaneja, chamado hoje de "sertanejo romântico" - primeiro gênero de massa produzido e consumido no Brasil, sem o caráter geralmente épico ou satírico-moralista e menos freqüentemente, lírico do “sertanejo de raiz".

Tais modificações dentro do gênero musical têm provocado muitas confusões e discussões no país a cerca do que seria música caipira/sertaneja.

Críticos literários, críticos musicais, jornalistas, produtores de discos, cantores de duplas sertanejas, compositores e admiradores debatem sobre as quais seriam as formas artísticas de expressão do gênero, que levam em conta as mudanças ocorridas ao longo de sua história.

Muitos estudiosos seguem a tendência tradicional de integrar a música caipira e sertaneja como subgêneros dentro um só conjunto musical, estabelecendo fases e divisões: de 1929 até 1944, como "música caipira" (ou "música sertaneja raiz"); do pós-guerra até a década de 1960, como uma fase de transição da velha música caipira rumo à constituição do atual gênero sertanejo; e do final dos anos sessenta até a atualidade, como música "sertaneja romântica”.   

Outros no meio acadêmico, no entanto, considera "música caipira" e "música sertaneja" gêneros completamente independentes baseado na idéia de que a primeira seria a música rural autêntica e/ou do homem rural autêntico, enquanto a segunda seria aquela feita, como "produto de consumo", nos grandes centros urbanos brasileiros por não-caipiras.  

Outros autores estendem o conceito de música caipira/sertaneja ao baião, ao xaxado e outros ritmos do interior do Norte e Nordeste.  

Se for adotado o critério de que músicas caipiras e sertanejas são sinônimas, pode-se dividir este gênero musical em alguns subgêneros principais: "Caipira" (ou "Sertanejo de Raiz"), "Sertanejo Romântico" e "Sertanejo Universitário".

"Sertanejo" são os locais afastados, longe das cidades, ainda que seja mais presente sua relação com o nordeste, do interior, que encontrou vegetação e clima hostis, além da dominação política dos "coronéis", obrigando a desenvolver uma cultura de resistência, do matuto, legitimamente sertanejo, conhecedor da caatinga.

Difere-se da cultura caipira, especificamente originária na área que abrange os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e a região Sul Fluminense, no Rio de Janeiro.

Ali se desenvolveu uma cultura do colono que encontrou abundância de águas, terra produtiva e um clima mais ameno, típico do cerrado.

É conhecida como "caipira" ou "sertaneja" a execução composta e executada das zonas rurais, do campo, a antiga Moda de viola.
Os caipiras duplas ou solo, utilizavam instrumentos típicos do Brasil - colônia, como viola caipira.

Primeira era

Foi em 1929 que surgiu a música sertaneja como se conhece hoje.

Ela nasceu a partir de gravações feitas pelo jornalista e escritor Cornélio Pires de "causos" e fragmentos de cantos tradicionais rurais do interior paulista, norte e oeste paranaense, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e mato-grossense  

Na época destas gravações pioneiras, o gênero era conhecido como música caipira, cujas letras evocavam o modo de vida do homem do interior.

(muitas vezes em oposição à vida do homem da cidade), assim como a beleza bucólica e romântica da paisagem interiorana (atualmente, este tipo de composição é classificado como "música sertaneja de raiz", com as letras enfatizadas no cotidiano e na maneira de cantar).  

Além de Cornélio Pires e sua "Turma Caipira", destacaram-se nessa tendência, mesmo que gravando em época posterior, as duplas Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, entre outros, e canções populares como "Sergio Forero", de Cornélio Pires. 

O Bonde Camarão “de Cornélio Pires e Mariano, ”Sertão Laranjinha”, de Ariovaldo Pires e ”Cabocla Tereza”, de Ariovaldo Pires e João Pacífico”.  

Segunda era

Uma nova fase na história da música sertaneja teve início após a Segunda Guerra Mundial, com a incorporação de novos estilos (de duetos com intervalos variados e o estilo mariachi), gêneros (inicialmente a  guaranía e a polca paraguaia  e, mais tarde, o  corrido e a rancheira mexicana) e instrumentos (como o acordeom  e a harpa).

 A temática vai tornando-se gradualmente mais amorosa, conservando, todavia, um caráter autobiográfico.  

Alguns destaques desta época foram os duos Cascatinha e Inhana, Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Bia, Trio Luizinho, Limeira e Zezinha (lançadores da musica) e o cantor José Fortuna (adaptador da  guarânia no  Brasil).

Ao longo da década de 1970, a dupla, Milionário e Jose Rico  sistematizaram o uso de elementos da tradição mexicana mariachi com floreios de Violino e Trompete  para preencher espaços entre frases e golpes de glote que produzem uma qualidade soluçante na voz.   

Outros nomes, como a dupla Pena Branca e Xavantinho, seguiam a antiga tradição caipira, enquanto o cantor  Tião carreiro inovava ao fundir o gênero com o samba, coco e calango de roda.

Terceira era

A introdução da guitarra elétrica  e o chamado "ritmo jovem", pela jovem dupla Léo Canhoto e Robertinho, no final da  década 60

Marcam o início da fase moderna da música sertaneja.

Um dos integrantes do movimento musical Jovem Guarda, o cantor Sergio Reis passou a gravar na década de 1970 o repertório tradicional sertanejo, de forma a contribuir para a penetração mais ampla ao gênero. 

Renato Teixeira foi outro artista a se destacar àquela altura.

Naquele período, os locais de performance da música sertaneja eram originalmente o circo, alguns rodeios e principalmente as 

Rádios AM.

Já a partir da  década de 1980, essa penetração estendeu-se às  Rádios FM e também à  Televisão-seja em programas semanais matutinos de domingo ou em  trilhas sonoras de novela ou programas especiais.

Durante os anos oitenta, houve uma exploração comercial massificada do sertanejo, somado, em certos casos, a uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da Jovem Guarda.

Dessa nova tendência romântica da música sertaneja surgiram inúmeros artistas, quase sempre em duplas,

 Entre os quais, o Trio, Parada Dura, Chitãozinho e Chororó, Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Christian  e Ralf, João Paulo e Daniel, Chico Rei e Paraná, João Mineiro e Marciano, Gian e Giovane,  Rick e Renner, Gilberto e Gilmar, além das cantoras Nalva Aguiar, Roberta Miranda entre outras.  

Alguns dos sucessos desta fase estão "Fio de Cabelo", de Marciano e Darci Rossi, "Apartamento 37", de Leo Canhoto, "Pense em Mim", de Douglas Maio, "Entre Tapas e Beijos", de Nilton Lamas e Antonio Bueno e "Evidências", de José Augusto e Paulo Sérgio Valle.

Contra esta tendência mais comercial da música sertaneja, reapareciam nomes como da dupla Pena branca e Xavantinho, adequando sucessos da MPB à linguagem das violas, e surgiam novos artistas como Almir Sater, violeiro sofisticado, que passeava entre as modas de viola e os Blues.

Na década seguinte, uma nova geração de artistas surgiu dentro do sertanejo disposta a se reaproximar das tradições caipiras, como Roberto Correa, Ivan Vilela, Perreira da Viola, Chico Lobo e Miltinho Edil Berto.

Atenta, a indústria fonográfica lançou na década um movimento similar, chamado  Sertanejo universitário com nomes como Guilherme e Santiago, Marcos e Leo, João Bosco e Vinicius, Cezar Menotti e Fabiano, Jorge e Mateus, Vitor e Leo, Fernando e Sorocaba, Marcos e Belutti e João Neto e Frederico.  

Como esse movimento não para e ganha cada vez mais adeptos, o mercado que antes tinha como foco de surgimento de duplas e artistas sertanejos no estado de  Goiás hoje tem elegido novos ídolos do estado de  Mato Grosso do Sul como a revelação escolar da dupla Maria Cecília e Rodolfo.  

Porém, Goiás não deixou de revelar grandes nomes no cenário nacional, surgiram os já citados Jorge e Mateus e João Neto e Frederico sem falar de grandes artistas vinculados ao sertanejo mais massificado da década anterior, como Guilherme e Santiago, Bruno e Marrone e Edson e Hudson.
Quarta era
COMEÇA A RECICLAGEM DO SERTANEJO UNIVERSITÁRIO, OS

ARTISTAS COMEÇAM A DIVISÃO MUSICAL.


BOA PARTE RETORNA PARA AS INFLUÊNCIAS DA MODA DE VIOLA OU "MODÃO" COMO OS ARTISTAS ESTÃO PREFERINDO CHAMAR O NOVO SEGUIMENTO E COMEÇA A SURGIR CDS COM O SUBTÍTULO DE "SÓ MODÃO". JÁ OUTRA PARTE SEGUE AS TENDÊNCIAS DO SERTANEJO ROMÂNTICO DO PASSADO QUE É O CASO DE ARTISTAS COMO EDUARDO COSTA E LÉO MAGALHÃES.

O SERTANEJO UNIVERSITÁRIO MUDOU MUITO A FORMA DO SERTANEJO CONVENCIONAL, JÁ QUE ALGUNS INSTRUMENTOS COMO A SANFONA, SE TORNARAM MAIS ELETRÔNICOS, ASSIM, TORNANDO A MÚSICA COM UM RITMO UM POUCO MAIS ACELERADO.




Nenhum comentário:

Postar um comentário