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terça-feira, 8 de novembro de 2011

À Moda de Viola.08/11/11

 À Moda de Viola.
À Moda de Viola, um dos mais antigos gêneros da musica sertaneja que se conhece em gravações, teve sua origem no folclore nacional e como divulgador Cornélio Pires que por volta de 1928, a introduziu nos grandes centros possibilitando sua divulgação através do rádio e do disco. 
Depois surgiram as duplas, hoje bastante numerosas e algumas fieis ao gênero tal como é o caso de Sulino e Marrueiro. 
Entretanto, devemos reconhecer que à Moda de Viola que ouvimos nos dias de hoje não é a mesma de outrora (à Moda de Viola tem como característica principal focalizar em seus versos os acontecimentos do momento, retratando uma época) e temos observado que, embora tendo sofrido o trabalho do progresso, conservou sua principal característica, registrando os episódios que evidenciam em cada fase de evolução, acompanhando o progresso. 
Por outro lado, a viola também sofreu o impacto do progresso que modificou sua forma original, fazendo-a a semelhança ao violão, conservando, porém, a sonoridade e demais características. 




A importância da musica caipira no Brasil se mede, pela sua excelente qualidade.

Mas esse gostoso gênero musical há muito tempo deixou de ter hora e vez na programação de rádio e televisão das grandes cidades, ora por comodismo, ora por ignorância e um elevado grau de discriminação cultural.
Mas nem tudo está perdido, é certo, pois basta ouvirmos os discos que integram esta serie de musicas caipiras que se dilua com facilidade a tese defendida pelos auto proclamados donos da verdade e do gosto popular, segundo a qual este tipo de musica é pobre e não atende ás exigências do mercado consumidor. 
Quem diz isso ou é surdo ou é bobo, ou sequer teve um dia o prazer de ouvir um disco qualquer de Tonico e Tinoco, Tião Carreiro e Pardinho, Pedro Bento e Zé da Estrada, 
Torres e Florêncio, Serra e Caboclinho, etc. ou Sulino e Marrueiro, para citar apenas esses, ou
ainda, jamais soube quem foi Teddy Vieira e o que tem feito o mestre João Pacifico. 
Sulino e Marrueiro

Sulino, cujo nome verdadeiro é Francisco Gottardi (10/04/1924) 
Marrueiro nome verdadeiro é João Rosante (07/10/1915)
formaram uma das mais afinadas duplas do país. Os dois gravaram o primeiro disco dia 13 de abril de 1949, e até se separarem com a morte de Marrueiro.  
totalizavam a gravação de 36 discos 78 RPM., 41 LPs, dos quais (6) seis só de Modas de Viola, gênero que os consagraram, e meia dúzia de compactos.
Francisco Gottardi, filho e neto de violeiros, ficaram conhecido por Sulino em todo o país por causa do sotaque sulista que sempre carregou consigo, e Marrueiro por vir do mato, de Bocaina SP. e ser de bom trato com marruás.
A obra dessa dupla é de primeiríssima qualidade.  
No LP de Sulino e Marrueiro que com muita justiça recebeu o nome de “Sua Majestade.À Moda de Viola. – utilizou-se uma viola típica fabricada pela tradicional firma Tranqüilo Gianni,
dando um colorido tradicional às modas.
podemos adiantar que é uma das melhores realizações no gênero dos últimos tempos, tanto pelo repertório quase todo inédito e de primeira linha, como pelos registros sonoros.
Marrueiro faleceu no dia 18 de abril de 1978, vítima de erro médico.

Cascatinha e Inhana
Dupla sertaneja formada por Francisco dos Santos, o Cascatinha nascido em Araraquara SP 20/4/1919-
Ana Eufrosina da Silva Santos, a Inhana (Araras SP 28/3/1923- 
Aos 18 anos, Francisco cantava ao violão modinhas, canções e valsas românticas, e tocava bateria. 
Com a chegada do Circo Nova Iorque a sua cidade, formou dupla com Chopp, artista do circo, usando o pseudônimo de Cascatinha, marca de cerveja, para combinar com o do parceiro. 
A dupla tornou-se conhecida em pouco tempo, transformando-se, em 1941, no Trio Esmeralda, quando Francisco se casou com Ana, chegando então a ganhar, no Rio de Janeiro/RJ, prêmios no programa César Ladeira, da Rádio Mayrink Veiga, e nos programas de Manuel Barcelos e Papel Carbono, de Renato Murce, da Rádio Nacional. 
Em 1942 Chopp separou-se do casal, enquanto a dupla restante ingressava no Circo Estrela-Dalva, excursionando entre o Rio de Janeiro e São Paulo, e passando depois por vários circos e parques de diversões, como o Imperial, onde atuaram durante cinco anos. 
Em São Paulo, em 1947, atuou na Rádio América. 
Em 1950, a dupla foi contratada pela Rádio Record, onde permaneceram 12 anos, estreando em disco na
Todamérica em 1951, com Fronteiriça, de Zé Fortuna, compositor preferido de Cascatinha. 
Nessa época a dupla fez tanto sucesso com as composições de Elpídio Santos Despertar do sertão e Ave Maria do sertão (ambas de parceria com Pádua Muniz), que Cascatinha foi nomeado diretor-artístico da gravadora. 
Na Todamérica, em 1952, a dupla lançou um 78 RPM que trazia Índia (Maria Ortiz Guerrero e José Asunción Flores, versão de José Fortuna) e Meu primeiro amor (versão de José Fortuna para Lejanias, de Hermínio Giménez), batendo todos os recordes de vendagem. 
Em 1955 participaram do filme de Ademar Gonzaga Carnaval em lá maior, interpretando Meu primeiro amor. Em 1966 a dupla gravou o LP Vinte e cinco anos (RCA-Camden), lançado em 1967, alcançando sucesso com Vinte e cinco anos (Nonô Basílio), O menino do circo (Eli Camargo), Flor do cafezal (Carlos Paraná) e A estrela que surgiu (Zacarias Mourão e Mário (Albanesi). 

Pela Chantecler lançou, em 1970, o LP Dueto de amor, incluindo os sucessos Amor eterno (Alfredo Borba e Edson Borges), Se tu voltasses (Cascatinha e Carijó), Como te quero (Alberto Conde e Nilza Nunes) e Castigo (Marciano Marques de Oliveira). 
Dois anos depois gravou com êxito, pela Continental, Olhos tristonhos (Dora Moreno). 
No Teatro Alfredo Mesquita, de São Paulo, em 1978, levaram o espetáculo Índia, de grande repercussão, no qual contaram sua trajetória artística. 
Durante toda a carreira, a dupla percorreu vários Estados brasileiros, atuando em circos, emissoras de rádio e televisão, além de gravar mais de 30 discos. 
Em 1995 a gravadora Revivendo lançou, em dois CDs, uma coletânea de seus maiores sucessos.
(Cascatinha faleceu em São José do Rio Preto SP 14/3/1996)
(Inhana faleceu em São Paulo SP 11/6/1981). 

Pedro Bento & Zé da Estrada 
Pedro Bento & Zé da Estrada são uma dupla de cantores de Música Sertaneja do Brasil.
Toda discussão sobre a influência da música regional mexicana sobre seus primos brasileiros tem de incluir, por pelo menos única menção, a Pedro Bento e Zé da Estrada, que por sinal, cantam e gravam juntos até hoje,
e a RCA foi sua casa desde 1966.
Waldomiro de Oliveira, nascido em 1929, é mais um ilustre filho da cidade paulista de Botucatu. e sem dúvida é bem mais conhecido como Zé da Estrada. Seu companheiro, JoeI Antunes Leite, nascido em 1934, honra sua cidade natal,
Porto Feliz, São Paulo, e desde bem cedo começou a carreira como menino-prodígio, cantando em festas do Divino nas regiões de Tietê, Piracicaba e outras. Vindo para São Paulo aos 14 anos, profissionalizou-se imediatamente, cantando em várias emissoras. Numa destas suas viagens pelo Brasil, em 1958 conheceu Waldomiro, administrador de fazendas, também ex-cantor mirim e já residente em São Paulo, e formaram a dupla Pedro Bento e Zé da Estrada.
 Ainda em 1958 emplacaram seu primeiro h i t, Seresteiro da Lua.
A princípio, eles cantavam música caipira de raiz.
Mas em meados dos anos 60 preferiram levar adiante as já então muito comuns influências da música mexicana, enfatizando ainda mais os chapelões, trompetes e cu-curu-cu-cus.
A mistura deu certa, e só poderia (afinal, a dupla estava essencialmente promovendo a união de dois irmãos sertanejos, o mexicano e o brasileiro). E assim, o sucesso de Pedro Bento e Zé da Estrada perdura até hoje, sendo uma dupla pioneira e de grande sucesso no mundo sertanejo.

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