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sábado, 19 de novembro de 2011

Jararaca e Ratinho 19/11/11

Jararaca e Ratinho

José Luiz Rodrigues Calazans, o Jararaca, nasceu em Maceió-AL no dia 29/09/1896 e faleceu no Rio de Janeiro - RJ no dia 11/10/1977.

Severino Rangel de Carvalho, o Ratinho, nasceu em Itabaiana-PB no dia 13/04/1896 e faleceu em Duque de Caxias-RJ no dia 08/09/1972. 
Jararaca era filho do Poeta e Professor Ernesto Alves Rodrigues, o "Seu" Nhonhô, que cuidou de seu aprendizado escolar. Seus irmãos eram Violeiros e Seresteiros e José Luiz ganhou uma Viola quando contava apenas 8 anos de idade; nessa idade, já mostrava tendências à criação humorística e musical. 



Vivendo em "Pilar-AL" conheceu boiadas que chegavam das Minas Gerais e, com elas, os Violeiros, dos quais José Luiz ouvia histórias e estórias de homens bons e ruins, caçadas, cangaceiros, Reisados, etc. que, com certeza, ajudaram na sua formação musical. 
Criou por volta de 1915 um grupo de Teatro na cidade de Piranhas-AL, o qual se apresentava em palco improvisado nos fundos de um armazém. 
José Luiz inclusive fez parte do bando do cangaceiro Lampião! Na verdade, ele havia trabalhado na Fábrica de Linhas Estrela que pertencia ao coronel Delmiro Gouveia e lá conheceu Virgulino Ferreira que era poeta, cantor, tropeiro, capataz e homem de confiança do patrão. No entanto, revoltado com o brutal assassinato que vitimou Delmiro Gouveia em 1917, Virgulino, "transfigurado", pegou alguns cavalos, adquiriu armas, passou a usar o famoso "Chapéu de Couro" e formou o bando que começou a sair pelas estradas do Sertão Nordestino, "fazendo justiça" e atendendo pelo apelido de Lampião. E José Luiz também integrou esse bando por dois anos... 
E, em 1919, influenciado por um dos seus irmãos, "passou para o outro lado" e foi nomeado Chefe de Polícia, ficando com a vigilância de uma estação ferroviária no Interior Pernambucano. E, percebendo que nada daquilo era de acordo com seu temperamento, resolveu seguir "com a cara e a coragem" para Recife-PE, determinado a tentar a carreira artística. 
Severino Rangel, o Ratinho, por outro lado, órfão de mãe antes do primeiro aniversário, tendo 25 irmãos por parte de seu pai, foi criado por seus tios e padrinhos. Dona Neném, sua tia, foi, por sinal, a principal incentivadora de sua Arte Musical. 
Desde criança tocava na Banda Musical de Itabaiana-PB, onde nasceu. Em 1914, mudou-se para a Capital Pernambucana e, no ano seguinte, tocava oboé na Orquestra Sinfônica local. Tocava também Trompete e Saxofone e deu aulas de Música na Escola de Aprendizes do Recife. 
O apelido de Ratinho, Severino arranjou antes de conhecer o parceiro Jararaca: foi nos primeiros anos no Recife-PE, por causa do refrão da polca "Rato Rato!" (Casemiro Rocha - Claudino Manoel da Costa) que ele costumava interpretar ("Rato, rato, rato / Por que motivo tu roeste o meu baú?..."
Foi no ano de 1919 que José Calazans e Severino Rangel se conheceram: foi na casa de Filinto de Moraes, local onde se reuniam expoentes da Música Popular e músicos iniciantes. Nesse período integraram o Bloco dos Boêmios e começaram a tocar juntos. 
Formaram o grupo "Os Boêmios", que em 1921 deu uma apresentação no Cassino Moderno para completar o show dos "Oito Batutas", conjunto que tinha como integrante o célebre Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, além de Donga, Otávio Viana, Nélson Alves, José Monteiro, João Thomaz, Jacob Palmieri e João Pernambuco (o célebre compositor do Choro-Maxixe "Sons de Carrilhões" para Violão e também o co-autor de "Luar do Sertão" juntamente com Catulo da Paixão Cearense ). Interpretaram inclusive a famosa embolada "Espingarda Pá Pá Pá", de José Luis Rodrigues Calazans (que ainda não tinha o nome artístico de Jararaca). A embolada foi do agrado de Pixinguinha, que a incluiu em seu repertório. 
O conjunto "Os Boêmios" passou a ser "Os Turunas Pernambucanos" e cada componente adotou o nome de um animal, já que os apelidos baseados na fauna brasileira eram comuns na Região Nordeste, de acordo com declaração de Jararaca ao Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro - RJ. 
E foi então que José Luiz adotou o apelido de Jararaca. Outros integrantes do conjunto eram Cobrinha, Sapequinha, Pirauá, Caxangá, Preá, Bronzeado, Cipoal e Sabiá. 
Os Turunas Pernambucanos tiveram destaque no início da década de 1920, cantando "Cocos" e Emboladas, apresentando-se em Trajes Típicos e fizeram uma turnê durante um mês percorrendo vários lugares do Interior do Nordeste até a Bahia e, incentivado por Pixinguinha, o conjunto tomou o rumo da Cidade Maravilhosa, aonde chegou a Abril de 1922. 
Na então Capital da República, "Os Turunas Pernambucanos" participaram dos eventos comemorativos ao Centenário de Independência do Brasil. Foram aplaudidos inclusive pelo então Presidente Epitácio Pessoa! Lembrar também que foi no dia 07/09/1922, ou seja, no dia do Centenário da Independência, que aconteceu a primeira transmissão radiofônica no Brasil. 
Apresentaram-se no Cine Teatro Beira-Mar, já com diversas músicas de autoria de Jararaca e Ratinho, vestidos com trajes simples e "chapéu de cangaceiro". Com o sucesso alcançado, foram convidados a se exibir na "Sala de Espera" do Cine Palais. 
Ainda no mesmo ano de 1922, Jararaca gravou a embolada "Espingarda Pá Pá Pá" na Odeon com acompanhamento de Manuel Pedro dos Santos e os Turunas Pernambucanos. E no ano seguinte, gravou o "Samba Sertanejo" "Vamos s’imbora Maria", também na Odeon com acompanhamento de Baiano e dos Turunas Pernambucanos. 
Em seguida, o grupo foi em excursão a Buenos Aires onde se apresentou em teatros e festas particulares. E foi na Capital Argentina que o grupo se dispersou. Jararaca e Ratinho rumaram então para Montevidéu e mantiveram os nomes dos mesmos bichos na dupla que nascia naquele momento.
Por sinal, uma "Dupla Bem Brasileira que nasceu no Estrangeiro"... 
A partir de 1927 o trabalho de Jararaca e Ratinho começou a se consolidar.
Começaram a fazer bastante sucesso cantando e tocando Emboladas, Marchas e Chorinhos, intercalados de piadas e esquetes baseados em "causos" caipiras.
Foi nesse mesmo ano que a dupla passou a atuar oficialmente na reabertura do Teatro Santa Helena, que ficava na Praça da Sé, em São Paulo-SP.
Foi nesse teatro, por sinal, que a dupla se apresentou pela primeira vez em Território Brasileiro. 
Os diálogos humorísticos que intercalavam as músicas eram mais ou menos como esse: 
Jararaca: Cumpadre, você sabe qual é a diferença que há entre uma mão e uma vaca? 
Ratinho: Sei lá que diferença que há entre uma mão e uma vaca... 
Jararaca: É que com uma mão se tira leite da vaca e com uma vaca não se tira leite do mamão... 
Ratinho: Ah, bom... Agora eu entendi! 
Jararaca: Agora, você que já estudou Medicina, vai me dizer em quantas partes se divide o crânio humano? 
Ratinho: Bão... Isso depende das cacetadas que levar... 
O primeiro disco da dupla foi gravado na Odeon em 1929, coincidência ou não, no mesmo ano em que Cornélio Pires gravava os primeiros discos de Música Caipira na História Musical Brasileira. 
Nesse mesmo ano, Jararaca e Ratinho começaram a ter suas músicas gravadas por artistas do renome de Francisco Alves ("Meu Sabiá", "Meu Brasil"), Dircinha Batista ("Louca por Ele") e Emilinha Borba ("Ai, Luzia"), apenas para citar alguns exemplos. E foi também nesse mesmo ano de 1929 e, tendo como foco a música regional, que Jararaca e Ratinho se uniram a Cornélio Pires numa turnê pelo Interior Paulista, Minas Gerais e Região Sul do Brasil.
E, na maneira de se vestir, estilizaram-se na forma de uma Dupla Caipira Paulista, trocando os "chapéus de
cangaceiro" pelos "chapéus de abas curtas", com os quais passaram a se apresentar. 
E a dupla se separou por um curto período no ano seguinte. Nessa época, Jararaca editou o livro "Do sertão". E Ratinho permaneceu no Sul trabalhando com o artista caipira Jeca Tatu. Jararaca retornou ao Rio de Janeiro e começou a trabalhar no teatro de revistas. 
No mesmo ano de 1930, Jararaca e seu Grupo gravaram pela Odeon o samba "Baiana", feito em parceria com o exímio Bandolinista Luperce Miranda. Em 1930, Ratinho gravou pela Columbia dois Discos com João Pernambuco.
O primeiro teve "Catirina" e "Meu noivado", com interpretação de Ratinho com música de João Pernambuco e letra recolhida do folclore. No segundo, as músicas de João Pernambuco e versos recolhidos do folclore estavam nas emboladas "Perigando" e "ABC", ambas cantadas por Ratinho. No mesmo ano, estrearam no cinema com o filme "Coisas nossas", produzido pelo americano Wallace Downey. 
No final de 1931, Jararaca e Ratinho fundaram a "Casa de Caboclo", juntamente com Duque, Pixinguinha e Dercy Gonçalves, cujo objetivo era criar a "Casa da Canção Nacional". Na "Casa de Caboclo", Jararaca e Ratinho apresentaram vários shows de Música Nordestina e atuaram em diversas peças, entre as quais "Viva as Muié", "Alma de Caboclo" e "Sodade de Caboclo". Os shows na "Casa de Caboclo" receberam aplausos inclusive do então Presidente Getúlio Vargas. 
Alvarenga e Ranchinho também se apresentaram com bastante sucesso na Casa de Caboclo (incentivados pelo Maestro e Pianista Breno Rossi, que trabalhava na Rádio São Paulo juntamente com os Milionários do Riso). 
Jararaca e Ratinho também gravaram pela Columbia o coco dobrado "Acende a luz". E em 1933, filmaram "A Voz do Carnaval", dirigido por Adhemar Gonzaga e Humberto Mauro.
Em 1935, com Duque e outros artistas, seguiram para a Argentina onde se apresentaram no "Calle Corrientes" com casa lotada. Em 1936, a dupla se separou mais uma vez. E Ratinho excursionou pelo Nordeste com sua própria Companhia Regional de Burletas, Comédias e Revuettes, enquanto que Jararaca continuou com a Casa de Caboclo no Teatro Trianon, na Companhia Jararaca. 
Em janeiro de 1937, foi lançada a famosíssima marcha "Mamãe Eu Quero", de Jararaca e Vicente Paiva, pela Odeon, que se tornou um dos maiores sucessos do Carnaval Carioca de todos os tempos. "Mamãe Eu Quero" foi inclusive um dos primeiros sucessos brasileiros nos Estados Unidos, e, traduzida para o Inglês ("I Want My Mama"), fez grande sucesso na voz de Bing Crosby.
Foi também incluída em filmes de Hollywood e no repertório de Carmen Miranda. A "Pequena Notável" interpretou "Mamãe Eu Quero" no filme "Serenata Tropical" em 1940. 
Um fato marcante: Em 1940, Jararaca e Ratinho participam da gravação do disco "Native Brazilian Music", comandado pelo Maestro Leopold Stokowski, no Navio Uruguai, atracado no porto do Rio de Janeiro. O célebre Regente Inglês, Russo de criação, dirigia na ocasião a All American Youth Orchestra. A dupla participou da gravação do disco cantando as Emboladas "Bambo do Bambu" (Donga) e "Sapo no Saco" (Jararaca e Ratinho) e também o Samba "Vamo Apanhá Limão" (Jararaca), entre outras. 
Além de Jararaca e Ratinho, outros músicos renomados da nossa Boa Música Brasileira também fizeram parte do evento, convidados pelo Maestro Heitor Villa-Lobos, o célebre compositor das "Bachianas Brasileiras": Donga, por exemplo, participou com seu histórico Samba "Pelo Telefone" e também com o Samba-Canção "Ranchinho Desfeito", composto em parceria com David Nasser; Cartola e Carlos Cachaça participaram com seu Samba "Quem Me Vê Sorrindo"; Luís Americano participou com seu Choro "Intrigas no Boteco do Padilha"; Pixinguinha participou com seu famosíssimo "Urubu Malandro" e, em dueto com Jararaca, participou com o Maracatu "Zé Barbino", composto por eles. 
Desconheço até o momento qualquer remasterização em CD desse preciosíssimo disco. 
No final da década de 30, a dupla começou a atuar no Cassino da Urca.
Em 1939, ingressam na Rádio Mayrink Veiga. Em 1941, apresentaram-se no Grill-Room do Cassino Copacabana. Em 1944, apresentaram a peça "Esta terra é nossa", de autoria da própria dupla, no Teatro Recreio. 
Jararaca e Ratinho também participaram do filme "Romance Proibido", de Adhemar Gonzaga.
Deixaram a Rádio Tupi em Julho de 1948, e empreenderam uma turnê pelo Norte e Nordeste do Brasil, tendo Belém-PA como primeira escala.
E, no final da turnê, a dupla se desentendeu mais uma vez e Ratinho voltou sozinho ao Rio de Janeiro e ingressou na Rádio Nacional. 
Aliás, várias separações aconteceram ao longo da carreira a dupla, muitas vezes com a mídia e o público "torcendo para que se unissem novamente".
O público, de um modo geral, não se contentava em ver apenas um dos componentes, mesmo sabendo da capacidade de improvisação e das Emboladas de Jararaca e dos excelentes Solos Instrumentais de Ratinho que, a bem da verdade tinham "talento próprio" para serem independentes. Mas... Juntos eram bem melhores!! 
Nas eleições de 1946, Jararaca compôs uma paródia da sua marcha de Carnaval "Mamãe Eu Quero", fazendo propaganda política de candidatos do Partido Comunista. Jararaca realmente era "comunista de carteirinha" e amigo de Luiz Carlos Prestes, o que acabou lhe custando o emprego na Rádio Nacional, logo após o Golpe Militar de 31/03/1964, como será visto logo adiante.
Em 1949, Jararaca editou seu segundo livro, "João e Maria". E, em julho de 1951, a dupla que estava separada desde 1948, juntou-se novamente. Passaram a trabalhar duas vezes por semana na Rádio Tupi e na Rádio Tamoio. Jararaca editou por essa época o seu terceiro livro, "Musa do Bernardino". Em 1955, retornaram para a Rádio Nacional onde estrearam o programa "Jararaca e Ratinho" e onde apresentou também "A Lira de Xopotó", um programa que apresentava Bandinhas do Interior. 

Em 1957, a dupla estreou a peça "É do Furrundu" no Teatro Carlos Gomes. Em 1960, Jararaca gravou pela Copacabana a marcha "Ai Teodora". Gravaram também pela Copacabana o LP "Jararaca e Ratinho". No mesmo ano, estrearam no Teatro São Jorge a burleta "Por Que me Ufano de Bananal". 
Em 1964, Jararaca foi demitido da Rádio Nacional por motivos políticos. Comunista "de carteirinha" e amigo de Luis Carlos Prestes que era secretário-geral do PCB, Jararaca costumava discursar e cantar nos comícios do PCB, trocando muitas vezes seus compromissos profissionais pelos políticos. 
Em 1970, fizeram seu último filme, "Salário Mínimo", produzido e dirigido por Adhemar Gonzaga. Em 1972, a dupla foi homenageada com o prêmio "Imortais do Carnaval". 
Na TV, Jararaca e Ratinho atuaram nos programas da Tupi, "A-E-I-O-Urca" e "Flávio Cavalcanti" e, pela Globo, nos programas "Balança Mas Não Cai", "Uau" e "Alô Brasil, Aquele Abraço". 
Jararaca e Ratinho viveram realmente o auge de suas carreiras nas décadas de 1930 e 1940.
Nesse período, atuaram em filmes e Emissoras de Rádio do porte da Mayrink Veiga, além de inúmeras apresentações em teatros, circos e também no famosíssimo Cassino da Urca, que foi fechado por Eurico Gaspar Dutra em 1946.
A partir da década de 1960, no entanto, o tipo de música e humor que faziam começou a perder espaço no Rádio e na TV; morreram pobres e esquecidos em 1977 e 1972, respectivamente. 
Mesmo com a idade avançada, e com o fato do sucesso diminuindo cada vez mais, Jararaca mantinha o seu bom humor e queria viver bastante - queria ultrapassar os 100 anos - mas com o falecimento do parceiro Ratinho, vitimado pela diabete, em 1972, Jararaca nunca mais foi o mesmo. 
Mesmo sem o Ratinho, Jararaca continuou se apresentando sozinho em programas de Rádio e TV, como por exemplo, "Chico City", na Rede Globo, no papel do "Cangaceiro Sucuri", onde ele trabalhou até os últimos dias de sua vida em 1977.
Observava-se nitidamente que Jararaca havia perdido bastante de sua "veia humorística" que "parecia ter deixado esse mundo juntamente com Ratinho"... 
Deve ser lembrado que, apesar das constantes brigas e separações, a dupla se juntava novamente e percebia que "tinham sido feitos um para o outro".
Nos últimos anos, eles moravam em casas geminadas em Duque de Caxias-RJ, e havia uma porta pela qual podia se ir de uma casa para a outra! 
Em 11/10/1977, o jornal americano "The Daily News" publicou o obituário noticiando o falecimento de Jararaca, citando-o como "o famoso compositor gravado por Bing Crosby e Carmen Miranda".
No Brasil, seu País Natal, foi pouquíssima repercussão e a notícia passou quase que totalmente despercebida... 
E, para quem, como eu, aprecio Tom Jobim e a Bossa Nova, a música "O Boto" é uma parceria de Jararaca e Tom Jobim.
O célebre Compositor da Bossa Nova concedeu a parceria ao Jararaca, devidamente creditado, pois empregou o famoso refrão "Do Pilar" ("Inda ontem vim de lá do Pilá...") na música "O Boto", em 1976, a qual foi gravada nesse ano pelo saudoso Antônio Carlos Jobim (Jararaca ainda era vivo) e também em 1979 pela saudosa Elis Regina! "Inda Ontem Vim de Lá do Pilá" (Jararaca), por outro lado, havia sido gravada por Augusto Calheiros e Zé do Bambo em 1936! 
Em 1983 a Funarte reeditou o LP lançado em 1960 que, para nossa felicidade, foi remasterizado em CD em 1999 com o selo Atração Fonográfica do Instituto Cultural Itaú.
Nesse CD (imperdível!!) Jararaca e Ratinho interpretam seus principais sucessos tais como "Espingarda Pá Pá Pá", "O Sapo no Saco" e "Saxofone, Por Que Choras", entre outros, sendo que as músicas são intercaladas pelos seus famosíssimos diálogos bem humorados! 
Não podemos nos esquecer também de que Ratinho, exímio Saxofonista, foi quem compôs em 1930 o célebre Chorinho "Saxofone, Por Que Choras?", que conheceu diversas gravações com os mais variados intérpretes, entre eles, Jacob do Bandolim e Abel Ferreira. 
Obs.: As informações contidas no texto desta página são originárias principalmente dos Livros "Música Caipira - Da Roça Ao Rodeio" escrito por Rosa Nepomuceno - Editora 34 - e "Enciclopédia Das Músicas Sertanejas" escrito por Ayrton Mugnaini Jr. - Editora Letras & Letras - 2001 - e também do encarte do CD "Jararaca e Ratinho" da Série "Acervo FUNARTE da Música Brasileira".

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