Total de visualizações de página

Quer sua Biografia aqui = escreva a sua e envie pelo contato que se encontra em baixo. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Leandro e Diego:

Leandro e Diego: 
Os irmãos Leandro e Diego são naturais da cidade de Mirassol-SP e adquiriram bem cedo o gosto pela Arte Musical. 
Tudo começou quando Leandro tinha apenas 9 anos de idade e teve o primeiro contato com a Viola Caipira e com a Música Raiz, ao ouvir um CD de 
Tião Carreiro e Pardinho que pertencia ao seu pai!!! 
Leandro então se apaixonou pelo Estilo e, com uma Viola que ganhou de presente de seu tio, começou a estudar esse maravilhoso Instrumento Musical!!! 
Diego, por outro lado, já se dedicava ao Violão e, desse modo, os dois irmãos começaram a tocar juntos em casa, o que levaram parentes e amigos a incentivarem os dois a se apresentarem em público. 
Leandro e Diego iniciaram a Carreira Musical no ano de 2003. Na época, eles ainda não cantavam. Apenas empunhavam a Viola e o Violão em bares e pequenas festas em Mirassol-SP, onde se apresentavam. No ano seguinte a jovem Dupla também começou a soltar a voz!




No decorrer dos anos de 2004 e 2005, Leandro e Diego mostravam seu trabalho em pequenas festas e participava de diversos programas de TV, tendo sido esse um período de bastante aprendizado e experiência! 
A jovem Dupla gravou então, em 2006, um CD do tipo "mix" que continha apenas três faixas, com destaque para a Música "O Cara" (Leandro - Diego - Celso Paiola), canção esta que foi bastante tocada em emissoras de rádio da região, o que propiciou certo prestígio para Leandro e Diego. 
Após diversas apresentações que realizaram Leandro e Diego gravaram, em 2008, o primeiro CD e o primeiro DVD, ambos intitulados "Leandro & Diego - Acústico Ao Vivo", em Mirassol-SP, com um repertório, bastante diversificado, com algumas regravações e também algumas Músicas inéditas, parte delas sendo de autoria própria. 
Em 2009, Leandro e Diego gravaram o segundo CD, na Capital Paulista, CD esse que contou com Músicos consagrados, e que obteve uma boa aceitação pela crítica especializada e também pelo público, além de boa divulgação nas emissoras de rádio da região de São José do Rio Preto-SP. Leandro e Diego haviam conhecido, através de um amigo, o Produtor Musical Toninho Cruz, que também é Guitarrista que acompanha "Zezé Di Camargo e Luciano", e que também fez os arranjos e produziu esse novo CD de "Leandro e Diego". 
Leandro e Diego associaram-se então à 
TCL Produções Musicais, empresa dirigida pelo Toninho Cruz e que é responsável pelos shows, divulgação e comercialização de tudo o que diz respeito à jovem Dupla. 
Interpretando um repertório dito "moderno", mas não esquecendo do Repertório Tradicional, Leandro e Diego vêm conquistando há todos pela versatilidade, e também pelo carisma e humildade. 
Elaborando esse resumo biográfico, percebo o quão gratificante é o fato de encontrarmos Jovens Talentos que se dedicam a esse Maravilhoso Instrumento Musical, e que, desse modo, podemos manter a Esperança de que a Tradição da Viola e da Música Caipira Raiz continuará a existir, mesmo na "contramão dos interesses da mídia"... 
Ah, sim!!! Uma observação importante: pesquisando na Internet a Dupla "Leandro e Diego", é comum que se encontre também referências à Dupla "Diego e Leandro", de Porto Feliz-SP, e que não tem nada a ver com a Dupla "Leandro e Diego" de Mirassol-SP, a não ser pelos nomes na ordem invertida! 

As duas Duplas são totalmente diferentes!

Badia Medeiros
 ”O Som da Viola pra mim é um som de amor”. Que aquilo grava na gente como grava uma criança que quando começa a falar, ouvem os outros falando. Eles gravam, então... É o mesmo assunto pra mim da Viola.
Os meninos aprendem a falar papai porque vê os irmãozinhos falar. O primeiro filho aprende a tratar o pai pelo nome: 'Oi, João! ', porque vê a mãe falar. Agora, quando já tem mais irmão, aí começa a falar 'papai' e' mamãe'; aprende pelo irmão mais velho que tá falando. Então é o caso.
A Viola pra mim, o Som da Viola foi isso: o amor que eu tive por ela, e aprendi a gostar da viola. Inclusive o Som da Viola vem mais quando a pessoa tá muito alegre, muito satisfeita. Ele lembra logo da Viola porque o som dela o ajuda a ficar mais alegre, mais satisfeito, abrir mais o coração. Agora quando é na tristeza, não lembra. Quando, na tristeza, você lembra assim, depois de uns tempo passado, você vai disfarça por ela.
Mas no momento, som nenhum não serve. “E aí, no caso, a Viola vai ajudar a pessoa a recuperar”. 
Badia Alves Medeiros nasceu na Fazenda Galho em Unaí - MG no ano de 1940. 
Desde cedo, sempre foi bastante ligado à Cultura Popular local. 
Com apenas 10 anos de idade, já havia começado a fazer a segunda voz na Folia do Divino, através de seu tio que era Devoto. 
Badia se casou com Dona Cesária em 1965.
Cinco anos depois, trocou sua Unaí natal pela cidade de Buriti de Minas - MG, onde morou durante 23 anos, após os quais, mudou-se para Formosa-GO, cidade onde Badia fabricava e vendia doces de porta em porta, de bicicleta, juntamente com sua esposa, e onde residem atualmente. 
Algum tempo depois, Badia começou a consertar Instrumentos Musicais de Corda; abriu uma oficina, prosseguindo com essa atividade até os dias atuais. 
Seu pai tinha uma Violinha de 5 furos com cravelhas de madeira que passava um tempão dependurada na parede, mas que era também tocada na Folia, na qual ele era Contra-Guia e Puxador de Palmas no Catira. Badia "namorava" constantemente o Instrumento... 
Apesar do "ciúme danado" que tinha para com a Violinha, chamou o filho e disse: "Parece que ocê fica com vontade de pegá a Violinha... pega... pode pega!” E, "quebrada a resistência" do pai, Badia aos poucos foi aprendendo de ouvido, vendo outros Violeiros tocando. 
De acordo com o próprio Badia Medeiros, ”Nessa época eu tava com 9 anos e rádio num tinha, não”. Música que eu ouvia era Música tocada na Viola.
Ninguém nem ouvia falá em fita, nem disco. Vitrola de corda, eu conheci já tinha 13 anos.
Foi uma novidade e aí eu ia prá cima, prá iscutá e aprendê alguma coisa. “
Com o passar do tempo, Badia Medeiros se tornou Capitão de Folia do Divino, além de Dançador de Catira e Lundu e, além de tocar a Viola Caipira e o Violão, toca também uma Sanfoninha de Oito Baixos (a chamada "Pé –de - Bode"). E, mais recentemente, Badia também vem se apresentando cantando em dupla com Valdemar de Brito Vanderlei, o Nêgo de Brito (foto acima à esquerda). 
Com sua Viola, Badia de Medeiros, já levou a Música Caipira a diversos cantos do Brasil. Ganhou também o Prêmio Renato Russo no ano de 1998.
E, em 2002, Badia Medeiros se apresentou juntamente com os célebres Violeiros Paulo Freire
 e Roberto Corrêa, no show "Violas do Brasil", espetáculo esse que, através do Projeto "Sonora Brasil" do Serviço Social do Comércio - SESC, foi mostrado em 36 cidades de 8 Estados Brasileiros. Dessa turnê, surgiu o CD "Esbrangente", conforme mencionado logo abaixo. 
Em 2003, Badia se apresentou novamente com Roberto Corrêa, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro em Brasília-DF, no show "Violas do Sertão", apresentação essa que fez parte da programação do XXV Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília! 
E, em 2004, Badia de Medeiros gravou o seu primeiro CD solo, intitulado "Badia Medeiros – Um Mestre do Sertão", lançado pela Viola Correa Produções Artísticas, Empresa da qual o Violeiro e Professor Roberto Corrêa é proprietário. 
Antes disso, Badia já havia feito alguns registros sonoros de suas Músicas, como por exemplo, em 1999, no CD Sertão Ponteado - Memórias Musicais do Entorno do DF, com gravações originais da tradição popular, pesquisa de Roberto Corrêa e Juliana Saenger.
Esse CD, por sinal, foi indicado para o Prêmio Rodrigo Melo Franco, realizado pelo IPHAN, e faz parte da "Série Cultura Popular Viola Corrêa". O mesmo pode ser adquirido pelo Apreciador através do Site Oficial de Roberto Corrêa. 
E, em 2001, Badia Medeiros participou do álbum de 10 CDs intitulado Cartografia Musical Brasileira
, interpretando "Recordação do Passado" (Badia Medeiros); esse álbum também conta com a participação de excelentes Músicos do quilate de Rogério Gulin (integrante do grupo Viola Quebrada),
Juraíldes da Cruz, "Zé da Velha e Silvério Pontes", "Janela Brasileira", "Grupo de Tradições Marajoaras Cruzeirinho", e "Quinteto de Cordas de Curitiba-PR", apenas para citar alguns! Esse CD é oriundo do programa "Rumos Musicais", realizado pelo Itaú Cultural. 
Quero destacar aqui o CD Esbrangente, que é fruto de uma turnê que Roberto Corrêa, Badia Medeiros e Paulo Freire fizeram pelo Brasil em 2002. De acordo com Paulo Freire, "...seja no interior de Santa Catarina, na capital do Acre, Norte do Amapá, Sertão Cearense ou à beira do incrível Mar Alagoano, o que mais marcou esta turnê foi a alegria que brotava no público ao final de cada espetáculo!" 
Paulo Freire também menciona que ”... um dia, Badia precisava dizer algo além de abrangente, que fosse mais para frente, que atingisse um tanto de légua adiante.
Então soltou: 'esbrangente'!
Não era a primeira vez que nos dizia uma palavra nova, uma expressão curtida no tempo do Sertão. Como todas as outras vezes, paramos tudo e pedimos para repetir. Pois lá veio a tal. E lembrei-me de uma frase do poeta Manoel de Barros: 'Não gosto de palavra acostumada'. Então percebemos: este era o espírito de nosso encontro. Era o momento de juntar tudo: as músicas, causos e sapateados que vinhamos trabalhando, cada um em seu canto..." 
Sobre o nome do CD "Esbrangente", Badia Medeiros veio com esse exemplo: "Tem dois lotes, um vizinho do outro, e não é possível pedir para o agrimensor medir. Então chama o vizinho, vai com ele até o lote e faz por conta própria. Com o muro pronto, o agrimensor aparece tempos depois e mede. Aí, se meu lote entrou dentro do vizinho, ele diz assim: a sua divisa abrangeu tantos centímetros dentro da outra. Isso é abranger. Esbranger é outra coisa, é notícia. Se diz assim: a notícia esbrangeu no mundo todo, pois o povo é doido pelas novidades". 
Badia Medeiros participa do CD "Esbrangente" em quatro faixas, interpretando juntamente com Roberto Corrêa as Músicas "Inhuma do Badia" (Badia Medeiros), "Quase Verdade" (Badia Medeiros), "Fogo na Macega" (Badia Medeiros) e "Desembolada" (Tradicional - adaptação: Badia Medeiros) (a Música, cujo trecho o Apreciador ouve ao acessar essa página). 


Além dessas faixas, o CD brinda o Apreciador com belíssimas Obras Primas do Cancioneiro Caipira Raiz, interpretadas por Paulo Freire e Roberto Corrêa, tais como "Pagode Em Brasília" (Teddy Vieira - Lourival dos Santos), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade - Ary Kerney), "Siriema" (Nhô Pai - Mário Zan), "Tristezas do Jeca" (Angelino de Oliveira), além da narração de Paulo Freire em "O Causo Do Angelino" (Paulo Freire) que nos mostra um momento bastante peculiar vivido por Angelino de Oliveira, que também é narrado no excelente livro de Paulo Freire "Eu Nasci Naquela Serra".  

Nenhum comentário:

Postar um comentário