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terça-feira, 19 de junho de 2012

19/06/12 Lindomar Castilho

Lindomar Castilho
Lindomar Cabral (Lindomar Castilho), nasceu no dia 21 de janeiro de 1939 em Santa Helena, distrito de Rio Verde, no estdo de Goiás.
Um dos maiores vendedores de discos do Brasil nos anos 70, o cantor e compositor Lindomar Castilho é dono de uma biografia tão intensa e dramática como boa parte dos boleros que cantou. Transferiu-se para Goiânia, onde cursou a Faculdade de Direito. Em 1960, após ser aprovado em concurso, ingressou na Secretaria de Segurança Pública e abandonou a faculdade no 2º ano. Antes, porém, havia trabalhado como diretor do escritório da companhia Viatécnica S/A.


Sua carreira musical começou quando o compositor e então diretor artístico da gravadora Continental, Diogo Mulero, o Palmeira, da dupla Palmeira e Biá esteve em Goiânia. Na residência do compositor e escritor Bariani Ortêncio, Palmeira ouviu o ponta-esquerda do Sírio Libanês, que chegou a ser convidado para fazer um teste no Corinthians, soltando o vozeirão. Imediatamente o convidou para gravar um LP e sugeriu que adotasse o pseudônimo de Lindomar Castilho. "O nome foi mudado justamente em função de um futuro sucesso latino-americano que ele previa para mim", revelou em 1976. No final de 1962 gravou em São Paulo seu primeiro álbum: "Canções que Não se Esquecem", cantando 12 sucessos do cantor, compositor e ator Vicente Celestino, sua principal influência artística. Nesse ano deixou de trabalhar na Secretaria de Segurança Pública. Lindomar mudou-se para São Paulo e ingressou como Chefe de Relação Públicas da firma de colchões de molas Epeda. Gravou ainda um compacto com a música "Margarida", de Lupicínio Rodrigues. Em 1964 lançou pela Continental "Alma, Coração e Vida" (A. Flores e Wilson Brasil), seu segundo LP, conduzido pela faixa-título e por "Somente uma Flor", e fez shows pelo país em nome da Epeda. Já desligado da Epeda, gravou em 1965 "Escuta Minha Oração", com destaque para as faixas "Falhaste Coração" e, um de seus maiores sucessos como intérprete, "Ébrio de Amor" (Palmeira e Ramoncito Gomes), gravada também em espanhol e lançada na América Latina. No ano seguinte lançou "Mensagem de Carinho", que revelou as canções "Inesquecível" e "Por esta Mesma Porta", e entre 1967 e 68, gravou três álbuns, com destaque para "Amor de Pobre", "Meu Coração está de Luto", "Esta Tarde vi Chover", "Contigo Aprendi", "Coração, Coração", "Porta na Cara", "A Chance" e "Saudade de Você". Em 1969, teve fôlego para lançar três LPs: "Somos Iguais", "En Castellano", e "Canções que Não se Esquecem - Vol. 2", este com regravação de antigos sucessos e da última música composta por Vicente Celestino, "Minha Mãe" (com Marina Ghiaroni), gravada pelo autor em "Obrigado Meu Brasil" (RCA Víctor em 1968).
Em 1970 Lindomar Castilho estreou na RCA Víctor, sua nova gravadora, com um LP que trouxe, além do sucesso "Pureza", de Osmar Navarro, a música "Aleluia ao Amor", sua primeira incursão como compositor. Amparado por hinos como "Mamaracho" (Franco, Valdez e Mony - Versão de Sebastião Ferreira da Silva) e "Coração Vagabundo" (Marcos Pitter), o ilustre cidadão de Santa
Helena gravou em 1973 "Vou Rifar Meu Coração", que grifou seu sucesso internacional. De acordo com o release do cantor na época, a música "Vou Rifar Meu Coração" o projetou efetivamente no cenário mundial, e só no México recebeu mais de 50 gravações. O LP gravado em espanhol lhe proporcionou sucessos em mais de 50 países". E segundo o departamento de imprensa da RCA em 1976, "O sucesso de Lindomar Castilho hoje nos países latino-americanos e no mercado latino dos Estados Unidos é uma realidade indiscutível, chegando, em alguns casos a obter índices de vendagem difíceis de serem conseguidos até por grandes astros dos próprios países, como foi o caso do México, quando do lançamento do compacto-simples "Voy a rifar mi corazón" (Eu Vou Rifar meu Coração), que vendeu nada menos de 78 mil cópias só na semana de lançamento. Mais recentemente, quando foi lançado o LP "Eres loca de verdad" (Você é Doida Demais), no mercado latino dos Estados Unidos, foi necessária uma importação de álbuns do México, para reposição imediata, em função do alto número de pedidos conseguidos em todo o território americano, muitas vezes maior que os LPs que havia em estoque". Um de seus maiores sucessos, "Você é Doida Demais", composto com seu parceiro mais constante, Ronaldo Adriano, conduziu o álbum "Eu Canto o que o Povo Quer", que ganhou versão para o mercado latino. Na RCA gravou músicas de grande repercussão como "Oi Sô", "Feiticeira", "O Invejoso", "Minha Mãe, Minha Heroína", "Nós Somos Dois Sem-vergonha", "Camas Separadas", "Cheguei Prá Ver", "Adeus Mariana", "Rei Sem Trono", "Eu Não Sou Nenhum Bandido", "Mais um Cigarro Fumado", "Sul Brasileiro", "O Troco", "Tema da Tarde", "Homem de Pedra" e "Eu e a Viola". Com 10 LPs em espanhol gravados em El Salvador, Méxicos e Estados Unidos, Lindomar lançou em meados da década de 70 os micro-sulcos "O Incomparável - Volume II" ("Três Vidas, Três Destinos", "Carga Pesada" e "Estou Perdendo a Cabeça Por Você"), "O Filho do Povo" (1976) e "Chamarada" (1977). Consagrado pela revista americana "Billboard" como o "El nuevo ídolo de las Américas", o cantor representou em 1977 o Brasil como campeão de vendas de discos no programa "Coast to Coast", da televisão americana, em San Francisco, Califórnia.
Ainda nesse ano, conheceu nos corredores da RCA, em São Paulo a cantora iniciante, Eliane Aparecida de Grammont, com quem se casou no dia 10 de março de 1979, e teve uma filha, Liliane. Antes de casar, os dois decidiram que ela não cantaria mais para se dedicar ao lar.
No dia 30 de março de 1981, no Café Belle Epoque, no Jardim América, em São Paulo, Lindomar, recordista em vendagens de discos e coroado como "O Rei do Bolero", matou Eliane, de quem havia se separado há alguns meses.
Após a separação, Eliane voltou a fazer shows, e naquela noite cantava acompanhada pelo violão de Carlos Randall, seu novo namorado e primo de Lindomar.
Levou cinco tiros pelas costas.
Autuado em flagrante, Lindomar Castilho foi condenado a 12 anos de prisão no dia 23 de agosto de 1984, por homicídio doloso e tentativa de homicídio (também tentou matar Randall).
O caso pontuou verticalmente o movimento feminista nacional.
Em 1985 foi criada em São Paulo a primeira Delegacia de Defesa da Mulher do Brasil, e em 1990, pela Prefeitura de São Paulo, a Casa Eliane de Grammont, um centro especializado no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e sexual. Depois de cumprir doze anos de pena - seis em regime semi-aberto - Lindomar Castilho ganhou em 1996 sua liberdade. E, como ele mesmo afirma, somente retornou à carreira graças aos pedidos de sua filha. Lançou em 2000 pela Sony Music, "Lindomar Castilho Ao Vivo", gravado no Teatro Goiânia-GO, e suas músicas "Eu Vou Rifar Meu Coração" e "Você é Doida Demais" fizeram parte da trilha sonora do filme Domésticas, dirigido por Fernando Meirelles e Nando Olival. E em 2001, "Você é Doida Demais" se tornou tema de abertura do seriado Os Normais, da TV Globo.
Nonô e Naná
Alcides Felisbino Basílio (Nonô Basílio) nasceu em Formiga-MG no dia 22 de novembro de 1922 e faleceu em São Paulo-SP no dia 01 de julho de 1997. Filho de Joaquim Felisbino de Souza e Floripes Basílio de Souza.
Começou a compor com 16 anos de idade. Veio para São Paulo em 1950, mas antes residiu em São João Del Rei, Lamos e Rio de Janeiro.
O encontro com Naná (Maria de Lourdes Batista de Souza, nascida também em Formiga- MG no dia 19 de agosto de 1934) ocorreu lá mesmo em Formiga, quando ela fazia teatro amador e Nonô formava dupla com seu irmão Dudu: era a dupla "Irmãos Basílio". Mas Naná surgiu em sua vida, casaram-se em 1953 e já no ano seguinte nascia o duo Nonô e Naná.
Foi com apenas 12 anos de idade que Alcides adotou o pseudônimo de Nonô Basílio e, nessa época, já se apresentava com os "Irmãos Azevedo", que faziam sucesso na emissora de rádio de Formiga-MG. E Maria de Lourdes, a Naná, apresentava-se num teatro amador local, ao passo que Nonô cuidava da parte musical do mesmo. Até que em 1938, Nonô Basílio deixou o conjunto dos Irmãos Azevedo o qual havia se transformado numa orquestra.
Antes porém de formar a dupla com Naná, Nonô Basílio seguiu para São João D'el Rey-MG em 1946, onde estudou instrumentos de sopro na Corporação Musical Teófilo Otoni. Em seguida, Nonô seguiu para a capital paulista, onde tentou formar dupla com seu irmão Dudu Basílio que no entanto desistiu e decidiu retornar para Formiga.
Foi em 1950 que Nonô conheceu o renomado trio "Luizinho, Limeira e Zezinha" na Rádio Tupi de São Paulo. E eles gravaram em 1951 o corrido "Cantando Sempre" (Nonô Basílio e Mauro Pires).
Nonô Basílio passou então a ter suas composições gravadas por Luizinho, Limeira e Zezinha, Palmeira e Biá e também Jeca Mineiro e Mineirinho.
E foi com Jeca Mineiro e Lúcio Sampaio que Nonô Basílio formou o Trio "Seresteiros do Sul" que se apresentou com sucesso na Rádio Cultura de São Paulo.
E, em 1953, celebrou-se o casamento de Alcides com Maria de Lourdes, o qual teve como padrinhos a dupla Cascatinha e Inhana.
Desfeito o "Trio Seresteiros do Sul", Nonô voltou a se dedicar à sua antiga profissão que era a de alfaiate. Junto com Maria de Lourdes, costumava cantar nas horas vagas e o casal foi percebendo que as vozes se combinavam e finalmente formaram a dupla "Nonô e Naná".
Seguiram-se diversas apresentações em festas, shows de caridade, clubes e salões e também apresentações na Rádio Emissora ABC de Santo André-SP e também no programa de Zacarias Mourão na Rádio Bandeirantes de São Paulo, além do programa de Blota Jr na Record (nesse último, Nonô e Naná foram apresentados por Cascatinha e Inhana, em 1956).
Nonô e Naná gravaram o primeiro disco em 1957 na Todamérica, gravadora que era dirigida pelo Cascatinha. Também continuaram com as apresentações em circos e teatros das cidades do interior.
Além de 11 LP's gravados pela dupla, em 1971, Nonô e Naná participaram do filme "No Rancho Fundo", de Osvaldo de Oliveira.
Em 1996, Nonô e Naná gravaram o último disco e único CD da dupla, "Nossa Última Lembrança". Por essa época, Naná apresentava problemas na voz (desde 1980). E Nonô Basílio deixou esse mundo no ano seguinte à gravação do CD.
Como compositor, Nonô Basílio é sem dúvida de fundamental importância para o nosso cancioneiro sertanejo; e um grande momento de sua carreira foi certamente o lançamento e o sucesso de “Mágoa de Boiadeiro”, que ele compôs em parceria com Índio Vago.
Essa belíssima composição foi gravada por dezenas de diferentes intérpretes, tais como Pedro Bento e Zé da Estrada, Sérgio Reis, Ouro e Pinguinho e outros mais.
Calcula-se que Nonô Basílio tenha mais de 1000 composições, às quais foram gravadas pelos mais variados artistas, tais como Luizinho, Limeira e Zezinha, Cascatinha e Inhana, Pedro Bento e Zé da Estrada, Mário Zan, Nenete e Dorinho, Duo Ciriema, Irmãs Galvão, Tonico e Tinoco e Sérgio Reis, apenas para citar alguns.
Como compositor, Nonô Basílio teve como um dos mais constantes parceiros o acordeonista Mário Zan, com quem compôs, entre outras, o xote "Criança Sapeca" (gravada pelo próprio Mário Zan), o baião "Vovó Caduca" (gravado pelo Duo Ciriema) e a tupiana "Linda Forasteira" (gravada pelo Duo Irmãs Celeste.
Nonô Basílio, em 1956, juntamente com Mário Zan, foram os criadores da "Tupiana", novo rítmo que é "uma espécie de guarânia, com maior influência da música dos índios tupi-guaranis, em compasso 3x4, com batidas ritmadas marcadas pelo tambor".
Face à "invasão" dos rítmos paraguaios em nossa música, principalmente na região do Mato Grosso do Sul, Nonô Basílio e Mário Zan resolvem criar o novo ritmo de resistência dentro da música brasileira.
Curiosamente o próprio Mário Zan havia sido antes um dos principais expoentes da introdução de tais elementos vindos de fora em nossa música brasileira, como por exemplo, "Chalana" (Mário Zan e Arlindo Pinto) que é uma guarânia e foi composta às margens do Rio Paraguai, na cidade de Corumbá-MS.
A primeira tupiana foi "Alvorada Tupi" gravada na RCA Victor pelo Duo Irmãs Celeste. O Duo Irmãs Celeste e também os próprios autores chegaram a gravar outras "tupianas". Tal ritmo, no entanto, não atingiu o grande público e não foi grande sucesso de vendas. De acordo com Mário Zan, a tupiana não pegou, não teve divulgação. Naquele tempo não existia mídia, hoje qualquer bobagam que você fala tem repercussão.
E além da criação da tupiana juntamente com Mário Zan, Nonô Basílio compôs suas músicas nos mais variados ritmos, tais como boleros, cururus, tangos, valsas, canções rancheiras e xotes, entre outros.
Foi compositor, cantor e diretor artístico, tendo trabalhado inclusive na apresentação do programa "Viola Minha Viola", da TV Cultura de São Paulo, em 1980, ao lado de Moraes Sarmento.

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