Paulynha da Sanfona
Natural de Santa Catarina, atualmente reside no estado de Mato Grosso.
Natural de Santa Catarina, atualmente reside no estado de Mato Grosso.
Oriunda de uma
família de músicos não foi difícil descobrir seu talento, aos 5 anos de idade
Paulynha já viajava com seu pai pelo mundo artístico e já cantarolava as
primeiras canções.
Passaram-se alguns
anos um dia no escritório de seu pai pegou a sanfona de 80 baixo e começou a
tocar algumas notinhas musicais, o pai ao perceber o dom da filha, a presenteou
com uma sanfona em uma viagem a cidade de Gurupi-To.
Em alguns meses já
estava no Palco executando algumas músicas.
Paulynha começou a
cantar e tocar sanfona aos 10 anos de idade e já traz em seu currículo
importantes apresentações, umas delas com o Grupo Tradição, quando Michel Teló
ainda era integrante do grupo.
Na seqüência foram
surgindo oportunidades para participar de grandes shows a nível nacional, com artistas
de destaque no cenário musical Brasileiro como:
Maria Cecília
& Rodolfo, Calçinha Preta, Janaynna Targino, Nechivile, Gean e Giovani e
novamente com Michel Teló em carreira solo.
Também Participou
de importantes programas de TV como: PROGRAMA RAUL GIL, QUAL SEU É TALENTO e
ELIANA CAMARGO.
Dona de uma
capacidade incrível e de um talento vocal impressionante, hoje Paulynha vem se
apresentando em shows por todo o Brasil, mostrando seu talento e versatilidade
na sanfona, seu trabalho é
sucesso por onde passa, conquistando o carinho e a admiração de seus Fãs.
Convidada pelo
Raul Gil, Paulynha se apresentou no dia 30/10/2010 no Quadro Eu e as
Crianças(SBT),com a música "Mercedita". Foi um Sucesso que o Brasil
todo aplaudiu, e é claro Raul Gil frizou à ela : " As portas estarão
sempre abertas para quando você quiser voltar".
Paulynha ficou
lisonjeada com o convite, e agradeceu à Raul Gil.
Paulynha também fez participação no Show de Michel
Teló na Exponop dia 10/05/2011 em Sinop - MT,foi convidada por ele,que por
sinal ja à conhecia,pois ela também fez participação no Show do Grupo Tradição,
quando ainda Michel fazia parte do Grupo.
Avaré e Jatai
Nascidos
em Nanuque, Minas Gerais, Anilson da Costa Meireles (Avaré) e João Batista da
Costa Meireles (Jataí).
Mudaram -
se para Goiânia com seus familiares no ano de 1972.
No ano
1982 Anilson e seu irmão João Batista, iniciaram sua trajetória artística
formando a dupla que é conhecida hoje como Avaré e Jataí.
Desde
então passaram a se apresentar em circos, praças, showmícios, rádios, programas
de auditório, casas noturnas e outros eventos. Participaram de festivais
promovidos por canais de TV, rádio e entidades como SESI, obtendo melhor
classificação com a música “Sorriso do Mundo” em 1998, ano em que garantiu a
participação da dupla no CD do Festival do SESI. Em 2002 foram classificados em
4º Lugar com a música Lamento do Rio, que também foi incluída no CD do
Festival; e ainda nesse mesmo ano foi gravado o primeiro CD da dupla, intitulado
Chave da Paixão que inclui a música "Sorriso do Mundo" por se tratar
da música que lançou definitivamente a dupla no mundo artístico profissional,
que tem composições próprias e de parceiros compositores. Já em 2003 conquistou
a primeira colocação na modalidade raízes, com a música A Garupa, e ainda em 2º
lugar na modalidade interpretação. E em 2004 no mesmo Festival que é realizado
pelo SESI, foram classificados em 2º lugar nas categorias: Interpretação e
Composição. Inclusive, tendo garantido mais uma vez a participação no CD deste
evento que foi gravado no fim do ano de 2004, para o deleite do público amante
de música raiz. Em 2007 participaram mais uma vez do festival do SESI sendo
classificados em primeiro lugar na modalidade composição com a música
"Firme no Bote".
Fizeram
uma parceria com os humoristas Nilton Pinto e Tom Carvalho viajando com eles
pelas principais cidades de Goiás, e algumas cidades do Mato Grosso durante
todo o ano de 2004 e de 2005.
Em agosto
de 2004 fizeram a abertura do show de Teodoro e Sampaio realizado em Ribeirão Pires , na
grande cidade São Paulo.
Em 2006 a dupla gravou seu
segundo CD que traz sucessos como " Alerta do Criador" e
"Caboclo de Tradição", que destacaram ainda mais a dupla no meio
sertanejo.
O
trabalho realizado até então é um trabalho independente e não conta com
patrocínios e/ou empresários. E já estão preparando o terceiro CD.
Participam
de vários programas de TV como frutos da terra transmitido pela TV Anhanguera,
na beira da mata transmitido pela TV Brasil Central (Goiânia) e Brasil Caipira
transmitido pela TV Câmera (Brasilia , São Paulo e outros estados brasileiros
).
São
defensores da música sertaneja raiz e não pretendem mudar de estilo pois o dia
que a raiz morrer, morre também a árvore. Fazem shows em todo o estado de Goiás
e em vários estados brasileiros levando alegria ao coração dos admiradores da
música sertaneja raiz.
Mário Zan, O Maior Zanfoneiro do Brasil.
Mário Zan
civilmente Mário João Zandomenighi, nascido em Veneza (Itália) a 9 de outubro
de 1920 e falecido em São Paulo a 8 de novembro de 2006, não era violeiro e
nunca tocou uma viola da forma magistral como o fez com o acordeão. É provável,
até, que jamais tenha tocado uma viola.
Mas, não
há um violeiro, um sequer, que não execute uma canção desse ítalo-brasileiro
que veio com a família para o Brasil aos 4 anos de idade, desembarcando em Santa Adélia ,
interior do Estado de São Paulo. E entre essas canções está o rasqueado
“Chalana”, dele e do paulista Arlindo Pinto (1906-1968), autor de expressivas
composições sertanejas nas décadas de 1940 e 1950. Foi composta por volta de
1944, originalmente para acordeão, e gravada pelo Duo Brasil Moreno em 1952, em
um 78 RPM que tinha do Lado B outro rasqueado, “Abandonada”, de Palmeira e
Mário Zan.
O Duo
Brasil Moreno, formado pelas irmãs Dora (Dora de Paula, 1917) e Didi (Antonia
Glória de Paula, 1914), ambas paulistas de Guariba e já falecidas, regravou
“Chalana” em 1969, em
LP. Pertencentes a família de cantores, as duas começaram a
cantar com outros irmãos em programas de calouro no final dos anos 1940.
Inicialmente, como quarteto, depois trio. A dupla veio em 1952, permanecendo
até metade da década de 1970.
Em 1954,
o próprio Mário Zan gravou a primeira versão instrumental de “Chalana” em um
disco 78, pela RCA Victor, que tinha do Lado A “Falem de mim”, dele e Messias
Garcia. Na sua concepção, a música instrumental (ou solada, como se referia às
suas execuções, em que somente se toca o instrumento) permite que o ouvinte
faça outras coisas enquanto escuta; a cantada exige atenção.
“Chalana”
se transformou em um clássico e foi gravada também, dentre dezenas de outros
intérpretes, por Zé do Rancho, no disco A Viola do Zé (1966); Duo Brasil Moreno
– Chalana (1969); Tonico e Tinoco, no LP Laço de Amizade (1971); Almir Sater no
CD Almir Sater no Pantanal (1990); Renato Teixeira e Pena Branca &
Xavantinho, Ao vivo em Tatuí (1992), Helena Meirelles no seu primeiro disco
(1994) e no CD ao vivo (2002); Pena Branca & Xavantinho, no CD Pingo D’Água
(1996) e Sérgio Reis, em
Grandes Sucessos (1999).
Mais
recentemente, gravaram “Chalana”, Bruno e Marrone (com participação de
Milionário e Zé Rico), no CD Acústico Volume II (2007); Divino e Donizete, em Perfil Sertanejo
(2007); Roberta Miranda, no CD Senhora Raiz (2008); Viola do Cerrado, Ao Vivo
(2008), Rolando Boldrin & Almir Sater, em Coração Sertanejo
2 (2009) e João Neto e Frederico, no CD Só Modão (2009).
No início
dos anos 1990, a
partir da telenovela “Pantanal”, da Rede Manchete, cuja trilha sonora incluía
uma gravação de “Chalana” por Almir Sater, a canção se transformou em hino da
região pantaneira, onde estão os Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do
Sul.
Na
definição da folclorista e apresentadora de rádio e televisão Inezita Cardoso
(Inês Madalena Aranha de Lima, 1925) é a música que simboliza o Pantanal.
Musicalmente,
a composição de Mário Zan e Arlindo Pinto representa na concepção de
pesquisadores e músicos, entre os quais Almir Sater o primeiro movimento para a
fusão da música brasileira com a música paraguaia – que viria a se materializar
anos mais tarde. Embasamento musical ele possuía, pois, já no começo da
carreira profissional, em 1933, tocava diversos ritmos, a ponto de, tão logo
gravar o primeiro disco, um 78 RPM com o tango “El Choclo” e a valsa
“Namorados”, da sua autoria, receber o convite para uma excursão de três meses
por cidades do Sudeste e Centro-Oeste do País.
Foi
justamente durante esta excursão, entre 1943 e 1944, que lhe veio a inspiração
para compor a melodia de “Chalana”, cuja letra foi escrita depois por Arlindo
Pinto. Da janela de um hotel, nas margens do Rio Paraguai, em Corumbá, o músico
divisava uma curva do rio e, descendo as águas do rio, uma chalana. Sua filha,
a instrumentista e cantora Mariângela Zan, em sua página na Internet, no espaço
reservado à história do pai, traz o depoimento do sanfoneiro: “A canção surgiu
do nosso sofrimento durante a excursão, da saudade que sentíamos, sem notícias
da família”.
Mário Zan
e outros artistas chegando a Corumbá, em 1944, na histórica excursão - foto
cedida gentilmente pea família do músico para esta página
Mário Zan
e outros artistas chegando a Corumbá, em 1944, na histórica excursão - foto
cedida gentilmente por Mariangela Zan, filha do músico.
Segundo o
Dicionário Houaiss o termo chalana define as embarcações usadas em águas
fluviais, de fundo chato, lados retos e com proa e popa salientes. Na prática,
é usada para a navegação nos rios pantaneiros, entre Brasil e Bolívia, mais
acentuadamente no Rio Paraguai. É o principal meio de transporte nas regiões
mais longínquas do Pantanal, por ser de grande porte. Ao contrário da gaiola,
sem divisões internas, a chalana possui cabinas para passageiros.
Além de
“Chalana”, hino das bandas pantaneiras brasileiras, outra composição do músico
ítalo-brasileiro, o dobrado “Quarto Centenário”, se destacou e se transformou
no hino da Cidade de são Paulo. Foi composta em 1954 em parceria com J. M.
Alves para homenagear os 400 anos da fundação da Cidade de São Paulo e venceu o
concurso municipal. O disco, também em 78 RPM, vendeu 1 milhão de cópias em
poucos meses.
A beleza
emanada da singeleza, mas jamais vulgar, das melodias compostas por Mário Zan
ficou evidente, tal qual ocorreu com a “Chalana”, em Pantanal, também em “Nova
Flor” (Os homens não devem chorar). Originalmente um rasqueado e gravada por
Mário Zan em 1958, esta canção entrou na trilha sonora internacional da
primeira edição da novela “Pecado Capital”, da Rede Globo, em 1976, com o grupo
vocal norte-americano The Letterman cantando a versão inglesa “Love me like a
stranger”.
“Nova
Flor”, que recebeu o título “Los hombres no deben llorar” na letra versada para
o espanhol por Pepe Ávila, foi gravada por Roberto Carlos em 1992, a partir de uma nova
feição que ele e Erasmo Carlos deram à letra, a partir da edição espanhola, com
toque de bolero. Na nova versão, os criadores da extinta Jovem Guarda
sacrificaram a expressão “nova flor”, base do título original da canção de
Palmeira e Mário Zan.
Os
pesquisadores afirmam que a discografia de Mário João Zandomenighi – cuja
simplificação para Mário Zan teria sido sugestão de Walter Foster – reúne cerca
de 300 discos em 78 RPM, 105 LPs, além de 40 CDs, dos quais 30 ainda estão em catálogo. Os
pesquisadores creditam essa popularidade, principalmente, ao fato de Mário Zan
ser identificado em todo o País como o maior solista de festas juninas. Luiz
Gonzaga costumava dizer, sempre que o chamavam de rei da sanfona: “Eu sou o rei
do baião; o rei da sanfona é Mario Zan”.
Breve
cronologia
1920 –
Nasce, na região de Vêneto, nordeste da Itália, cuja capital é Veneza.
1924 –
Chega ao Brasil, com a família.
1933 –
Estréia como sanfoneiro profissional.
1939 –
Começam as apresentações em rádios, pela Cruzeiro do Sul.
1940 –
Vai ao Rio de Janeiro conhecer Luiz Gonzaga, onde fica por um tempo e toca na
casa noturna Sambadancing.
1944 –
Volta para São Paulo e inicia os shows, começando por Corumbá;
Compõe
“Chalana”, que recebe letra de Arlindo Pinto;
Grava primeiro
disco de 78 RPM com o tango “El Choclo” e a valsa “Namorados”, da sua autoria,
pela Continental.
1946 –
Indicado por Luiz Gonzaga para ocupar o seu lugar de solista na gravadora RCA,
onde gravou mais de 300 discos de 78 rotações e 40 LPs.
1948 – Grava
disco só com músicas juninas e cria a marcação cantada da quadrilha.
1954 –
Grava o rasqueado “Chalana”, pela RCA Victor;
Grava o
dobrado “Quarto Centenário”, em homenagem aos 400 anos da fundação da Cidade de
São Paulo, em parceria com J. M. Alves;
Participa
do filme “Da terra nasce o ódio”, de Antoninho Hossri.
1956 –
Dedica-se a pesquisa musical e lança tupiana, um tipo índio com batidas
ritmadas.
1958 –
Grava o rasqueado “Nova flor” (Os homens não devem chorar).
1960 –
Participa do filme “Tristeza do Jeca”, de Milton Amaral.
1963 –
Participa do filme “Casinha pequenina”, de Glauco Mirko Laurelli.
1976 – A
versão inglesa de “Nova Flor” (“Love me like a stranger”) gravada pelo grupo
vocal norte-americano The Letterman entra na trilha sonora internacional da
novela “Pecado Capital”, da Rede Globo.
1989 –
Lamenta a morte de Luiz Gonzaga e prevê a descaracterização da música de São
João.
1990 –
“Chalana” faz parte da trilha sonora da novela “Pantanal”, da Rede Manchete.
1998 –
Comanda o programa “Mário Zan e seus convidados”, na TV Rede Vida.
2002 –
Sua obra é tema de enredo da Escola de Samba Rosas de Ouro.
2004 – A
composição “Festa na roça”, parceria com Palmeira, foi apontada em pesquisa
realizada pela Ecad como uma das mais tocadas nas festas juninas e joaninas no
Brasil;
Recebe
título de Cidadão Honorário de São Paulo, por ocasião dos festejos dos 450 anos
da cidade;
Homenagem
da Escola de Samba Rosas de Ouro, na passagem dos 450 anos da Cidade de São
Paulo.
2006 -
Homenagem dos governos dos Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, pela
autoria do rasqueado “Chalana”.
Sepultado,
em São Paulo, no Cemitério da Consolação, em túmulo vizinho ao da Marquesa de
Santos, como era seu desejo.
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