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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Jackson Antunes

Jackson Antunes:
“Tenho uma ligação muito grande com o Povo do Sertão”.
Costumo ouvir que 'tenho a cara do Caboclo Brasileiro', o que me enche de orgulho.
“Na novela “Esperança”, com o personagem Zangão, já pude mostrar aos espectadores um pouco deste universo, através das músicas que dedilhava na Viola.” (Jackson Antunes).
Joaquim Antunes nasceu no dia 28/08/1960 em Janaúba - MG.
Começou a trabalhar com bem pouca idade na lida do campo. Trabalhou também como padeiro, engraxate e pintor letrista.


Conhecidíssimo como ator, Jackson Antunes tem se destacado interpretando "personagens rústicos" e de "forte brasilidade" em diversas novelas da Rede Globo, como por exemplo, "Renascer", "O Rei do Gado", "Terra Nostra" e "Esperança" e, mais recentemente, na Rede Record, "Escrava Isaura".
No entanto, ainda são poucos os que conhecem seu talento como Violeiro ou como "Cantador Matuto", como ele mesmo se autodenomina.
Seu avô foi grande aboiador e, ironicamente, faleceu no mesmo dia em que Jackson Antunes nasceu.
Ainda na infância, Jackson acompanhava de porta em porta as Folias de Reis típicas do Norte Mineiro
Jackson também foi influenciado por programas que ouvia no rádio que sua irmã havia comprado e, nas Ondas Curtas da Rádio Nacional de São Paulo (hoje Globo), dentre outras, Jackson costumava ouvir músicas caipiras interpretadas por duplas do quilate de Tião Carreiro e Pardinho, Cacique e Pajé e Sulino e Marrueiro, apenas para citar algumas.
Com 8 anos de idade, Jackson Antunes apaixonou-se pelo circo, local onde dirigia e atuava em dramas que eram de sua autoria. Em sua Janaúba natal, Jackson também escrevia poemas para o jornal local, "O Gorutuba".
Passou também pelo Teatro Amador e, mais tarde, pelo Teatro Profissional, já em Belo Horizonte - MG. No currículo, mais de 30 peças teatrais encenadas, todas de autores brasileiros. Jackson também teve aulas de canto com o professor José Spinto que também era primo de Gilda de Abreu, esposa do inesquecível tenor Vicente Celestino!
Jackson Antunes fez um teste para TV em 1988, mas foi somente em 1991 que ele recebeu o convite de Luiz Fernando Carvalho, para estrear na novela "Renascer", na qual interpretou o "jagunço" Damião. Sucesso de público e crítica, ganhou diversos prêmios, dentre eles, o Troféu Imprensa e o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).
Apesar de seu renome como ator na Rede Globo, Jackson Antunes também quis se dedicar à Música e à Viola, às quais ele considera também como um outro meio de expressar seu apego à Cultura Popular.
Foi graças ao cantador e compositor Téo Azevedo, também Mineiro do Norte e proprietário da gravadora Pequizeiro, que Jackson Antunes conseguiu finalmente gravar seu primeiro CD (Jackson Antunes Canta Téo Azevedo), após sete anos de negativas de diversas outras gravadoras. Consta nesse CD, dentre outras, as músicas "Velho Chico" (Téo Azevedo - Corrêa Neto), "Réquiem A Tião Carreiro" (Téo Azevedo), "Meu Orgulho É Ser Vaqueiro" (Téo Azevedo) e "Viola de Bolso" (música de Téo Azevedo - versos do poeta Carlos Drummond de Andrade).
O segundo CD, Jackson também gravou pela Pequizeiro: "Jeitão de Caipira", em dueto com Tião do Carro, com destaque para inesquecíveis sucessos da Música Caipira Raiz, tais como "Terra Roxa" ( Teddy Vieira), "Travessia do Araguaia" ( Dino Franco - Dicró dos Santos), "A Vaca Já Foi Pro Brejo" ( Tião Carreiro - Lourival dos Santos - Vicente Machado) e "Francisco De Assis" ( Tião do Carro - José Caetano Erba).
O terceiro CD ("Jackson Antunes O Cantador Matuto Canta Luiz Gonzaga") também foi produzido por Téo Azevedo e foi distribuído em bancas de jornais e revistas pela Panela Music.
O mesmo vendeu cerca de 20.000 cópias, mesmo tendo sido distribuído em apenas quatro Estados e sem ter sido tocado no rádio nem na TV.
Jackson gravou também dois CDs declamados: "Nosso Coração Caipira" (pela Atração Fonográfica, juntamente com Chico Lobo), e "Viver Em Paz" (pela COMEP - Edições Paulinas).
Em 2002, Jackson Antunes participou do show de Pena Branca e Chico Lobo, no teatro da UFF, comemorando os 25 anos da Kuarup Discos, a qual lançou também nesse mesmo ano o CD "Veredas do Grande Sertão", que é uma coletânea de músicas de seus CDs anteriores. Jackson lançou também no mesmo ano pela Kuarup o CD "Pé de Serra", também produzido por Téo Azevedo.
Ainda no mesmo ano de 2002, Jackson Antunes lançou pela Kuarup Discos o CD "Pé de Serra", produzido por Téo Azevedo, com gostoso "Sabor Nordestino", com a utilização de instrumentos músicais típicos do forró, tais como a Sanfona, o Triângulo e a Zabumba. Destaque para "Ana Maria" (Janduhy Finizola), "Canção da Saudade" (Accioly Neto), "O Cio do Grão" (Eliezer Setton), "Eu Me Lembro" (Dominguinhos - Anastácia), Meu Cenário (Petrúcio Amorim) e "Vai Devagar Conceição" (Bráulio de Castro), dentre outras, predominando os ritmos do Xote e do Baião.
Em 2003, Jackson homenageou o inesquecível ator e produtor Mazzaropi em seu CD "Quanta Saudade Dá", pela Sony Music. E em 2004, lançou pela Atração Fonográfica o seu mais recente CD, intitulado "Canções Para A Cabocla Que Amei". Curioso que nesse CD, além do repertório bem brasileiro, como é o caso de "Jardim da Fantasia" (Paulinho Pedra Azul), Jackson também revive alguns sucessos do tempo da Jovem Guarda, incluindo algumas versões, como é o caso de "Domingo Feliz" (Beautiful Sunday) (D. Boone - R. McQueen).
Além dos CD's mencionados, Jackson Antunes também participa do CD "Nóis E A Viola" das Irmãs Galvão, nas célebres declamações das músicas "Cabocla Tereza" ( Raul Torres - João Pacífico) e "Chico Mineiro" ( Tonico - Francisco Ribeiro).
Jackson Antunes também tem participado todos os anos da tradicional Folia de Reis de Alto Belo, no Norte Mineiro, festa essa promovida pelo seu conterrâneo Téo Azevedo.
Mesmo sendo mais conhecido como ator do que como cantador Jackson Antunes leva a sério o seu investimento no campo da Música, o qual não considera como algo meramente passageiro.

João Araújo e Viola Urbana:
A Viola Caipira é também riquíssima em participações nos mais diversos estilos da nossa Boa Música Brasileira e, mesmo quem não gosta do estilo, eu, particularmente, recomendo que procure conhecer melhor esse maravilhoso Instrumento Musical que interpreta também com maestria a Música Erudita, a Seresta e também já esteve presente até mesmo na "Era de Ouro dos Festivais" da MPB (basta lembrar o sucesso de "Disparada" (Geraldo Vandré - Théo de Barros))!
E, foi com satisfação que, há alguns meses atrás, recebi alguns e-mails de João Araújo, que mora na Capital Mineira e desenvolve um Projeto Musical muito interessante que mostra a Viola não só na nossa genuína Música Caipira Raiz e no nosso Riquíssimo Folclore, como também em diversos estilos de nossa Boa Música Brasileira. Faço questão de reproduzir aqui na íntegra o texto escrito pelo próprio João Araújo, com sua trajetória musical e com a história do excelente grupo musical mineiro que é o "Viola Urbana":
" João Araújo é Cantor, Compositor, Instrumentista, Produtor e Cronista. Natural de Contagem, Minas Gerais, começou a aprender a tocar Violão aos 12 anos de idade, nos idos de 1979, por causa da insistência de Zé Antônio (que hoje faz parte do Grupo Viola Urbana).
Em 1996 e 1997 dirigiu dois laboratórios musicais no Colégio Anchieta, em Belo Horizonte-MG, ambos voltados à iniciação musical de jovens: O Grupo Vocal e o Curso de Monitoramento à Distância de Violão Popular.
Em 1998 coordena o Grupo Muleke, só de adolescentes, que começam do zero e formam uma banda de samba que chegou a se apresentar pra 5.000 pessoas, no carnaval do ano seguinte.
Em 1999, participa ainda como arranjador, instrumentista e segundo vocalista do grupo de Márcio Guima, sobrinho de Clara Nunes, no show "Salve Clara, Salve ela", em homenagem aos 15 anos de falecimento da grande cantora mineira.
Começou a tocar profissionalmente com mais freqüência a partir desse ano, 1999, em função da gravação de seu primeiro CD (Festival), que é uma amostra das suas composições bem do seu jeito: completamente irriquieto, sem gostar de ficar se repetindo num mesmo estilo, e atuando em várias frentes ao mesmo tempo.
Em 2003 coloca no ar seu Site Pessoal, e começa a narrar as histórias reais que passou como músico da noite, em forma de crônicas.
Em 2004 começa o projeto Viola Urbana, formando o grupo com Zé Antônio, Marisa Minas e Ronan Peres pra comemorar 25 anos de aprendizado, admiração e respeito à música de seu país. Produz o CD e o Site com a pesquisa Viola Urbana, a serem lançados em 2005, quando também participa como colaborador do Projeto Signus do Universo Roseano, um trabalho de resgate e registro de valores culturais junto à comunidade de Cordisburgo-MG. Terra da Gruta de Maquiné e de Guimarães Rosa, Cordisburgo também é terra natal de seu avô, João Pança, para quem prepara, paralelamente, um livro-homenagem com as histórias dele que as pessoas da cidade ainda contam, mesmo após 25 anos de falecimento!
Alguns locais onde João Araújo já se apresentou: Shoppings de Belo Horizonte: Cidade, Minas, Jardim, Pampulha, Norte, Villaggio (Gutierrez), Hot-Point (Cidade Nova), Buritis; Parque das Mangabeiras (Belo Horizonte - MG), Minas Tênis Clube II (Belo Horizonte - MG); Projeto Cultural do PREPS PUC (Belo Horizonte - MG); Restaurante Xapuri Pampulha (Belo Horizonte - MG); Restaurante Mafunfo (Contagem - MG); SESI – Minas e Clube da FIAT (Betim – MG); Rio de Pedras Balneário (Itabirito - MG); Hotel Ipê Amarelo (Esmeraldas - MG); Panela de Pedra e Petras (Serra do Cipó - MG); Petisqueira do Romeu (Macacos - MG); JP Restaurante, Armazém & Alambique (Sabará-MG); Canto da Siriema (Jaboticatubas - MG).
Quero também deixar a palavra para que o próprio João Araújo nos fale sobre o conjunto "Viola Urbana":
“Viola Urbana, é um trabalho de pesquisa sobre a influência da Viola Caipira na Música Popular Brasileira”.
Patrocinado via Lei Federal de Incentivo à Cultura, pela CEMIG e pelo Governo do Estado de Minas Gerais, o CD e o Site tentam contar como esse mágico instrumento, antigamente conhecido apenas como "rural", conquistou a "cidade-grande".
Fruto do reencontro do ex-aluno João Araújo com o professor Zé Antônio, que comemoravam 25 anos de paixão pela verdadeira Música Brasileira, somam-se as valiosas presenças de Marisa Minas e Ronan Peres nesta homenagem à uma nova geração de Tocadores de Viola que, embora sendo da 'Era do Celular e da Internet', têm profundo respeito e admiração às Raízes da nossa Cultura. O CD foi gravado no Estúdio Bemol, em Belo Horizonte - MG, sob a direção de Geraldo Vianna, e teve ainda as participações 'pra - lá- de- especiais' de Roberto Corrêa, Chico Lobo e Fernando Sodré.
A pesquisa, pelo site, apenas está iniciada; via Internet, vários novos Violeiros (pessoas que amam a Viola) vão dando suas contribuições aos assuntos retratados nos segmentos de Viola Urbana. "
 Quero aqui destacar o excelente CD lançado por João Araújo e o conjunto "Viola Urbana", riquíssimo não só em Boa Música de Qualidade, como também em importantíssimas informações, já que o encarte do mesmo é também um Livro que mostra ao Apreciador diversos aspectos da proposta do grupo.
A seleção do repertório é primorosa e mostra ao Apreciador um pouquinho da importância da Viola na nossa Boa Música Brasileira, não só na Música Caipira Raiz (como acontece na 1ª faixa - "Viola Simples", que é um pot-pourri de "Cuitelinho" (Recolhido do Folclore por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó) e "Êta Nóis" (Luli - Lucina), como também a "Viola de Domingo", na 4ª faixa, que nos mostra "Vide Vida Marvada" (Rolando Boldrin) (que nos faz recordar o inesquecível "Som Brasil" nas manhãs de Domingo na Globo, apresentado por Rolando Boldrin, além da 8ª faixa que é "A Estrada e o Violeiro" (Sidney Muller) que nos faz lembrar a inesquecível interpretação de Nara Leão em nossa Boa Música Brasileira e da 10ª faixa que é a inesquecível "Disparada" (Geraldo Vandré e Théo de Barros) que nos transporta à "Era de Ouro dos Festiveis", além da 9ª faixa que nos mostra que a Viola também tem "acesso às Salas de Concerto", apresentando a célebre Tocatta que encerra as Bachianas Brasileiras Nº 2 de Heitor Villa-Lobos "O Trenzinho do Caipira" (com o poema de Ferreira Gular).

Levi Ramiro:
Esse excelente Violeiro e Compositor nasceu em Uru-SP, na região de Bauru-SP. Além de dedilhar com maestria o tradicional instrumento musical caipira raiz, Levi Ramiro também é Luthier: fabrica Violas, Violões, Rabecas e diversos instrumentos musicais por ele inventados, utilizando técnicas e materiais inovadores.
Levi Ramiro é também amante da Cultura Regional Brasileira, das coisas de Nossa Terra e Nossa Gente, das prosas, das Rodas de Viola, da Boa Música Brasileira, das pescarias, da culinária, da natureza e também da nossa riquíssima e maravilhosa Cultura Caipira.
Seu primeiro instrumento, o Violão, Levi herdou do pai. Herdou também a habilidade com as ferramentas e, com elas, a aptidão na arte da confecção de instrumentos musicais de cordas: Violas Caipiras, Violões e Rabecas. E da mãe, Levi herdou o gosto pela Poesia e pela Boa Música.
A partir de 1995, Levi descobriu na Viola Caipira a fonte de inspiração que enriquece a sua produção artística, tanto no toque como também na fabricação do tradicional instrumento musical. Retornou por esse motivo à sua região, residindo atualmente numa tranqüila casa próxima a Pirajuí-SP, onde também montou o seu ateliê.
Levi emprega madeiras obtidas de batentes de janelas velhas, visto que, de acordo com suas próprias palavras "...o tal batente, além de ser duro e forte, já entortou e empenou o que tinha que empenar..."
Tudo o que Levi acha que seja de "Madeira de Lei" vira fonte de matéria-prima para a fabricação das Violas. Levi não usa ferramentas sofisticadas; apenas uma furadeira elétrica e formões, para "esculpir" suas Violas de 10 cordas, e também a Viola de Arco - conhecida como "Rabeca", que é freqüentemente confundida com o Violino.
Levi Ramiro constrói Violas, Rabecas e outros diversos instrumentos musicais que ele mesmo inventa, utilizando como matéria-prima materiais muitas vezes inusitados, como por exemplo, a Cabaça (Porunga - Caixa de Ressonância natural plantada e colhida em fundo de quintal); Levi também recicla madeiras oriundas de demolições (como Cedro e Pinho, por exemplo) e emprega até mesmo folhas de fórmica para confeccionar o corpo das violas.
Levi gravou em 1997 o CD Maracanãs, produzido por ele mesmo e pelo parceiro José Esmerindo.
CD esse que foi lançado em diversas cidades do Estado de São Paulo e em programas de TV como o excelente "Viola Minha Viola" (apresentado pela "Madrinha" Inezita Barroso e que vai ao ar pela TV Cultura de São Paulo-SP) e também pelo programa Terra da Gente (Globo - Campinas).
Para o lançamento desse CD, Levi contou com o já mencionado Violonista José Esmerindo e também com o Percussionista Magrão, além de ter criado o Trio Maracanãs.
No ano de 1999, o tema instrumental "Folia Dos Duarte", do CD "Maracanãs", foi incluído no CD "Folias do Brasil", coletânea de Folias De Reis lançada quando das comemorações dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, com a produção do músico e cantador Dércio Marques.
Em 2001, Levi participou do CD "Eu Plural", com a música "O Vaqueiro e o Violeiro", classificada no Festival da Música Brasileira de 2000. E em 2002, participou também do CD da cantora Ana Person na faixa "Brasis!".
E, a convite de Francisco Domingos, da Devil Discos, de São Paulo-SP, Levi Ramiro gravou seu CD intitulado "Viola de Todos os Cantos" no qual divide o trabalho com o excelente Grupo mineiro "Vento Viola", formado por Clayton Roma, Aidê de Jesus, Lúcio Lorena e César Dameire (foto à esquerda).
Levi Ramiro continua morando em Pirajuí-SP, próximo à sua Uru natal e prossegue fabricando seus instrumentos musicais e compondo suas Modas, celebrando a simplicidade e a poesia da vida do Interior Musical de Nossa Terra e Nossa Gente.
Quero aqui passar a palavra para o "Cumpadre" Luiz Viola de Bauru-SP, para falar um pouquinho sobre esse excelente Violeiro e Luthier, pois ele conhece a fundo o trabalho de Levi Ramiro:
“Estive com o Levi, lá em seu rancho em Estiva (Pirajuí-SP), onde é sua oficina”.
Fui recebido por ele com uma Viola na mão (tem quem receba a gente com cachorro ou com uma arma) - para você perceber quem é o Levi!
A viola que era sua 'arma' era justamente esta da foto: uma enorme porunga (cabaça, conhece?) cortada ao meio e que se transformou em caixa – de - ressonância (caixa-acústica). Como a porunga é um produto natural, ela toma formas estranhas, que têm que ser trabalhadas: repare como ele acrescentou um apoio em forma de vírgula para a coxa do tocador, para compensar a deformidade da caixa. Essa viola tem até uma divertida rolha (não vamos esquecer que seu corpo é uma porunga!). Comentei que daria para enchê-la de cachaça até à borda...
Extravagâncias à parte, mesmo considerando que esta viola tem uma sonoridade espantosa! (...) Levi constrói essas violas à mão e as afina com cuidado e precisão artesanal. O material que se utiliza é marfim, jacarandá, imbuia (do jacarandá vem madeira boa para o braço) (...) as Violas vêm com reforço adicional, não empenam, não entortam nem desafinam.
“E têm um timbre particular, não conseguido nas fabricadas em série; não são envernizadas, são enceradas”.
E num outro encontro, o "Compadre" Luiz Viola também comenta:
“Admitindo”-se que a designação correta ao tocador de Viola Caipira é 'Violista' (como Violonista, Pianista, Trompetista, Baterista, Violinista, Pandeirista, Acordeonista (Sanfoneiro?), Organista, Harpista), recebi, neste final de semana, uma agradável surpresa: a visita de um autêntico Violeiro, aqui mesmo em minha casa.
Isso mesmo: o grande Levi Ramiro esteve comigo. Ele, que além de Violista, Rabequista e renomado Compositor, também é Violeiro e Rabequeiro.
Dizem que construtor de instrumentos musicais é 'Luthier'. Na minha opinião, isto é frescura, é Violeiro, Rabequeiro, Sanfoneiro, mesmo. Assim, como ferreiro, armeiro, pedreiro, padeiro, costureiro, tropeiro. O Violista aqui explica: Levi Ramiro constrói violas e rabecas de qualidade.
A viola que serve de logotipo para o sítio O Violeiro é uma autêntica “Levi Ramiro”. Assinada por ele tem o corpo de marfim, o tampo de imbuia e o braço é de jacarandá.
Foi construída para ser tocada na afinação 'Cebolão', especialmente para o compadre aqui, isto é, eu mesmo! Coisa fina. Levi tocou esta minha viola e sentiu saudade dela. Trata sua criação como se fosse filha...
Isto é bom, ele dá toda uma atenção pós-venda aos seus clientes, coisa de artista! Gosta de saber como estão sendo tratadas suas 'filhas'.
Conversamos sobre tudo o que tem a ver com viola e coisa de caipira. Ele me contou de suas viagens, e eu quis saber como acha tempo para tocar e compor e construir violas e rabecas...
Luiz Viola é pesquisador de nossa riquíssima Cultura-Raiz, além de escritor e tocador de Viola Caipira. Mantém dois excelentes sites que são o Blog O Violeiro e o Sítio O Violeiro, ambos "assuntando a Viola" e dedicados a essa nossa Cultura Bem Brasileira!!
Contato com Levi Ramiro:
(14) 3572-3334
(14) 9702-1781
E-mails:
violasertaneja@uol.com.br

leviramiro@hotmail.com

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