Liu & Léo
É uma das duplas, sertaneja mais antiga ainda em atividade.
Liu &
Léu é uma dupla de música sertaneja brasileira formada pelos irmãos
"Lincoln Paulino da Costa" e "Walter Paulino da Costa"
nasceram na pequena cidade de Itajobi do estado de São Paulo
Membros
de uma família tradicional de cantadores de nove irmãos, sendo duas mulheres,
cresceram na lavoura de café e cereais, onde viveram parte de suas vidas e
sempre participando de festas de catiras.
Na dança
do catira o grupo era formado pelas famílias Costa e Vieira.
Lincoln,
além de dançar catira, era romântico; gostava de declamar poesias e até de
cantar músicas de Vicente Celestino.
Walter
aos seis anos de idade subia numa cadeira para cantar com o irmão mais velho, o
Benedito, e já fazia parte do time de catira. Com 16 anos fez dupla com um
amigo e participava de programas na Rádio de Novo Horizonte e também em
Catanduva.
Nesta
época a dupla chamava-se “Sampaio e Nenê Cunha”. Faziam shows pela região, e o
Liu participava declamando poesias e fazendo humorismo.
O pai,
seu Gabriel já cansado deixou a vida dura da lavoura indo para a cidade, foi aí
que os dois irmãos decidiram ir para a capital São Paulo para trabalhar numa
metalúrgica, a Mercantil Suíça.
Aguardando
para assumirem o trabalho foram assistir a festa de aniversário do programa
“Brasil Caboclo” na Rádio Bandeirante, na Rua Paula Souza, programa de
auditório que ia ao ar diariamente às 7 horas da manhã.
Neste
programa radialistas como Biguá, Zacharias Mourão, Capitão Balduíno e outros
tomaram conhecimento que os dois visitantes eram irmãos de Zico & Zéca e
primos de Vieira e Vieirinha que já eram duplas famosas, pediram para que os
dois irmãos cantassem uma música.
Foi então
que cantou com instrumentos emprestados a música de Dino Franco e Sebastião
Victor “Meu Ranchinho”.
De agrado
geral, marcou-se ali mesmo a estréia para o dia 5 de novembro de 1957, no
programa “Novidade Sertaneja” apresentado por Zacharias Mourão. Compraram uma
viola e um violão e escolheram os nomes. O Lincoln já era apelidado por “Liu” e
aí foi só acrescentar “Léu” para o Walter. Nascia ali a dupla Liu e Léu.
A dupla
tornou-se conhecida pelos circenses através do rádio, e começaram a se
apresentar em circos pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e
Matos Grosso, acompanhados durante um bom tempo pelo amigo e grande radialista
Muibo Curi que se apresentava como humorista usando o nome de Nho Tião.
Em abril
de 1959 convidados por Teddy Vieira diretor artístico da Chantecher gravaram o
1º 78 rotações com a moda de viola “Rei do Café” de Teddy Vieira e Carreirinho
e do outro lado “Carreiras de Cururu” de Piraci, Biguá e Teddy Vieira.
Em Junho
do mesmo ano gravou a toada “Boiadeiro Errante” de Teddy Vieira (música que se
tornou um clássico, personalizando a dupla e mantendo-se em sucesso permanente)
na outra face do disco a música “Baile na Roça” de Teddy Vieira e Zico.
Com o
término do compromisso na Rádio Bandeirantes, transferiram-se para a Rádio Nove
de Julho participando semanalmente do programa “Prelúdio Sertanejo”, que ia ao
ar as seis horas da tarde com auditório, até o ano de 1962 período em que
gravaram mais 6 discos de 78 rotações.
Neste mesmo
ano houve grandes mudanças, gravaram o 1º LP intitulado “Nosso Rancho” pela
gravadora Continental, recebeu o troféu pela música “Meu Ranchinho” de Dino
Franco e Sebastião Vitor de Melhor Música do Ano.
Em
seguida foram para a Rádio Nacional de São Paulo permanecendo lá durante muitos
anos. Liu e Léu participaram também do primeiro programa “Viola Minha Viola” na
TV Cultura. Contratados pela Rádio Record participavam do Programa “Linha
Sertaneja Classe A” e paralelamente apresentavam-se em programas de televisão.
Em 1978
Liu e Léu, criam o selo Tocantins onde lançaram vários artistas, e a própria
duplas, destacando neste período os sucessos: Sementinha, Mãe de Carvão, O Ipê
e o Prisioneiro, Jeitão de Caboclo, Ano 2000, Porta, Cadeia de Papel, Velho
Pouso de Boiada, Prato do Dia, 25 de Dezembro e Legítimo Doutor.
Ao todo
se somam 32 LPs pela gravadora Continental, Chantecher, RCA Victor, Copacabana
e Tocantins, e 17 CDs em várias outras.
Ao longo
da carreira permanecem em destaque as músicas, Rei do Café, Boiadeiro Errante,
Adeus Minha Terra, Rainha do Paraná, Caminheiro, Dona Saudade, Onde Eu Moro,
Buscando a Felicidade e outros.
Em 2002 é
lançado o CD “Jeitão de Caboclo” pela gravadora Atração, que em 2003 recebe a
indicação para o Grammy Latino na categoria de “Melhor Álbum de Música
Regional”.
No ano de
2005 participaram na casa de shows Olímpia, da gravação do DVD 100% Caipira com
a música “Jeitão de Caboclo”.
O mais
trabalho foi lançado no ano de 2009, pelo selo “Tocantins”, intitulado
“50 Anos”.
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