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domingo, 13 de novembro de 2011

Zé Carreiro e Carreinho 13/11/11

 Zé Carreiro e Carreirinho
Zé Carreiro (Lúcio) e Carreirinho (Adauto) foram consagrados como Os Maiores Violeiros do Brasil. 
Lucio Rodrigues de Souza, o Zé Carreiro, nasceu no dia 24 de dezembro de 1922, numa fazenda que fazia divisa com Santa Rita do Passa Quatro.
Aos sete dias de vida, foi batizado na antiga Igreja de São Sebastião, de Porto Ferreira, passando mais tarde a residir na cidade. 
Aos 15 anos, foi empregado da Cerâmica, Porto Ferreira.
Posteriormente, mudou-se para São Paulo. 
No final da década de 1940, depois de cantar em diversas duplas, conheceu Adauto Ezequiel, natural de Bofete, formando a dupla que foi batizada pelo compositor Armando Rosas com o nome Zé Carreiro e Carreirinha. 



Sempre ligado a Porto Ferreira, onde passou a infância e adolescência, Zé Carreiro sempre mencionava a terra do balseiro João Ferreira, o Rio Mogi - Guaçu, a vida da caça, do mato, em inúmeros carurus e modas de viola que compôs. 
No dia 5 de julho de 1950, a dupla estava nos estúdios da gravadora Continental, para as duas primeiras gravações em disco (bolachão) de 78 RPM, com as músicas Canoeiro (cururu) e Ferreirinha (moda de viola), com grande sucesso. 
Zé Carreiro e Carreirinho fizeram apresentações em circos, bailes, shows, rádios de todo o Brasil e seguiram outras gravações em disco, até 1958, quando se separaram. 
Durante um ano, Zé Carreiro fez parceria com Pardinho, que em 1959 fez dupla com Tião Carreiro. Nesse ínterim, Carreirinho fez dupla com Tião Carreiro. 
No dia 21 de maio de 1970, Lucio Rodrigues de Souza faleceu na cidade de São Paulo. Porto Ferreira, para eternizar e homenagear a pessoa de seu compositor e representante da música interior paulista destinou-lhe, em 1985, o nome de uma rua do Bairro Serra D’água. 
No ano seguinte, a senhora Célia Ribeiro e o professor Luiz Rosa Camargo, através do GEMT (Grupo Ecológico Minha Terra), organizaram uma homenagem ao compositor, recebendo sua mãe, então com 88 anos, diversos familiares e amigos que presentearam o Museu Histórico e Pedagógico com a viola de Zé Carreiro, alguns discos de 78 RPM, seus dados biográficos e fotografias. 
Zé Carreiro gravou mais de 50 discos de 78 RPM, alguns LPs e dois compactos. 
Devido a problemas de surdez e nas cordas vocais, teve dificuldade para continuar gravando, entretanto sua inspiração não esmoreceu. 
Zé Carreiro e Carreirinho foram consagrados como Os Maiores Violeiros do Brasil. 
Carreirinho (Adauto Ezequiel) aos sete anos cantou uma modinha de sua autoria numa comemoração escolar de fim de ano, recebendo de presente uma viola. A partir de então, passou a apresentar-se em festinhas, cantando e tocando. 
Em 1946 estreou profissionalmente ao lado de Ferraz, atuando nos circos que passavam pela cidade de Sorocaba SP.
Seguiu depois para São Paulo SP, onde se apresentou na Rádio América. 
Mais tarde, transferiu-se para a Rádio Record, ali atuando com novo parceiro, o investigador de polícia José Stramandinoli (Zé Pinhão), com quem formou a dupla Zé Pinhão e Pinheiro, que passou a participar do programa Sítio do Bicho –de -pé até 1947, ano em que se separaram. 
Em 1947, Adauto propôs parceria a Lúcio Rodrigues, que cantava com Fortaleza. Formaram então uma dupla cujo nome foi escolhido em concurso popular entre os ouvintes da Rádio Record: Zé Carreiro (Lúcio) e Carreirinho (Adauto). 
Alguns anos depois quando a dupla já estava ficando conhecida e fazia sucesso em todas as suas apresentações com o Canoeiro, Tonico e Tinoco gostaram da musica e se interessaram em gravá-la. 
Surgiu então a oportunidade para gravarem seu primeiro disco, pois somente consentiram em ceder a música, mediante a promessa do lançamento do seu primeiro disco, que saiu alguns meses depois com Canoeiro e Ferreirinha; o sucesso foi tão grande que a gravadora resolveu contratá-los. 
Com o passar do tempo o sucesso da dupla já estava solidificado, atuando em diversos programas de rádio e fazendo músicas que marcaram como Crianças do Meu Brasil (José Fortuna), Jamais Seremos Esquecidos de autoria da dupla, Sinhá Maria, versão sertaneja da composição de Renê Bittencourt e Bubuê de Flor também de autoria da dupla. 
Zé Carreiro e Carreirinho gravaram vários LPs e atuaram por dez anos na rádio Record com audiência absoluta. Zé Carreiro teve que se afastar da vida artística devido a um problema de surdez. Carreirinho continuou fazendo duplas de sucesso com vários outros parceiros. 
Numa casinha branca fincada bem no pé da serra moravam o Sr. João Batista Ezequiel e D. Domitilde Maria Pereira. Ali, perto de Botucatu, de Pardinho, do campo do espraiadinho, o Sr João tinha três sítios onde plantava café, e tinha umas "criação". Com D. Domitilde tinha três filhos, um homem e duas mulheres. O Sr João era filho de alemães e D. Domitilde era brasileira. 
No dia 15 de outubro nasceu o quarto filho do casal, batizado Adauto Ezequiel, hoje conhecido no Brasil inteiro como Carreirinho. 
Contar a história de Carreirinho é tarefa das mais gratificantes, tão rica e tão lindamente recheada com causos interessantes que se torna impossível fazer-lhe justiça em espaço tão pequeno. 
A história de Carreirinho mistura-se com a história da música sertaneja - raiz, com a história da moda – de - viola e das duplas caipiras. Carreirinho, hoje com 77 anos de idade, tem 1.680 músicas, de sua autoria, gravadas. Sempre foi, e ainda é, ao lado de Raul Torres, Serrinha, Tinoco e Zé da Estrada, considerado uma das melhores primeira-voz do Brasil.
Quando tinha oito anos de idade, ainda Adauto, ficava apreciando o Sô João Tropeiro a pontear uma viola. Ele era um sitiante, vizinho e meeiro do seu pai, e um excelente violeiro. 
Quando o pai saia para alguma viagem pedia que lhe trouxesse uma viola, o que nunca acontecia. O Sr. João achava que viola era coisa de vagabundo e não queria um filho assim. 

Mas, uma vez, o pai ia a Tatuí e, como sempre Adauto lhe pediu uma viola. Na noite anterior a viagem a mãe havia conversado com o Sr. João sobre a viola. Disse que não via mal algum em trazer-lhe uma. "Foi um alegria danada.
Quando vi meu pai na curva da estrada, montado numa mula ruana com um pacote grande na mão, eu já sabia.
Ele estava trazendo a minha viola. Não sabia o que fazer. Fui abrir a porteira pra ele. Nunca tinha sido gentil com ele. Peguei a viola e levei pro João Tropeiro afinar pra mim.
Daí num parei até hoje. Aprendi a pontear com João Tropeiro. Cada horinha de folga eu tava com a viola. “Peguei gosto,” conta Carreirinho. 
A primeira vez: "Em 1936, quando estava no último ano do primário e na escola ensaiava para a formatura o diretor disse um dia: Fulano vai declamar um poema, sicrano também declama ... aí eu falei: e eu toco uma moda de viola.
Foi minha primeira vez em público. Cantei uma moda minha: "Minha vida". Fui muito, mas muito aplaudido mesmo. 
Aí o tempo foi passando e Adauto, como ele mesmo confessa, nunca pegou duro nas lidas da roça. Era o mais novo e era poupado.
Mexia com o gado leiteiro, com amansação das potrancas e..., num podia ser diferente, quando sobrava um tempinho, tava ele com a viola no colo. 
Começou a cantar músicas de Raul Torres e num circo formou sua primeira dupla: Adauto e Ferraz. Durou um ano. Foi em 1945. 
Querendo ir mais fundo no mundo da viola mudou-se para São Paulo, onde formou sua Segunda dupla com o Piracicaba ( Botucatu e Piracicaba ) e fizeram durante o ano em que estiveram juntos, 1946, um programa ao vivo na rádio América, São Paulo. 
Nesse tempo encontrou-se com um conterrâneo que morava em São Paulo e já gostava de cantar. Nasce a terceira dupla.
Adauto passou a chamar-se Pinheiro e formou a dupla Pinheiro e Zé Pinhão. No dia 7 de junho de 1947 estrearam, ao vivo, na rádio Record de São Paulo, o programa " Sítio do Bicho de Pé". Zé Pinhão, que era policial, estava encontrando incompatibilidade de horário entre o seu serviço e música. Optou pela polícia. 
Adauto é quem conta agora: "Fiquei perdido, sem dupla”. “Um “dia, era domingo, eu estava ouvindo o  “ Chico Carretel” na rádio Piratininga. Ouvi lá: Lúcio Rodrigues e Fortaleza. Escutei, prestei atenção e vi logo: tá aqui a minha segunda voz.
 Arrumei-me e corri lá prá Piratininga, que ficava ali na Praça Patriarca. Quando cheguei, tinha um café em baixo e perguntei pelo tal Lúcio Rodrigues. Tinha acabado de sair. Me deram o endereço dele. Um prédio na Alameda Gretchen, em frente a garagem dos bondes. “Fui lá”. 
 “Ninguém conhecia Lúcio Rodrigues. Por sorte alguém lá no café tinha me contado como ele era. Mulato, magro, 1.70m, cabelo onduladinho. Já voltava vindo embora, quando vi um moço indo em direção aquele prédio e que se parecia com aquela descrição. Aí falei comigo: Vou gritar Lúcio, se ele olhar é porque é ele, e gritei. 
Nos apresentamos, falei o que eu queria mas ele disse que num tinha interesse. Que tava bom com o Fortaleza. 
Dava um dinheirinho prá pagar o cigarro e o almoço. Ai eu disse prá ele que comigo ele podia, no programa da Rádio Record, ganhar uns 600,00 por mês.
Isso dava mais ou menos uns três ou quatro salários da época.
Ele num disse nada, mas ficou com meu endereço. Na semana seguinte chegou a minha casa já trazendo "Canoeiro". 
Acertamos a dupla e fomos fazer o primeiro programa na Record. Armando Rosas que era o diretor do programa falou o seguinte: " se vocês não se separarem será a maior dupla sertaneja do Brasil". 

Toda terça feira tinha o nosso programa ao vivo. Aí precisava arrumar um nome pra dupla. Na própria rádio o Blota Jr. Sugeriu “Tupi e Tupã.
J. Pinheiro sugeriu "Pardinho e Pardal". Armando Rosas, " Zé Carreiro e Carreirinho" e o Adoniran Barbosa sugeriu "Minguinho e Mingote". 
O nome foi escolhido através de cartas dos ouvintes do nosso programa. Zé Carreiro e Carreirinho venceu longe. “Ainda bem que ninguém votou em Minguinho e Mingote”. 
Em 1950, mais precisamente 20 de agosto de 1950, gravamos Zé Carreiro e Carreirinho, nosso primeiro disco. Um 78 RPM, onde de um lado tinha "Ferreirinha" e do outro "Canoeiro". 
Nessa época faziam sucesso no gênero, as duplas Raul Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Palmeira e Luizinho, Serrinha e Caboclinho.
Zé Carreiro e Carreirinho assinaram então, depois de algumas artimanhas, um contrato de três anos com a Continental. 
Em 1950 Tonico e Tinoco, que eram contratados da Continental, se interessaram pelo cururu O canoeiro (Zé Carreiro), música que vinha marcando as apresentações da dupla iniciante. 
Mediante acordo com o diretor da gravadora, consentiram na gravação de Tonico e Tinoco, conseguindo em troca gravar o primeiro disco, com O canoeiro e Ferreirinha (de sua autoria). 
O sucesso desse lançamento levou a fábrica a contratá-los. Seis anos depois, a dupla lançou, pela Copacabana, Crianças do meu Brasil (com José Fortuna) e Jamais seremos esquecidos (de autoria da dupla), e, no ano seguinte, pela Victor, Sinhá Maria, versão sertaneja da composição de René Bittencourt do mesmo nome, e Buquê de flor (da dupla). 
Em 1958, depois de dez anos de atuação na Rádio Record e de gravar diversos discos, Zé Carreiro teve de se afastar da vida artística por surdez. 
Formou, então, com José Dias Nunes, nova dupla, Tião Carreiro e Carreirinho, que gravou em 1958, pela Continental, Rei do gado (Teddy Vieira), Mariposa do amor (Canhotinho e Torrinha), Pirangueiro e Saudade de Araraquara (ambas de Zé Carreiro), e Despedida de solteiro (com Zé Fortuna).
Depois a dupla gravou pela RCA algumas composições de gênero mais sentimental, com Madalena, O beijo (ambas de sua autoria) e Esqueça a sua Maria (Raul Torres e João Pacífico). 
Em 1962 lançou, com Zé Carreiro, pelo selo sertanejo da Chantecher Meu carro e minha viola (com Mozart Novais), faixa que deu nome ao LP, Boi cigano (Tião Carreiro e Pião Carreiro) e Terra roxa (Teddy Vieira), entre outras. 
No mesmo ano, apareceu num LP lançado pela Chantecher em homenagem à antiga dupla com Zé Carreiro, relembrando sucessos como Canoeiro, Ferreirinha e Pirangueiro (Zé Carreiro). 
Afastando-se de São Paulo, só voltou a gravar mais tarde, com sua nova parceira na dupla Carreirinho e Zita Carreiro (Iracema Soares Gama), que lançou pela Continental, no selo Cartaz, Flor de minha vida (com Zé Matão), Saudade (com Caboclo), Encontro fatal (com J. Vicente), Vem meu amor (com J. Vasco) e Mundo vazio (com Pardinho). 
Em 1974, a nova dupla gravou na Chantecher um pot-pourri intitulado Recordando Zé Carreiro, além de outras músicas, como Deus é meu guia (com Zuza), Saudade do nosso amor (Teddy Vieira e Tião Carreiro), Rincão de nossa terra (sua autoria), Cão fiel (Zé Godói e Biguá), Tormento da noite (Cafezinho e Nhô Juca). 
No ano seguinte, a dupla gravou na Carmona, Formigueiro de gente e Policena, além de Palhaço (com Miguel Santiago), em homenagem aos palhaços. 
Em 1979 a Secretaria de Cultura da prefeitura de São Paulo homenageou a dupla com uma festa realizada no ginásio de esportes do Sport Club Corinthians Paulista. 
Em 1980, em Curitiba/PR, receberam uma placa de Honra ao Mérito dos artistas paranaenses. 
A dupla ficou junto por 12 anos e gravaram 110 discos 78 RPM e 4 LPs. 
Zé Carreiro parou de cantar por volta de 1963 porque foi perdendo suas faculdades vocal e auditiva. 
Depois de Zé Carreiro mais quatro duplas se formaram com Carreirinho. Tião Carreiro durou quatro anos e gravaram dez discos 78 RPM e um LP. Zita Carreiro durou 16 anos e gravaram 12 LPs, dois compactos duplos e um compacto simples. Zé Matão durou cinco anos e gravaram cinco LPs. 
Hoje seu parceiro é Carreiro. Estão juntos desde 1991 e já gravaram um LP e dez CDs. Carreirinho, o que você diria que conselhos dariam prá quem quer ser violeiro, prá quem quer começar? 
"Pra tocar viola só os anos. Num tem método, nem escola, nem professor. Nunca fui um bom violeiro, sempre segurei na voz, mas só o tempo faz um violeiro. Eu tive muita sorte. A dupla cantava bem. Àqueles que pretendem começar, se tiver talento, cantar bem e tiver muita vontade, comece.
Mas só se for por paixão. Quem quiser começar prá fazer sucesso ou ganhar dinheiro vai dar furo n'água. Além disso a coisa mais importante que tem que saber é escolher um bom repertório. Isso vale prá qualquer um que queira começar bem. “
Sobre a ser cantor sertanejo - raiz: "Sou um apaixonado pelo que faço. Nunca, nem uma vez pensei em desistir. Arranco minhas músicas do coração, do fundo do peito. Faço o que gosto. Num posso deixar disso (cantar).
É minha vida. Gosto de compor. Ninguém aprecia mais do que eu as minhas músicas. O grande fã de Carreirinho é Carreirinho. Quando sento prá ouvir Carreirinho não atendo ninguém, nem telefone, nem nada. 
Sobre os shows: "99 % do que já gravei é composição minha. Nos shows só toco músicas minhas. Eu escolha a música que vou abrir os shows. Normalmente abrimos com "Caboclinha". Daí prá frente é o que a platéia pedir.
E pode pedir qualquer uma. O show é totalmente improvisado. Sempre foi assim, desde Zé Carreiro. Saio prá fazer um show, mas num sei o que vou cantar, é o que a platéia pedir. Nunca houve um show em que não houvesse pedidos. 
Aos 87 anos, Adalto Ezequiel faleceu em março/2009 num hospital paulistano, vítima de complicações após um derrame que o deixou inconsciente e respirando com a ajuda de aparelhos há mais de uma semana.
O velório e o enterro serão realizados hoje no Cemitério Jaraguá, no Km 23 da rodovia Anhanguera, em São Paulo. 
Carreirinho nasceu em 1921 na pequena Bofete, interior de São Paulo, a mesma cidade descrita e estudada no clássico da sociologia Parceiros do Rio Bonito, de Antonio Candido, para relatar a cultura caipira. Bofete hoje tem até praça com monumento de Carreirinho. 
Entre suas principais músicas, está "Ferreirinha" - a crônica de um peão que procurava seu amigo desaparecido depois de sair para tocar uma boiada. O encontrou morto e fez um malabarismo para levá-lo para um enterro decente. 
Outro marco de sua carreira foi a moda "Canoeiro", um causo de pescaria de final de semana. A toada ficou marcada na memória de quase todos que têm mais de 40 anos de vida e apreciam a música raiz. 
Nos últimos anos, estava mais afastado de apresentações por dificuldades de saúde. Mesmo assim compareceu a algumas homenagens, na maior parte das vezes acompanhado por seu ex-parceiro de viola Carreiro e a família de catireiros de Oliveira Alves Fontes, em Guarulhos.

Tião Carreiro e Carreirinho,


Que em 1990 gravaram pela Continental o LP “Meu Carro é Minha Viola” com 14 faixas que só tem sucessos.

Tião Carreiro ou José Dias Nunes (seu nome de batismo) é mineiro de Montes Claros, onde nasceu a 3 de dezembro de 1924, mas foi criado no Estado de São Paulo.
Durante alguns anos foi lavrador da Fazenda São Paulo.
A musica sempre foi o seu fraco, quase toda a noite cantarolava com seus amigos, os sucessos populares.
Em 1948, transferiu-se para a cidade de Valparaiso SP, onde formou a primeira dupla, “Zezinho e Lenço Verde” e estreou na Rádio local, no entanto, como profissional, aconteceu em Araçatuba SP.
Em 1954, pode concretizar seu velho sonho, através a oportunidade que lhe ensejou o Sr. Teddy Vieira, para gravar. Aliás, foi o Senhor
Teddy Vieira que lhe deu a alcunha de Tião Carreiro. Conhecendo Carreirinho em 1958, surgiu então a nova dupla “Tião 
  Adauto Ezequiel (Carreirinho) iniciou sua carreira em 1942, num circo da cidade de Sorocaba. Nasceu em 15 de Outubro de 1921 no bairro Óleo, município de Bofete SP, cidade próxima a Botucatu.
Cantou em público pela primeira vez, quando do recebimento de seu diploma no Grupo Escolar. Ao invés de recitar um Castro Alves ou Casemiro de Abreu, interpretou uma moda de viola de sua própria autoria.
Em 1946, veio para São Paulo, empregando-se como pedreiro até que surgisse uma oportunidade no rádio. Conseguiu ingressar na Record em 1947, onde atuou durante 10 anos. Em 1958 formou ao lado de Tião Carreiro e para gáudio dos seus fãs e admiradores, ei-los novamente reunidos neste magnífico microsulco, interpretando 14 páginas da nossa melhor musica regional, quase todas de sua própria autoria.
A fim de atender seus fãs e ouvintes que desejam saber a razão dos seus nomes, Carreirinho fez a moda de viola “Meu Carro é Minha
“Viola” que deu titulo ao disco.
Zé do Rancho e Zé do Pinho
João Isidoro Pereira, Zé do Rancho - Guapiaçu, SP.
Sebastião Gomes, Zé do Pinho - Ariranha, SP.
Cantores. Dupla sertaneja. Compositor (Zé do Rancho). Antes de cantar com Zé do Pinho, Zé do Rancho formara anteriormente duas duplas, Zé do Rancho e Serrinha e Zé do Rancho e Mariazinha. Com Mariazinha fez bastante sucesso com "Abra a porta, Mariquinha", de Zé Batuta e Quintino Elizeu.
A partir de 1954, participou como instrumentista executando violão e viola, em gravações de artistas como Tonico e Tinoco e Léo Canhoto e Robertinho, entre outros. Gravou diversos discos instrumentais. Durante dez anos produziu pela RCA diversos artistas sertanejos.
Em 1975, Zé do Rancho e Zé do Pinho formaram a dupla que gravou um total de seis discos. Ainda nos anos 1970 lançaram o primeiro disco, obtendo sucesso com "No colo da noite", de Lindomar Castilho e Ronaldo Adriano. Dois anos depois, obtiveram sucesso com "Devolva a passagem", de Ronaldo Adriano e Zé do Rancho e "Meu sítio, meu paraíso", de Zé do Rancho e que deu título ao disco.
A composição "Devolva a passagem", seria ainda gravada por Chitãozinho e Xororó, sendo que este último é genro de Zé do Rancho.
Em 1978, gravaram a clássica "Bom Jesus de Pirapora", de Serrinha e Ado Benatti. No ano seguinte, gravaram mais um disco, trazendo como destaque composições que haviam sido sucesso com a dupla Serrinha e Zé do Rancho, entre as quais, "Eu sigo o caminho dela", de Zé do Rancho e Boi do Rock, "Morena bonita", de Zé do Rancho e Sergio Tagliari e "Manhã do nosso adeus", de Zé do Rancho e Dino Franco. Fizeram sucesso também com "Gangorra", de Goiá Jr. e Zacarias Mourão e "Canoeiro apaixonado", de Serrinha e Zé do Rancho.
A dupla se desfez em 1980, logo após do lançamento de seu sexto LP, e que acabaria sendo o último. Zé do Pinho decidiu abandonar a carreira artística para tornar-se pastor evangélico. 
 Canoeiro apaixonado (Zé do Rancho e Serrinha) Devolva a passagem (Ronaldo Adriano e Zé do Rancho)   Eu sigo o caminho (Zé do Rancho e Boi do Rock)   Manhã do nosso adeus (Zé do Rancho e Dino Franco)  Meu pai e minha mãe (Zé do Rancho)   Meu recanto (Zé do Rancho)  Meu sítio, meu paraíso (Zé do Rancho)  Morena bonita (Zé do Rancho e Sergio Tagliari)   Não há coração que agüente (Zé do Rancho e Ricieri Faccioli)  Velho carro (Zé do Rancho) 
 Zé do Rancho e Zé do Pinho (1975) RCA LP 
Zé do Rancho e Zé do Pinho (1976) RCA LP 
Meu sítio, meu paraíso (1977) RCA LP 
Gangorra (1978) RCA LP 
Zé do Rancho (1978) Camden LP 
Zé do Rancho e Zé do Pinho (1979) RCA LP 
Zé do Rancho e Zé do Pinho (1980) RCA LP 

  Zilo e Zalo
É a dupla sertaneja formada pelos irmãos Aníbio Pereira de Sousa, o Zilo (Santa Cruz do Rio Pardo SP 1935- e Belizário Pereira de Sousa, o Zalo (Santa Cruz do Rio Pardo 1937-). Passaram toda a infância no sítio que seus pais possuíam na terra natal.
Começaram a cantar ainda meninos, respectivamente com 11 e 9 anos, em bailes e coretos de igreja nos fins de semana.
Em 1954 estrearam em rádio num programa da Rádio Difusora, em Santa Cruz do Rio Pardo. Nesse mesmo ano, mudaram-se com a família para São Paulo SP e, no ano seguinte, ficou entre os dez primeiros colocado do Festival Jubileu de Prata, da Rádio Record.
Logo começaram a cantar no programa Casa dos Fazendeiros, na Rádio Cultura. 
Em 1956 foram levados por Zacarias Mourão para a Rádio Bandeirantes, na qual permaneceram até 1961.
Em 1959 foram convidados por Cascatinha, então diretor artístico da Todamérica, para gravar seu primeiro disco, um 78 RPM com as músicas A volta do seresteiro (Zalo e Benedito Seviero) e Adeus do mineiro (Teddy Vieira e Piraci).
Em seguida, gravaram as músicas Violão amigo (Zilo e Benedito Seviero) e Castigo merecido (Zalo e Alcindo Machado).
Com o êxito de A volta do seresteiro, a dupla foi contratada pela Continental, na qual lançaram vários sucessos.
Em 1961 transferiram-se para a Rádio Nove de Julho e, dois anos depois, assinaram contrato com a Rádio Nacional (atual Rádio Globo), permanecendo aí até 1973.
Ainda na década de 1960, a dupla gravou com grande êxito um LP só de tangos. Em 1965 lançou pela Chantecher a música Grande esperança (Goiá e Francisco Lázaro); o sucesso foi tão grande que a gravadora lançou um compacto no mercado internacional, o que os transformou na primeira dupla sertaneja a vender discos no exterior.
Em 1973 assinaram contrato com a Rádio Record, de São Paulo, na qual permaneceram até 1982.
Com mais de 400 músicas gravadas em toda a carreira, a dupla lançou vários sucessos, entre os quais; O milagre do ladrão (Zilo e Leo Canhoto), Alma inocente (Zalo e Benedito Seviero), Tango da meia-noite (Zilo e Benedito Seviero), A vingança do caçador (Teddy Vieira e Zalo), Alma do Ferreirinha (Zilo e Jeca Mineiro), Feitiço espanhol (Goiá e Zacarias Mourão), Castelo de areia (Carreirinho), Encontro milagroso (Leo Canhoto) e Guardarei teu coração (Dino Franco e Osvaldo Ribeiro).
De autoria da própria dupla, destaca-se o sucesso Queixas de amor.

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