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sábado, 26 de novembro de 2011

Primeira Geração 25/11/11

Falando a campesina
R-Sertaneja

Somente para relembrar
Aqui têm o que a de mais perfeito do sertanejo sem empacar.

Planejada para ilustrar o campesino de todos os períodos.

Tencionar do passado aos dias contemporâneo

R-Sertaneja Blog Sport consagrada de maneira especial para os ouvintes.

O fenômeno acústico que traz de fronteira a nostalgia de tempos padecidos fazendo assim um momento de júbilo.

A campesina divulgando o bem-estar da alma para todos que tiveram uma era dentro do matagal do estrondo.

R Sertaneja trazendo o cantar que há de melhor para os que estão ou estiveram apaixonados e outros que ainda vão continuar a ser.

Sabedoria

“Um povo só se diferencia e torna-se único quando mantém seus traços culturais vivos”.

Para isso faz-se necessário conhecer nas tradições a origem do composto daquilo que somos.

Compositores campesinos

Primeira Geração

Vamos até 1929?




É que neste ano foi gravado o primeiro e disco de música sertaneja no Brasil.

Foi em 78 rotações, com o selo vermelho Columbia.

“De um lado tinha a música “Jorginho do Sertão”, do outro “Moda de Pião”, as duas de autoria de Cornélio Pires, o “ Bandeirante da Música Caipira” paulista , nascido na cidade de Tietê (SP), em 1884. E quem gravou esse primeiro disco foi exatamente a turma de Cornélio Pires.

Em 1933, quatro anos depois do lançamento desse primeiro disco de música sertaneja, foi formada uma das mais antigas e famosas duplas caipiras: Raul Torres (de Botucatu, SP) e João Pacífico (Cordeirópolis, SP).

Esta dupla gravou composições de tanto sucesso que, hoje em dia , não existe violeiro e cantador que deixe de apresentá-las. Querem ver alguns exemplos? Então vamos: “Chico Mineiro”, “Cabocla Teresa”, “A Mulher e o Trem” e “Tem Boi na Linha”.

Enquanto Raul Torres cantava junto com João Pacífico , ele também compôs e gravou com Florêncio , seu velho amigo nascido em Barretos(SP) . OS dois fizeram enorme sucesso com as músicas “Apelido dos Jogadores”, “Pingo D’água” e “Moda da Mulata Preta”, este um verdadeiro clássico da música sertaneja.

Raul torres, Florêncio e João Pacífico, numa Foto de 1943

Cornélio Pires, o Pioneiro

Até 1928, ocorria a total ausência de músicas caipiras nos catálogos das gravadoras. Tudo devido a uma intolerância do mundo urbano, em relação à música caipira. Por esse motivo que somente no ano de 1937, o clássico do século da música rural, Tristezas do jeca (composta por Angelino De oliveira em 1925, nascido em Botucatu),foi gravado por Paraguaçu , com o selo da Columbia ( Continental a partir de 1947) .

Em 1928, Cornélio Pires procurou os diretores da gravadora Columbia propondo que gravassem discos com material caipira autêntico, e ouviu um não, isso não interessa ao mercado, então Cornélio propôs que gravaria por conta própria, o diretor que nem se quer falava português, tentou dificultar ao máximo o projeto de Cornélio, dizendo que queria dinheiro vivo para fechar o negócio.
Cornélio saiu foi a rua XV de novembro, centro de são Paulo com tal de Castro conseguiu o dinheiro emprestado, voltou a gravadora com um pacote de jornal em baixo do braço , jogou na mesa , o diretor assustado perguntou o que era aquilo, “Dinheiro uai’ , disse Cornélio , o diretor retrucou é muito dinheiro , “Quero cinco mil cópias “( naquela época nem os cantores de maior sucesso faziam tal prensagem) , mesmo assim é muito dinheiro disse o diretor , “quero cinco mil cópias de cada um , vou fazer cinco discos diferentes ,no total de vinte cinco mil discos “. Foi a primeira produção independente do Brasil e talvez do mundo.

Cornélio ainda exigiu um selo próprio, com selo vermelho custando dois mil reis a mais do que os principais sucessos da gravadora , o diretor riu , dizendo “mais também quem vai querer comprar esses discos”.

Os discos ficaram prontos em 1929.

E daí Cornélio saiu em dois carros em direção a Bauru, a notícia da existência de discos caipiras alvoroçou o interior paulista.

De Jundiaí a Assis, de Sorocaba a São José do Rio Preto, todos queriam as tais gravações das duplas das fazendas de Tietê, antes de chegar a Bauru Cornélio já havia vendido todos os discos.

Então telegrafou para a gravadora pedindo uma nova prensagem de cinqüenta mil cópias, a gravadora reconheceu seu erro, e exigiu direito de distribuir os discos, Cornélio Pires era mais um idealista do que comerciante, autorizou a gravadora distribuir os seus discos.

A era da música caipira no Brasil havia se iniciado “a Philips gravadora do Rio de Janeiro, manda um estúdio portátil para a cidade rival (Piracicaba) para a dupla pioneira Mandi e Sorocabinha gravar com sua turma discos caipiras, aparecendo pela primeira vez os gêneros Moda de Viola, Cateretê, Catira, Cana Verde, Corta Jaca, Toada Paulista, Moda Campeira entre outros.

Raul Torres

Natural de Botucatu, SP, 1906.

Fez dupla com o violeiro Florêncio ganhando destaque como umas das mais importantes duplas caipiras. Além de seu talento como cantor Raul Torres teve destaque como grande compositor.

Fez várias composições de grande destaque que ganhou a preferência nacional como Minas Gerais, Mestre Carreiro, Do Lado que o Vento Vai, À Moda da Mulata Preta e muitas outras de igual valor. No entanto os seus maiores sucessos foram em parceria com o não menos importante João Pacífico com quem fez Chico Mulato, Cabocla Teresa, Mourão da Porteira e Pingo d’água. Raul Torres faleceu em São Paulo em 1970.

João Pacífico

Natural de Cordeirópolis, SP, 1909. Ainda adolescente transfere-se para a cidade paulista de Limeira, época em que se inicia com a música tocando bateria na orquestra do cinema daquela cidade. Segue mais tarde para Campinas-SP, e também continua atuando com a música e desta vez na Orquestra Sinfônica de Campinas também como baterista.

Transfere-se mais tarde pra São Paulo onde conhece Raul Torres e recebe o apoio dos poetas modernistas Mário de Andrade e Guilherme de Almeida.

Em 1936 faz em parceria com Raul Torres o clássico da música sertaneja, Chico Mulato, em seguida a antológica Cabocla Teresa.

Continua compondo ao lado Raul Torres e em 1942 surge o sucesso Mourão da Porteira.

Dois anos mais tarde aparece Pingo d’água .

A partir daí não para mais e os novos sucessos vão surgindo e entre elas No Banquinho.

A história de um Prego, Alpendre da saudade, o belíssimo poema Doce de Cidra e, tantos outros, Em 1979gravou um LP solo cantando e declamando com o titulo “João Pacífico”, no qual encontramos entre outras preciosidades, Três Nascentes, Vai se chamar Saudade,
No Fim da Estrada.

Por tudo que escreveu, cantou e declamou João Pacífico, reforça sua imagem de mito dentro do universo da música sertaneja de raiz.
Faleceu aos 89 anos , no dia 30 de dezembro de 1998, pobre e esquecido do mercado da mídia.




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