Leôncio - São Paulo -
Leonel - São
Paulo
Cantores. Dupla sertaneja. Compositores.
Começaram a
cantar ainda crianças, Leôncio aos oito e Leonel aos 15 anos.
Foram
trabalhadores agrícolas em plantações de café.
Somente
conseguiram chance para atuar artisticamente depois dos 20 anos.
Foram
apresentados a Nhô Crispim por Teddy Vieira e Euclides Riqueza.
Apresentaram-se, então, na Rádio América, cantando no programa "Alvorada
Sertaneja", comandado por Nhô Crispim.
Também na Rádio
América se apresentou no programa "Amanhecer da minha terra” dirigida pelo
Comendador Biguá. Começam a fazer sucesso. Gravaram o primeiro disco em 1958,
pela Chantecher, interpretando a moda de viola "Boi fumaça", de
Sulino e Moacir dos Santos e o cururu, "Morena de Casa Branca", de
Raul Torres e Sebastião Teixeira.
O nome
artístico da dupla "Leôncio e Leonel" foram escolhidos pela dupla de
grande sucesso Tonico e Tinoco. Em 1959, gravou a toada "Carro de
boi", clássico de Teddy Vieira e João Pacífico.
Em 1960,
gravaram "Tragédia de Goiás", de Carreirinho e Teddy Vieira. Gravaram
diversas obras do compositor Moacyr dos Santos, entre as quais, "O pobre e
o rico", de Moacyr dos Santos, e Sulino, "Programa da fé" e
"A viola e o estudante", essa de Moacyr dos Santos e Leôncio.
Seu repertório
era composto principalmente de toadas, embora tenham gravado também, modas de
viola, cateretês, pagodes e outros ritmos.
A viola e o estudante (Moacir dos Santos e Leôncio) • Bambolê baiano (Roque de
Almeida e Leôncio) • Deixe que eu chore (Tuta e Leôncio) • Lavoura da saudade
(Leôncio e Leonel) • Querida (Tuta e Leonel) • Seresteiro do amor (Benedito
Seviero, Leôncio e Leonel) • Último bilhete (José Fortuna e Leonel) • Via sacra
no sertão (Roque de Almeida e Leonel)
Carlos César e Cristiano.
Dupla sertaneja. Composta
pelos cantores e compositores
Ambos naturais
de São Paulo.
A dupla foi
formada no final da década de 1970, quando os dois começaram a cantar juntos em
reunião de amigos e constataram que possuíam uma harmonia muito boa.
Antes mesmo de
gravar o primeiro disco, a dupla já fazia sucesso e assinou um contrato com
Governo do Estado de São Paulo que durou até o ano de 1982, pelo qual
percorreram o interior paulista, apresentando-se em diversas cidades.
Gravou seu primeiro
disco em 198, pelo selo Brasil Rural, o LP "Cowboys andarilhos" no
qual registraram as músicas "O vai e vem do carreiro" e
"Berrante de ouro", de Carlos César e José Fortuna, que logo se
tornaram clássicos da música sertaneja; "Mundo de dor", de Carlos
César; "Cavalinho de pau", de Amaraí e Clóvis Brunelli;
"Boiadeiro errante", de Teddy Vieira; "Menina da favela",
de Carlos César e Morgado; "Cachoeira", de Jaime Sandoval e José
Homero e "Pássaro tiuí", de Ritanguá, Carlos César e Paulo Roberto
Aiello, além de versões de sucessos latinos como "Mercedita", de
Belmonte para composição de Ramon Sixto Rios e "Tu solo tu", de
J. A. Gimenes, versão de Carlos César.
No mesmo ano, a
dupla participou, juntamente com outros artistas, do LP "Brasil
sertanejo", do selo Brasil Rural, interpretando as músicas "Natal
sertanejo", de Carlos Cezar e José Fortuna, e "Noite Feliz (Silent
Night)" em versão de José Fortuna e Carlos Cezar. Em 1982.
Ainda pelo selo
Brasil Rural, foi lançado o LP "O forasteiro", com música título de
Carlos César, José Fortuna e Virgínia Kheer, disco no qual também interpretaram
"Escola de peão", de Carlos César e José Fortuna; "Coração sem
coração", de Carlos César; "Moça caminhoneira", de Carlos César
e José Fortuna; "Mundo velho sem porteira", de Carlos César, Osvaldo
Bettio e Milton Nellis, e "Velha canoa", de Crisostomo e Belmonte,
entre outras.
Ainda em 1982,
a dupla
participou de duas coletâneas. Na primeira, o LP "O som do sertão em
FM", pelo selo Brasil Rural, foram incluídas as músicas "Berrante de
ouro", de Carlos César e José Fortuna; "Mercedita", de Ramon
Sixto Rios e Belmonte; "O homem e a natureza", de Hedy West e José
Fortuna, e "Cachoeira", de Jaime Sandoval e José Homero.
No outro
disco, o LP "Meu pedacinho de chão" lançado pelo Som Livre, e que
contou com as participações, entre outras, das duplas, Pena Branca e
Xavantinho, Léo Canhoto e Robertinho, César e Paulinho, e Chico Rey e Paraná,
foi incluída a gravação "Vai e vem do carreiro".
Em 1983,
participou de outra coletânea, "Paraíso sertanejo", da Veleiro/CBS
com a música "Moça Caminhoneira".
Esse disco
contou entre outras, com as participações das duplas Milionárias e José Rico,
Juliano e Jardel, Pedro e Paulo, Dino Franco e Murai, Praião e Prainha, Irmãs
Freitas e Voninho, e Pena Branca e Xavantinho. Em 1984, pela gravadora
Continental, a dupla lançou o LP "O filho do caminhoneiro", música
título de Carlos Cezar e Sebastião Ferreira da Silva, no qual cantaram as
músicas "Boiadeiro mentiroso", de Cristiano e Carlos Cezar; "Que
será será", uma versão de Nadir Corte Real para a música "Whatever
Will be Will be", de Jay Livingston e Ray Evans; "Lembrança", de
José Fortuna; "Alma de cigarra", de Carlos Cezar e Paulo Gaúcho;
"Começo do fim", de Cristiano e Aida dos Santos; "Amor na
relva", de Cristiano e José Raimundo; "Que pobre tão rico", de
Carlos Cezar e Waldemar de Freitas Assunção; "Vaqueiro velho (A vida de
Taf)", de Téo Azevedo e Thais de Almeida e "Ídolo - Tributo a Elvis
Presley", de Carlos Cezar e Djalma Chaves.
Nessa época, a
dupla encontrava-se em pleno sucesso, tendo participado de quatro coletâneas de
sucesso sertanejo: "A grande parada sertaneja - Volume 3", da
Chantecher, da qual participaram entre outras, as duplas, Milionário e José
Rico, Irmãs Freitas, Irmãs Galvão, e Matogrosso e Mathias. Nesse disco
interpretaram a clássica moda –de -viola "Os três boiadeiros", de
Anacleto Rosas Júnior.
Já na coletânea
"A grande parada sertaneja - Volume 4", também da Chantecher, que
contou entre outras com as duplas Tião Carreiro e Pardinho, Duo Ciriema e
Duduca e Dalvan, interpretaram a moda "Moça caminhoneira", de Carlos
Cezar e José Fortuna; em "O melhor da música sertaneja", da gravadora
Fermata, interpretaram a clássica moda –de -viola "Boiadeiro errante",
de Teddy Vieira. Finalmente na coletânea "Especial sertanejo - Volume
2", do selo Seta, que contou com nomes como Milionário e José Rico, Duduca
e Dalvan, Léo Canhoto e Robertinho, Almir Rogério, Suzamar, Marcelo Costa, e
Chrystian e Ralf, interpretaram a toada "Expresso boiadeiro", de
Carlos Cezar e José Fortuna. Em 1985,
a dupla
lançou pela Continental o LP "Pedra 90", música título de Carlos
César.
O disco contou
ainda com outras composições da dupla como "Caixinha de Ciúmes", de
José Fortuna e Carlos César; "Existe alguém pra mim" e "Cara e
coragem", de Carlos Cezar e Virgínia Kheer; "Tanta água tanta
sede", de Carlos Cezar e Cristiano; "Os cowboys andarilhos", de
Carlos Cezar e Paulo Lobo; "Grito aberto (Yo soy Purahei)", de
Maurício Cardozo O campo, com versão de Carlos Cezar, e "Vidinha", de
Cristiano, além de "O caminhoneiro", de Jack, e "Retalhos de
amor", de José Fortuna. No ano seguinte, tomaram parte da coletânea
"Especial sertanejo - Volume 5" da Chantecher, juntamente com
artistas como Dalvan, Matogrosso e Mathias, Cleyton e Cristiane, Ataíde e
Alexandre, Irmãs Barbosa, Lourenço e Lourival, Tião Carreiro e Pardinho,
Milionário e José Rico, Roberta Miranda, Chrystian e Ralf, Irmãs Galvão, César
e Paulinho, e Marcelo Costa.
Nesse
disco cantaram a toada "Pedra 90", de Carlos César. Em 1988, pela
Continental, foi lançado outro LP, dessa vez com o nome da dupla no qual
gravaram novas composições deles mesmos como "Pro que der e vier", de
Carlos César e Sebastião Ferreira da Silva; "Luzes e espelhos", de
Carlos César e Wally; "Momento do adeus", de Carlos César e Virgínia
Kheer; "Noite do esquecimento (En La ventana)", de R. S. Campo e T.
Cocomarola, com versão de Carlos César e Virgínia Kheer; "Misto
quente", de Virgínia Kheer e Cristiano, e "É fácil dizer adeus",
de Cristiano, além de composições de autores que naquele momento começavam a se
destacar no universo sertanejo como "Blefe", de Joel Marques;
"Prisão", de César Augusto; "Agarrados", de Joel Marques e
Carlos Franco; "A primeira vez", de Fátima Leão, e também a música
"Diga pra mim", da consagrada compositora Martinha, que se destacara
durante a jovem guarda, parceria dela com Iranfe.
Em 1989,
lançaram, pela RGE, aquele que seria o último disco da dupla. Desse disco
fizeram parte as músicas "Moça do carro de boi", de Carlos César e
José Fortuna, com participação especial de Marlene Fortuna, viúva de José
Fortuna; "O Rei da estrada", de Carlos César e Virgínia Kheer, e
"Manhã sem aurora", de Carlos César e José Fortuna, além de outras
como "Lua e flor", de Oswaldo Montenegro, "O menino da
gaita" "El Chico de la armonica", de Fernando Arbex em versão de
Sergio Reis; "A volta do boiadeiro", de Teddy Vieira; "Vai meu
carro velho vai", de Juraci e Marcito, e "O chalé de madeira",
de Leonardo. No mesmo ano, a dupla apareceu em duas coletâneas "Parada
country sertaneja", da Chantecher, com a música "Doces
memórias", e no LP "Som Brasil", do Som Livre, relativo ao
programa homônimo apresentado pela TV Globo, no qual cantaram a música "Lua
e flor", de Oswaldo Montenegro. Em pouco mais de dez anos de carreira, a
dupla gravou sete discos de carreira e participou de sete coletâneas tendo
lançado discos pela gravadora Continental, Chantecher, Brasil Rural, RGE, e Som
Livre, além de fazer apresentações em programas de Rádio e Televisão como
"Viola minha viola", "Som Brasil" e outros, além de shows
em feiras agropecuárias, festas de rodeio e outros eventos, deixando seu nome
marcado na história da música sertaneja.
Ficou conhecida
com "A Nova Maravilha Sertaneja" devido ao modo de interpretar, a
instrumentação e o repertório, com visual bastante original e inovador.
Carlos César
faleceu em 2002.
Moreno e Moreninho
Moreno (Pedro Cioffi) nasceu na
cidade mineira de Machado, em 27 de dezembro de 1925.
Seu irmão Moreninho (João Cioffi)
também nasceu em Machado, no dia 29 de setembro de 1927,
Os dois começaram a cantar em
1949, na Rádio Cultura de Poços de Caldas, de onde se transferiram, após quase
cinco anos, para a Rádio Record São Paulo e lá permaneceram mais quatro.
Passaram pela Rádio Tupy
até serem contratados pela Rádio Nacional de São Paulo (atual Rádio Globo), na
qual ficaram por nove anos.
Depois, as rádios Bandeirantes,
por anos, e Nove de Julho, por seis.
Em 1953,
a dupla
gravou pela Sinter, no Rio de Janeiro, o primeiro disco, 78 RPM, com as
músicas Namoro moderno, de José Eloy Garcia e Moreno, no Lado A,
e Nossa Senhora Aparecida, de Moreninho, no Lado B. Em 1956, Moreno e
Moreninho fizeram sucesso com a congada “Treze de Maio”, de Teddy Vieira,
Riachão e Riachinho, a mesma apresentada no Teatro de São Paulo no ano anterior.
Riachão e Riachinho, com nomes
de registro civil Vitório e Orlando Cioffi, são irmãos de Moreno e Moreninho,
da mesma forma que o cantor caipira Catireiro (Omero Cioffi).
Ainda se destaca a musicista e
cantora Morena (Ivone Cioffi Monteiro), filha de Moreninho, com a qual o
violeiro formou uma parceria de 12 anos e seis meses, que resultou na
gravação de cinco CDs.
Em 1959, alegando motivos pessoais,
Moreninho desfez a dupla e retornou para Poços de Caldas, o que obrigou Moreno
a cantar, por algum tempo, em dupla com Paraguai e, depois, com Adolfinho.
Por seu turno, Moreninho também
formou dupla com Minuano, em 1975,
a qual
durou dois anos. Depois, Moreninho procurou o irmão Moreno e refizeram a dupla
por mais algum tempo.
Moreno e Moreninho gravaram
centenas de canções, explorando os ritmos do folclore brasileiro, a exemplo das
folias de reis, congada, catira, toada, cururu, rasqueado, recortado e xote,
além da moda de viola. Foram dezenas de discos, desde 1953, entre 78 RPM,
Compactos simples e duplos, e
LP, e foram centenas de canções.
Destacam-se Viola de
pinho (Aristides Dela Costa e Moreno), Canarinho amarelinho (Moreno e
Brejinho), Pescador vagabundo (Moreno e Roque José de
Almeida), Mané Tibiriçá (Roque José de Almeida e
Moreno), Professora e o vagabundo (Moreninho),Louvação a São
Gonçalo (Geraldina e Rodrigues), São Gonçalo (José Alves e
Moreno),Alma de caboclo (Duo Jubileu e Moreno), Tirana
ingrata (Moreno e Moreninho), Rei
Pelé (Moreninho), Saudades de Rosalina (José Alves e
Moreno) Viola, minha viola(Moreno).
Moreno faleceu em Poços de
Caldas, em 14 de dezembro de 1995.
Moreninho faleceu em
Campinas (SP), no dia 23 de abril de 2008.
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