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sábado, 14 de dezembro de 2013

Will e Roger

Will e Roger
O começo e o encontro da dupla foram por volta de 2009, após tocarem e cantarem em bares e casas noturnas com outros parceiros resolveu se juntar e cantar juntos e assim surgiu a dupla Will e Roger.
Will começou a cantar na cidade de bauru interior de São Paulo aos 13 anos de idade, se apresentava em eventos da cidade e festas na escola. Com 18 anos de idade resolveu se mudar para a capital de São Paulo em busca de maiores oportunidades e assim conseguir se firmar no cenário musical.
Hoje Will completa 10 anos de carreira e a 3 anos ao lado do parceiro Roger a dupla desponta entre as maiores duplas sertanejas do Brasil.
Nome: Wilson dos Santos
Signo:Touro
Hobby: Jogar Futebol
Time de Futebol: Santos Futebol Clube
Mania: Querer tudo do meu jeito
Gosta de Ganhar: Relógios
Admira: Minha mãe
Inicio: É Muito Importante
Futuro: Conseqüência de Tudo que Fazemos
Rogério de Souza flor,(Roger), nascido na cidade Mineira de Uberlândia, triangulo mineiro, criado em Ituiutaba  MG, veio morar e são Paulo capital em 1992, ja trabalhou em construção civil durante muitos anos sempre conciliando com a musica, teve outros parceiros na carreira, e em 2007 conhece Wilson dos santos (Will), formam a dupla Will & Roger, dos seus hobs um deles é cozinhar, um dos pratos preferidos e Frango Caipira com Pequi, quiabo, abobrinha, macarronada, camarão no alho, pratos que ele mesmo prepara.


Gosta de musica sertaneja Raiz, sempre se espelhou nas grandes duplas do passado: Belmonte e Amarai Tibagi e Miltinho, Tião Carreiro e Pardinho, Trio Parada Dura, Milionário e José Rico, Durval e David entre outras, gosta de Natureza, Mar, pescar, um bom Churrasco com amigos, esse é o Roger.     

Marco Paulo e Mathias
Marco Paulo nasceu em Bocaiuva, pequena cidade de Minas Gerais e seu parceiro Mathias, em Dourados – Mato Grosso do Sul. Ambos vieram para São Paulo no início dos anos 90. Marco seguiu carreira na área da Segurança Pública e Mathias no ramo de Telecomunicações, no entanto  nunca perderam e não querem perder os traços marcantes de sua origem do campo.
Num desses encontros que a vida propicia, em 1997,  se conheceram e identificaram a afinidade mútua e o gosto pela música sertaneja.
No início apenas os amigos mais próximos é que tinham a oportunidade de ouvi-los cantar. “E “com o tempo surgiu a Dupla Marco Paulo & Mathias, cujo “slogan” é  “ O Melhor da Música Sertaneja de Hoje e Sempre”.
Marco Paulo tomou o cuidado de registrar essa marca no INPI, tendo sido a mesma reconhecida e a ele concedida no ano de 2007.
A insistência de amigos e clientes que têm assistido à dupla em eventos corporativos, confraternizações, festas típicas, eventos particulares (churrascos, aniversários, bailes), fez com que aceitassem o convite para uma projeção mais forte no mercado da música sertaneja.
Marco Paulo & Mathias “fazem a diferença”.   As ricas vozes se completam de forma equilibrada e muito harmônica, ao mesmo tempo em que são fortes, atingindo o ápice do grave e do agudo muito tranqüilamente.
Ao público agrada o show descontraído, ao mesmo tempo alegre e pujante ou romântico na canção seguinte, sempre atendendo a inúmeros pedidos. Fazem questão de se apresentar ao vivo, com sua banda, dando um “tempero” diferenciado ao evento.
Informações e Contato para Shows:  011 6261-6535 / 9770-6163 
                         
Tenório e Praense
Mauro Cassapula, o Tenório, nasceu em Ibiporã - PR em 1968 e começou a tocar Violão e a cantar ainda na adolescência, inspirado pelas Músicas de Teixeirinha. 
José Dercídio dos Santos, o Praense, nasceu em Cambé - PR, no dia 06/07/1943.
Ainda na infância, mudou-se para Aparecida D Oeste - SP, onde aprendeu a tocar Violão e a cantar as Músicas que eram sucessos de grandes nomes da Música Raiz, dos quais era Apreciador, tais como Tião Carreiro e Pardinho Zico e Zeca, Zilo e Zalo e Zé Fortuna e Pitangueira.
Foi também nessa mesma época que José Dercídio descobriu seu talento para a Composição. 
Pouco tempo depois, José Dercídio trocou Aparecida D Oeste - SP pela cidade de Cianorte - PR, onde formou com Ado a primeira Dupla ("Ado e Praense") com a qual se apresentou pela primeira vez na Rádio Porta-Voz de Cianorte - PR. 
Foi curta a sua passagem pela emissora, já que seu maior sonho era atingir outros horizontes, rumo a Londrina-PR, que era a maior Cidade do Norte Paranaense, para onde já levava na bagagem algumas belíssimas Composições de sua autoria. 
Em 1975, Praense já participava oficialmente da Rádio Difusora de Londrina-PR, numa "Linha Sertaneja" semanal de grande audiência que era apresentada das 20:30 às 22:30 e que, com as Ondas Curtas, alcançava inclusive a Região de Assunción, no Paraguai.
Nesse programa, só se apresentavam Duplas de talento do quilate de "Juliano e Jardel" e Milionário e José Rico, além de "Ado e Praense", que foi a primeira Dupla formada por José Dercídio. 
Algum tempo depois, Praense formou dupla com o Peão Carreiro (o mesmo que também integrou a Dupla Peão Carreiro e Zé Paulo). A nova Dupla "Peão Carreiro e Praense" lançaram o seu primeiro LP ("Compositores em Dueto") pela RDG (N° 2034) em 1978, tendo alcançado sucesso com a Música "Nosso Dilema" (Praense - Peão Carreiro). 
No ano seguinte, "Peão Carreiro e Praense" gravaram o LP "Autores em Dueto" pelo selo Uirapuru/CBS (N° 350043), produzido por Horácio Faustino. Destaque para a Música "Parede e Meia" (Praense - Peão Carreiro). 
E, a convite do famoso Radialista Zé Béttio, "Peão Carreiro e Praense" assinaram contrato com a Gravadora Copacabana, no ano de 1981, e gravaram o terceiro LP ("Quarto Vizinho" - COELP 41541), produzido por José Homero e Ronaldo Adriano, tendo alcançado uma vendagem surpreendente e obtido bastante sucesso com a Faixa-Título "Quarto Vizinho" (Peão Carreiro - Praense). 
Nessa época, a Dupla "Peão Carreiro e Praense" participava também do inesquecível Programa "Linha Sertaneja Classe A" na Rádio Record de São Paulo-SP, apresentado pelo José Russo. 
E, após algum tempo no qual a Dupla esteve separada, "Peão Carreiro e Praense" lançaram em 1984 o quarto LP "A Volta", gravado também na Copacabana (COELP 41931), com destaque para "A Funcionária" (Praense), "Sonho Falado" (Praense), "Amor Escondido" (Praense), além da Faixa-Título "A Volta" (Peão Carreiro - Carlos César). 
A Dupla "Peão Carreiro e Praense" durou seis anos, de 1978 a 1984.
Em 1985, Praense passou a cantar em Dupla com Pinhalão, com quem gravou dois raríssimos LPs na formação que durou até 1987.
Por essa época, entre o final da década de 1970 e início da década de 1980, Praense também vinha se firmando como renomado Compositor, com mais de 400 Composições gravadas por excelentes intérpretes do quilate.
Como Leôncio e Leonel, Tião Carreiro e Pardinho, Belmonte e Amaraí, Mensageiro e Mexicano, Zé Tapera e Teodoro, Lourenço e Lourival, Sérgio Reis, Trio Parada Dura, Milionário e José Rico e muitos outros. 
São belíssimas Composições de sua autoria os sucessos "Tchau Amor" (Peão Carreiro - Ado - Praense), "Espinho na Cama" (Praense - Compadre Lima), "Avião das Nove" (Praense - Ado), "Esquecido" (Praense - José Rico), "O Fogo e a Brasa" (Praense - Lourival dos Santos - Tião Carreiro), "Resto de Beijos" (Praense - Mexicano), "Nem Romeu Nem Julieta" (Prado Junior - Praense), "Apagão Aéreo" (Praense - Toni Gomide) (a Música cujo trecho o Apreciador ouve, na interpretação de "Tenório e Praense", ao acessar essa página), "Paixão e Saudade" (João Miranda - Praense) e "Uma Noite Não É Nada" (Praense - Lourival dos Santos - Luiz de Castro), apenas para citar algumas. 
(E, no ano de 1989, Praense formou Dupla com Peão do Vale e a Dupla “Peão do Vale e Praense” gravou pela RGE o LP “Par Ou Ímpar” N° 308.6214) e pela Gravadora Tupã, em 1992, o LP "Laçador de Coração" (LPT 1007). A nova Dupla, no entanto, durou pouco, já que o parceiro Peão do Vale também exercia outras atividades no estado do Paraná, o que o impedia de Viajar constantemente. 
Nessa época, início da década de 1990, Praense pensava em parar de cantar e viver apenas como Compositor.
Mas como "cantar faz parte de sua vida", como o próprio Praense declara, formou novamente a Dupla com o Pinhalão, no entanto, a Dupla não pôde ir pra frente, pois o Pinhalão, sendo Policial, não podia cumprir as viagens contratuais necessárias. 
E, no ano de 1998, Praense reatou a Dupla com Peão Carreiro, tendo gravado mais um CD na Gravadora Atração Fonográfica.
No entanto, Peão Carreiro já se encontrava bastante doente e sua Voz, já não era mais a mesma. E, em 1999, Peão Carreiro "partiu para o Andar de Cima" e Praense mais uma vez se viu sem parceiro. 
No ano 2000, Praense tentou ainda mais um CD com o Pinhalão, que havia adotado o nome artístico de Peão. A Dupla "Peão e Praense" gravaram apenas um CD e a própria gravadora não se interessou pelo trabalho. 
Com a voz bem parecida com a de seu pai, o filho do Peão Carreiro formou com Praense a Dupla "Carreiro Filho e Praense" dando continuidade ao Estilo de "Peão Carreiro e Praense". A nova Dupla, no entanto, também gravou apenas um CD. 
Praense pensava novamente em "pendurar as chuteiras" como Intérprete e atuar apenas como Compositor.
Foi quando um dos maiores amigos, Mauro Cassapula, que ainda não havia formado Dupla com ninguém, convidou Dercídio a formar com ele a Dupla "Tenório e Praense". 
Apesar de já se conhecerem há mais de 20 anos, foi a partir de 2005 que Mauro e José Dercídio decidiram formar a Dupla. A estrutura para seus shows é pequena, sendo que, além da Dupla, a equipe é formada por apenas 4 Músicos. Para ir de uma cidade a outra, são utilizados dois carros de passeio próprios dos dois integrantes da Dupla. 
O Apreciador observa que nesse resumo biográfico eu falo bem pouco do Tenório... Realmente o próprio Tenório, num comentário bem humorado, disse que o Praense tem bastante História prá contar na Música Caipira, enquanto que ele é "apenas iniciante" e tem pouca coisa para incluir num "release"... 

Belmonte e Amarai
Paschoal Todarello, o Belmonte, nasceu em Barra Bonita - SP no dia 02/11/1937 e faleceu num acidente de carro em Santa Cruz das Palmeiras-SP no dia 09/09/1972. 
Domingos Amaraí Sabino da Cunha, o Amaraí, nasceu em Tapiraípe - BA (Distrito de Rui Barbosa-BA), no dia 11/10/1940. 
Alguns biógrafos afirmam que o Amaraí é natural do Estado de Goiás, mas essa dúvida foi esclarecida pelo Francis Jr., filho do Amaraí: "A história real é que meu Pai nasceu em Tapiraípe - BA, Distrito de Rui Barbosa-BA, nascido e registrado conforme Certidão de Nascimento; anos depois, fora morar com meus Avós Paternos em Santa Helena - GO." 
Belmonte, conhecido carinhosamente como Lico em Barra Bonita - SP formou duplas com Belmiro e também com Miltinho Rodrigues (que mais tarde, por sua vez, formou dupla com Tibagi: a famosa dupla Tibagi e Miltinho). 
Domingos Sabino, por outro lado, com apenas 16 anos, em Rio Verde-GO, já cantava em dupla com Amoroso.
A dupla foi desfeita e Amaraí seguiu para São Paulo-SP, onde passou a se apresentar sozinho, cantando na noite.
Amaraí também chegou a formar dupla com Tibagi, algum tempo depois. 
Com apenas 16 anos, Belmonte também já se aventurava pela Capital Paulista atrás do sonho de cantar; e foi com 18 anos que conheceu Belmiro e formou com ele a dupla "Belmiro e Belmonte", dupla essa que gravou o LP "Aquela Mulher", pela gravadora Sabiá, e que foi o primeiro disco na carreira artística de Belmonte. 
O sucesso demorou e só chegou em 1964, quando Belmonte, já com 26 anos de idade, conheceu o Amaraí no “Café dos Artistas”; formou-se a célebre dupla “Belmonte & Amaraí”, a qual se apresentava em casas noturnas e bares, interpretando os mais diversos estilos musicais, em diversos idiomas. 
No ano seguinte, Nenete (da dupla Nenete e Dorinho), sendo Diretor Artístico da gravadora RCA (hoje BMG), propôs à dupla o contrato de gravação.
E em 1966 Belmonte e Amaraí lançaram o primeiro LP, no qual o sucesso da faixa-título "Saudade de Minha Terra" (Goiá - Belmonte) se encarregou de imortalizar a dupla.
E foram mais de 1.650.000 cópias vendidas, número até hoje raramente igualado. 
No pouco tempo que durou, a dupla Belmonte e Amaraí deixou sua História na Música Caipira Raiz.
Obviamente não poderemos jamais mencioná-los sem citar o grande sucesso "Saudade De Minha Terra" (Goiá - Belmonte) que se tornou um clássico da Música Caipira Raiz.
Gravado também por inúmeros outros intérpretes tais como Sérgio Reis, Liu e Léu, Chitãozinho e Xororó, e até mesmo em versões instrumentais, a cargo de Ivan Vilela, em Solo de Viola e Laércio Ilhabela, em Solo de Violão! 
Eis abaixo a letra da belíssima "Saudade De Minha Terra" (Goiá - Belmonte): 
De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar,
Adeus paulistinha do meu coração,
Lá pro meu sertão eu quero voltar,
Ver a madrugada quando a passarada
Fazendo a alvorada começa a cantar,
Com satisfação, arreio o burrão,
Cortando o estradão, saio a galopar,
E vou escutando o gado berrando,
Sabiá cantando no jequitibá.
Por Nossa Senhora, meu sertão querido,
Vivo arrependido por ter te deixado,
Essa nova vida aqui na cidade
De tanta saudade eu tenho chorado,
Aqui tem alguém, diz que me quer bem,
Mas não me convém, eu tenho pensado,
Eu vivo com pena, pois essa morena.
Não sabe o sistema que eu fui criado,
Tô aqui cantando, de longe escutando.
Alguém está chorando com o rádio ligado.

Que saudade imensa do campo e do mato,
Do nosso regato que corta as campina,
Aos domingo eu ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas,
Que doce lembrança daquela festança
Onde tinha dança e muitas meninas,
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria,
O mundo judia, mas também me ensina,
Estou contrariado, mas não derrotado,
Eu sou bem guiado pelas Mãos Divinas.
Prá minha mãezinha já telegrafei
Que já me cansei de tanto sofrer,
Essa madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer,
Já ouço sonhando o galo cantando,
O inhambu piando no escurecer,
A lua prateada clareando as estradas,
A relva molhada desde o anoitecer,
Eu preciso ir pra ver tudo ali,
Foi lá que eu nasci lá quero morrer.

Segundo "Mato Grosso e Mathias" e também Milionário e José Rico, Belmonte e Amaraí possuíam as vozes mais afinadas e que "melhor se casavam" na época.
No entanto, apesar do belíssimo entrosamento vocal, havia freqüentes desentendimentos e separações esporádicas da dupla.
E foi numa dessas brigas que Belmonte chegou a gravar um LP com Miltinho Rodrigues (o LP "Sucessos" - "Belmonte e Miltinho"); e chegou a se apresentar também com Amauri, apesar de com ele não ter gravado nenhum disco. 
Belmonte também chegou a participar no início da década de 1970 o do LP "Jóias da Música Brasileira" a convite de Geraldo Meirelles e, nesse disco, ele cantou 6 clássicos da Música Caipira Raiz e Folclórica acompanhado de Coral e Orquestra. Dentre elas, "Chuá, Chuá" (Pedro Sá Pereira - Marques Porto - Ary Pavão), "Rio de Lágrimas" (Lourival dos Santos - Tião Carreiro - Piraci) e "Negrinho do Pastoreio" (Barbosa Lessa). 
Belmonte e Amarai gravaram mais 5 Lps, tendo sido "Porque Fui te Conhecer" o último disco de carreira, lançado pouquíssimos dias depois do acidente que vitimou Belmonte em 09/09/1972.
Neste último LP, saíram apenas 11 músicas, o que era pouco comum na época, já que a grande maioria dos LPs tinha 12 músicas, sendo 6 de cada lado.
Acredita-se que a música que faltou tenha sido por causa do falecimento repentino do Belmonte antes da conclusão da gravação do disco, apesar de que, segundo Amaraí, todas as músicas programadas para o disco haviam sido gravadas. 
Belmonte e Amaraí tornaram-se um marco dentro da Música Sertaneja, considerado por alguns como sendo os precursores do "Sertanejo Moderno". Eles inovaram na instrumentação incluindo Harpa Paraguaia, Piano, Bongô e Trompetes, instrumentos musicais praticamente inéditos até então na Música Caipira. 
a Música Caipira Raiz também sofreu influência de diversos ritmos estrangeiros como se pode notar nas Guarânias  compostas por José Fortuna e interpretadas por Cascatinha e Inhana bem como a influência dos Mariachis Mexicanos em Pedro Bento e Zé da Estrada e também em Tibagi e Miltinho e Milionário e José Rico. 
Belmonte e Amaraí também foram influenciados pela Música Folclórica Mexicana (a qual possui em Miguel Aceves Mejia um de seus expoentes máximos) e além disso gravaram também versões de músicas de Nat King Cole e Boleros de Augustin Lara (como por exemplo "Solamente Una Vez") e também músicas românticas que eram sucesso na voz de intérpretes populares como Roberto Carlos, como foi o caso de "Meu Pequeno Cachoeiro" (Raul Sampaio).
E, de certo modo "abusaram do pioneirismo" gravando a versão de "The Green Green Grass Of Home" - "Os Verdes Campos de Minha Terra" (Putman - versão: Geraldo Figueiredo), no LP "Boa Noite Amor" lançado em 1968 (possivelmente o primeiro Country na Música Caipira Brasileira). 
Há quem diga também que Belmonte e Amaraí foram a primeira dupla a homenagear os caminhoneiros, através da gravação da versão de “La Carreta Campesina” - “Carretas da Fronteira" (D. Chase - Mauricio Cardozo Ocampo - versão: Palmeira), em 1972 no penúltimo LP, intitulado "Gente da Minha Terra". 
Belmonte também gostava de ouvir música no rádio do carro; viajava à noite, em vez de dormir, para ter idéias para as versões que queria compor. 
Na curta, porém expressiva carreira de Belmonte foram mais de uma centena de músicas gravadas, tendo sido cerca de 25 composições e versões de sua autoria, até que o trágico acidente de automóvel tirou sua vida, antes mesmo dele completar 35 anos. Inesquecível, a dupla "Belmonte e Amaraí" continuam sendo solicitada e tocada nos programas sertanejos de diversas emissoras de rádio em todo o Brasil. 
Seu companheiro Amaraí, por outro lado, seguiu cantando e gravando, formando também outras duplas, inclusive com Tibagi (o mesmo da dupla Tibagi e Miltinho), tendo feito também gravações em "carreira - solo".
Foram mais de 40 Lps, os quais alcançaram ótimas vendagens. 
Atualmente o Amaraí canta em Dupla com seu filho Francis Douglas da Cunha, sendo que a nova Dupla já teve o nome "Amaraí e Francis Jr." Atualmente a Dupla formada por pai e filho utiliza o pseudônimo "Belmonte e Amaraí". Dupla que, por sinal, está lançando um CD e um DVD com os maiores sucessos de "Belmonte e Amaraí", com participações de eternos ídolos da Música Sertaneja, tais como o Tibagi (da Dupla Tibagi e Miltinho), Dorinho, Iara e Ponteli (o mesmo Dorinho que fez parte da Dupla Nenete e Dorinho) e Duo Ciriema. 
Pai e filho, "Belmonte e Amaraí" também já estiveram presentes no Viola Minha Viola, apresentado pela "Madrinha" e Comendadora Inezita Barroso, na TV Cultura de São Paulo-SP no programa que foi ao ar no dia 11/06/2003. "Belmonte e Amaraí" (que na época chamavam-se "Amaraí e Francis Jr.") reviveram alguns sucessos da antiga Dupla "Belmonte e Amaraí", relembrando o saudoso companheiro Belmonte.
Também estiveram presentes no mesmo programa o Tinoco que falou inclusive sobre o seu recém-lançado livro "Um Herói do Sertão" (escrito por Gildo Sanches - Editora Perez - 2003) e a Dupla,  Jacó e Jacozito. 
A nova Dupla "Belmonte e Amaraí" têm uma participação especial no CD "Meu Reino Encantado III" (gravado pelo Daniel em 2005), interpretando o inesquecível sucesso "Gente da Minha Terra" (Goiá - Amir), além de já ter participado também do Programa "Terra Nativa" na TV Bandeirantes (junto com "Guilherme e Santiago" e "Rio Negro e Solimões"). 
Amaraí e seu filho Francis possuem a marca e a patente "Belmonte e Amaraí", que garante a eles a propriedade legítima e é o nome que a Dupla usa atualmente com amparo legal da Lei. 

Tonico e Tinoco
“O mesmo chão que dá vida para a natureza, também sustenta o concreto, unindo num só abraço todas as maravilhas que Deus criou, e todas as maravilhas que Deus nos permitiu criar”.
Do chão nasce a árvore que nos dá o fruto, o alimento da nossa vida e também a madeira, de que entre tantos objetos também se faz a Viola.
Do chão brota o minério, que levado para a fundição se transforma em cordas de aço, em que o Violeiro entoa suas mágoas em noites enluaradas.
Do chão de Pratânia nasceu um simples filho de lavrador, que como tudo que é predestinado por Deus dá belos frutos. Quis o Criador, que eu, José Pérez, filho de Pratânia, juntamente com meu irmão, enraizasse na Cultura Brasileira, a mais pura expressão popular, a Música Sertaneja.
Então, só podemos concluir que o chão é o próprio coração de Deus, que ficou aqui na Terra. “
(Tinoco, em discurso proferido em 12/12/1997, quando recebeu o Título de Cidadão Pratiano, homenagem do povo de sua verdadeira terra-natal - discurso esse transcrito na página 63 do livro "Tinoco - Um Herói Do Sertão" - Gildo Sanches - Gráfica e Editora Pérez). 
Filhos de Maria do Carmo (Brasileira - neta de escravos) e Salvador Pérez (Espanhol de León - Astúrias- havia imigrado em 1892), João Salvador Pérez, o Tonico (02/03/1917  nasceu numa fazenda em São Manuel-SP e José Pérez, o Tinoco (19/11/1920) nasceu numa fazenda do Arraial de Guarantã em Pratânia - SP, município recém-emancipado (1993), localidade que na época era distrito de Botucatu-SP. 
Podemos dizer que Cornélio Pires, através dos Primeiros Discos de Música Caipira, a partir de 1929, já havia começado a exercer influência no gosto musical da futura Dupla Coração do Brasil, ocasião na qual a Família Pérez trabalhava na Fazenda Tavares em Botucatu-SP. 
Tonico freqüentava a escola rural e dava lições para colonos mais velhos, que lhe pagavam com frutas, rapaduras, melado e dinheiro.
Dos amigos cobrava um litro de querosene por mês (para manter os lampiões da sala de aula), mas dificilmente recebia alguma ajuda. 
Tinoco era “mais levado” e gostava de caçar passarinhos com arapucas (apesar de que depois soltava os pobres bichinhos...). Brincava com amigos do arraial e aos Sábados vestia-se de "coroinha" e ajudava na Missa.
Também acompanhava o Padre nas refeições e, de volta para casa, levava comida pros irmãos. 
Algum tempo depois, os Irmãos Pérez compraram uma Viola feita a canivete (após conseguir, com muita dificuldade, economizar 10 Mil-Réis) e passaram a cantar em dupla, formando conjunto nos "arrasta pés" e serenatas. 
 “Tristeza do Jeca” ( Angelino de Oliveira) foi a primeira música que aprenderam.
Em 15 de agosto de 1935 fizeram a primeira apresentação profissional, cantando na Festa do distrito de “Aparecidinha” em São Manuel, num bar atrás da quermesse. Juntamente com o primo Miguel, eles formavam o "Trio da Roça". 
Em 1938, quando Tonico e Tinoco tinham respectivamente 21 e 18 anos, a família foi trabalhar na pedreira Santa Helena, em Sorocaba-SP e, algum tempo depois, seguiu para a Fazenda São João de Sintra, em São Manuel-SP, onde encontrou o primeiro incentivo com José Augusto de Barros, administrador da propriedade.
Por seu intermédio, foram à Rádio Clube de São Manuel e, após a apresentação inicial, foram convidados para cantar na emissora aos domingos, apesar de que era sem remuneração... 
Pouco tempo depois, foram para a Capital Paulista e instalaram-se na Mooca.
João trabalhou como office-boy, e José como servente de pedreiro e, mais tarde como metalúrgico.
Em 1943, juntamente com o primo Miguel Pérez inscreveram-se no programa de calouros comandado por Chico Carretel (Durvalino Peluzo), na Rádio Emissora de Piratininga, mas o sucesso esperado não veio ainda dessa vez.
O Capitão Furtado que estava sem violeiro em seu programa “Arraial da Curva Torta”, na Rádio Difusora (a dupla Palmeira e Piraci havia ido para o Rio de Janeiro a convite da Rádio Nacional), promoveu então um concurso para preencher a vaga: Tonico e Tinoco, juntamente com seu primo Miguel, candidataram-se com o nome provisório de “Trio da Roça”, e cantaram o cateretê "Tudo Tem No Sertão" (Tonico). Classificados para a final, interpretaram "Adeus, Campina da Serra” ( Raul Torres - Cornélio Pires) e conquistaram o primeiro lugar. 
Conforme já mencionei, foi o sobrinho de Cornélio Pires,Ariowaldo Pires, o Capitão Furtado que sugeriu à dupla, em 1944 o nome "Tonico e Tinoco": Um dia, durante um ensaio do programa "Arraial da Curva Torta" (os Irmãos Pérez já haviam conquistado o primeiro lugar no concurso de novos violeiros mencionado acima), o Capitão Furtado que apresentava o programa e era também um grande divulgador da Música Sertaneja, havia dito que "uma dupla tão original, com vozes gêmeas, não poderia ter nome espanhol"; "Batizou", na hora, os Irmãos Pérez com o nome de "Tonico e Tinoco". 
A dupla estreou em disco, na Continental, pouco tempo depois, em 1944, com o cateretê "Em Vez De Me Agradecê" ( Capitão Furtado - Jaime Martins - Aimoré)".
Aprenderam a música no mesmo dia e, na semana seguinte, foram gravar o disco 78 RPM.
Ensaiaram no estúdio com Orlando Silveira na sanfona.
E recebeu a seguinte orientação de Ernani Dantas, diretor da Continental: "Tem um só microfone: vocês cantam e, ao terminarem os versos, saem para o conjunto poder entrar". O conjunto era formado por Piraci e Tonico no Violão, Tinoco na Viola, e Xixá no Cavaquinho.
Ernani alertou, ainda, que “não poderiam errar”, pois, se isso ocorresse, estragaria a matriz de cera, impossibilitando a gravação. 
Quando acendeu a luzinha vermelha, soltaram a voz em Lá Maior, do jeito com que eram acostumados a cantar nos tablados improvisados no interior ("na beira da tuia") e, com tal intensidade, estorou o cristal do microfone.
Não teve conserto: a Dupla ficou com apenas uma face do disco (na outra face, o disco ficou com "Salada Internacional" ( Capitão Furtado –Palmeira – Piraci) interpretada pela dupla Palmeira e Piraci). 
Bem sucedida com a gravação de “Em Vez de me Agradecê”, a qual serviu de teste, a dupla gravou seu primeiro disco completo, a moda – de - viola "Sertão Do Laranjinha" ( Capitão Furtado - Tonico - Tinoco) e “Percorrendo O Meu Brasil”, (Tonico - Tinoco - João Merlini ), e o sucesso foi imediato. 
Logo depois, a dupla também passou a se destacar com clássicos do repertório Caipira Raiz, tais como “Canoeiro” (Zé Carreiro - Alocin), "Cana Verde" (Tonico - Tinoco), "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira), "Destinos Iguais" (Ariowaldo Pires - Laureano), "Chico Mineiro" (Tonico - Francisco Ribeiro) e "Vingança do Chico Mineiro" (Tonico - Sebastião de Oliveira). 
"Chico Mineiro" (Tonico - Francisco Ribeiro) é, por sinal, um "marco" na carreira de Tonico e Tinoco: gravada pela primeira vez em Abril de 1946, a gravadora havia informado que esse seria o último disco da dupla, já que, de acordo com o encarte do CD "Tonico e Tinoco - Nossas Primeiras Gravações" - RVCD-220, lançado pela gravadora Revivendo, "...existia uma reclamação dos ouvintes, que alegavam não entender a pronúncia deles..." Porém, graças ao sucesso de "Chico Mineiro" (Tonico - Francisco Ribeiro), Tonico e Tinoco conseguiram adquirir a primeira casa para viverem juntamente com a família na Capital Paulista. 
Tonico e Tinoco já estavam se tornando a Dupla Caipira mais famosa do país!! 
E ainda sobre "Chico Mineiro" (Tonico - Francisco Ribeiro), de acordo com Ayrton Mugnaini Jr. em seu livro "Enciclopédia das Músicas Sertanejas" (página 72), o próprio Tonico dizia que"Francisco Ribeiro era porteiro das [Emissoras] Associadas, no bairro do Sumaré, em São Paulo-SP.
Em 1943 ele apresentou uma poesia, com 25 versos, no programa 'Arraial da Curva Torta'.
Enquanto a poesia era lida, eu me lembrava que meu pai contava essa história e que também já a tinha ouvido em muitos lugares: se era em São Paulo, chamava-se Chico Paulista; se era em Goiás, era Chico Goiano - mas a história era sempre a mesma. Conversando com o Francisco, cortamos alguns versos e fizemos um arranjo a partir de uma música muito antiga que nosso pai cantava ('Minha Viola de pinho / que recorda meu passado / alegra quem está doente / consola que está acordado... ').
Ficou com uma parte declamada e outra cantada, e foi o maior sucesso." 
E ainda no mesmo livro, Ayrton Mugnaini Jr. menciona que logo chegou a hora da "Vingança do Chico Mineiro" (Tonico - Sebastião de Oliveira) e o próprio Tonico nos conta que "Um dia, no programa da Rádio Tupi, apareceu um mocinho que foi dizendo 'Eu sou estudante de Medicina e trouxe esta letra para vocês darem uma olhada.
Como "Chico Mineiro" está fazendo sucesso, eu fiz a "Vingança do Chico Mineiro"... 'Acabamos gravando a 'Vingança', em 78 rotações." 
Também merece ser destacado que Ariowaldo Pires, o Capitão Furtado havia contratado a dupla Rosalinda e Florisbela para substituir Xandica e Xandoca (que haviam deixado repentinamente o programa "Arraial da Curva Torta" na Rádio Difusora de São Paulo-SP).
A jovem dupla feminina era formada por Hebe e Estela Camargo de Taubaté-SP  filhas do Violinista Sigesfredo Monteiro de Camargo, também conhecido como Fego Camargo, e que tocava no programa "Saudade" na mesma emissora. 
De acordo com o livro de Tonico e Tinoco "Da Beira Da Tuia Ao Teatro Municipal" (Editora Ática - 1984 - fora de catálogo) e citado também no livro de Rosa Nepomuceno "Música Caipira - Da Roça Ao Rodeio" (Editora 34 - pág. 138), "... Tonico caiu de amores por Estela Camargo, mas 'cadê a coragem de falar com a moça?' (...) Pediu ao pandeirista Zé Pretinho que ficou encarregado de levar bilhetes à amada, em troca de almoços, todos os domingos, num restaurante perto da rádio.
 As respostas nunca vinham e, meses depois, a moça ficou noiva. Tonico pediu uma explicação ao amigo, dizendo que estava muito aborrecido com aquilo. 'Mais que eu, não! Agora fiquei sem meu almoço dos domingos!' respondeu Zé... “
Êh, tempinho... Estela não levou prá frente à Carreira Artística, mas a irmã Hebe Camargo, seguiu como excelente cantora da nossa Boa Música Brasileira e continua apresentando seu conhecidíssimo programa semanal 
São Paulo era ainda "um tanto provinciana", apesar de estar em crescimento.
O Rio de Janeiro era ainda a Capital Federal.
E, na década de 40, mais exatamente, após a segunda guerra mundial, ainda havia espaço na Paulicéia Desvairada, via ondas de rádio, para programas sertanejos de grande prestígio: "Manhã na Roça", de Chico Carretel, na Rádio Cruzeiro do Sul; "Brasil Caboclo" e "Onde Canta o Sabiá", do Capitão Barduíno e do Comendador Biguá, na Rádio Bandeirantes; "Alma Cabocla" e também o famosíssimo "Arraial da Curva Torta", do Capitão Furtado, na Rádio Difusora. Boas duplas caipiras também estavam no auge e dividiam a popularidade com a "Dupla Coração do Brasil.
Tais como "Nhô Pai e Nhô Fio", Irmãs Castro, Mariano e Caçula, Mandi e Sorocabinha, Sulino e Marrueiro, Zé Fortuna e Pitangueira, Torrinha e Canhotinho, Brinquinho e Brioso, Irmãs Galvão, Zico e Zeca, Liu e Léu, Zilo e Zalo, Cascatinha & Inhana, Nonô e Naná, Raul Torres e Florêncio, Moreno e Moreninho, Nenete e Dorinho, Serrinha e Caboclinho, Tião Carreiro e Pardinho, Vieira e Vieirinha, Palmeira e Biá, Luizinho e Limeira, Peão Carreiro e Zé Paulo e muitas outras. Havia "trabalho garantido para todos". 
O sucesso era cada vez maior e muito mais do que merecido.
E Tonico e Tinoco receberam o título de "Dupla Coração do Brasil" em 1951, quando o humorista Saracura resolveu assim "batizá-los", pela maneira como interpretavam todos os Ritmos Regionais Brasileiros. 
Em 1961, no entanto, Tonico, acometido de tuberculose, foi internado em Campos do Jordão e Tinoco cantou algum tempo com o irmão Chiquinho.
Um duríssimo golpe, sem dúvida na carreira da dupla.
Após 4 anos e apesar do triste diagnóstico médico, que dizia não haver mais esperança de Tonico poder voltar a cantar, a Dupla Coração do Brasil se reuniu novamente e voltou a gravar, em 1965. 
Apesar de terem participado da primeira transmissão da Televisão Brasileira (a Tupi em 1950) e cantado em todos os canais de TV em São Paulo, e de terem tido também um programa exclusivo na TV Bandeirantes, Tonico e Tinoco sempre preferiram, no entanto, as Estações de Rádio, onde a dupla atuou em programas exclusivos na Tupi, Nacional e Bandeirantes. 
Qual terá sido o "Ponto Mais Alto na Carreira de Tonico e Tinoco"?. Em minha opinião, foi em 06/06/1979, quando a Dupla Coração do Brasil apresentou-se no Teatro Municipal de São Paulo, num show que duraram três horas e que reuniu um público recorde de 2.500 pessoas!!! Da "beira da tuia", celeiros centenários onde cantavam no passado, os Irmãos Pérez chegavam a um dos mais famosos teatros do mundo, que até então só havia aberto as suas portas para Óperas, Balés e Concertos Eruditos. 
Também escreveram por essa época o livro "Tonico e Tinoco - Da Beira da Tuia ao Teatro Municipal", o qual esperamos que seja reeditado o mais breve possível, já que se encontra fora de catálogo. 
O último CD da dupla foi gravado em 1994, pela Polygram (hoje Universal Music), com a participação de Chitãozinho e Xororó e Sandy e Júnior na primeira faixa (intitulada "Coração do Brasil" (Joel Marques - Maracaí)).
O último show da dupla foi em Juína - MT, em 07/08/1994.
E, no dia 13/08/1994, após uma queda acidental na escadaria do prédio onde morava no bairro da Mooca, um traumatismo craniano fez com que João Salvador Pérez, o Tonico, deixasse esse mundo, repentinamente... 
E Tinoco ainda "encontrou forças" no amor que recebeu dos fãs, e na saudade do companheiro que havia partido.
Realizou mais de trinta apresentações às quais haviam sido contratadas antes do falecimento de Tonico. 
E a vida continua... E o show não pode parar... Tinoco não parou de trabalhar!  
No início de 1995, Tinoco formou por aproximadamente um ano uma dupla com Zé Paulo (o mesmo que durante vários anos cantou em dupla com Peão Carreiro). 
Em 1996, Tinoco formou com Uilton Antonio Santos a dupla "Tinoco e Tinoquinho". Uilton havia gravado 2 compactos e 2 CDs, além de ter trabalhado na década de 1970 com João Mineiro e Marciano.
Em 1980, formou uma banda, e realizou grandes eventos pelo Interior Paulista.
Em 1992, Uilton trouxe sua banda para integrar o Show de Tonico e Tinoco.
Com o tempo, foi "batizado" como Tinoquinho e "adotado de coração por Tinoco como se fosse seu filho"... 
E Tinoco continua "na estrada": após o falecimento do Tonico, ele já dividiu o palco com cerca de 10 diferentes Músicos Caipiras, tais como Zé Paulo Medeiros, Gentil Rossi, além dos já mencionados Zé Paulo e Tinoquinho, com quem chegou a gravar alguns CDs. 
Alguns números interessantes da Produção Musical de Tonico e Tinoco: 
Mais de 1500 gravações em: 
83 "bolachões" 78 RPM; 
30 compactos simples e duplos; 
82 LPS; 
03 CDs inéditos, além de mais de 50 CDs remasterizados (40 dos quais remasterizados recentemente pela Globo/Continental).
Apesar do número, calcula-se que apenas um pouco mais da metade da Produção em Vinil de Tonico e Tinoco tenha sido realmente remasterizada em CD.
Esperamos que esse trabalho continue, para que tal Patrimônio Histórico Musical esteja acessível a todos nós e também à "nova geração de apreciadores"! 
Venderam mais de 150 milhões de cópias, realizando também um incontável número de apresentações em toda a carreira. 
Para nossa felicidade, as primeiras 21 gravações deixadas em 78 RPM pela Dupla Coração do Brasil foram remasterizadas no CD "Tonico e Tinoco - Nossas Primeiras Gravações" - RVCD-220 lançado pela excelente gravadora Revivendo com um excelente trabalho de León Barg em termos do resgate das preciosas gravações históricas, que vão de 1944 a 1948, muitas das quais disponíveis apenas em 78 RPM até então!
A 1ª. faixa é a histórica gravação de "Em Vez De Me Agradecer" (Capitão Furtado - Jaime Martins - Aimoré) que ocupava o Lado A do disco 78 RPM Nº. 15.385-A, da Continental (Matriz 10.324-2), gravada em Novembro de 1944 e lançada em Julho de 1945. Conforme já foi mencionado, no Lado-B desse "bolachão", foi gravada a música "Salada Internacional" (Capitão Furtado - Palmeira - Piraci) pela dupla “Palmeira e Piraci" e esse "bolachão" 78 RPM foi à estréia em disco de Tonico e Tinoco.
A mencionada gravação do Lado-B também foi lançada pela Revivendo no CD "Palmeira e Piraci - Caboclinho Apaixonado" - 
 Em São Manuel-SP, ao lado da Avenida José Horácio Mellão, próximo à entrada da cidade, junto à Rodovia Marechal Rondon, na Praça Tonico e Tinoco, encontra-se o monumento dedicado à Dupla Coração do Brasil, que consiste nas estátuas de bronze que representam os dois irmãos e uma armação metálica por trás que lembra o "contorno" de uma Viola, com cerca de 10 metros de altura (foto à direita). O monumento foi inaugurado em 01/10/1996 pelo então prefeito de São Manuel-SP, Marcos Monti.
E a Obra de Arte foi esculpida por Pedro César, de Botucatu-SP. Tal monumento virou atração turística e são freqüentes as paradas de ônibus de turismo de passagem pela Rodovia Marechal Rondon que adentram a cidade para que a praça seja visitada e fotografada. 

Zé do Rancho
João Isidoro Pereira, Intérprete e Compositor.
Nasceu em Guapiaçu - SP no dia 04/06/1927. Com 8 anos, era engraxate e também fazia carretos na feira livre em São José do Rio Preto-SP, além de já tocar Cavaquinho nos bailes. 
João Isidoro iniciou a carreira artística aos 17 anos de idade em circos onde se apresentava como instrumentista, cantor e também ator de dramas e comédias, tendo adotado o nome artístico de Bonifácio.
E foi num circo que formou uma dupla com Cacau do Sertão que foi quem lhe sugeriu um nome mais sertanejo: “... você é João. Que tal João do Campo?... Não! Zé do Rancho!!" 
E em 1950, já tendo adotado o nome artístico de Zé do Rancho, atuou durante 4 anos tocando guitarra elétrica e cantando na Orquestra Nelson de Tupã-SP. 
Em 1954, Zé do Rancho seguiu para a Capital Paulista a convite da Rádio Tupi e passou a participar do famoso trio juntamente com Serrinha e Riellinho, tendo Zé do Rancho substituído o Caboclinho, que já apresentava problemas de saúde. 
Zé do Rancho participou do "Trio Mais Querido do Brasil" de forma intermitente até 1957, ano do falecimento do Caboclinho. A partir de então, Zé do Rancho assumiu de vez o lugar e integrou o trio "Serrinha, Zé do Rancho e Riellinho" até 1962, com diversos shows e gravações.
E continuaram a apresentar o programa na Rádio Tupi às Terças, Quintas e Sábados sempre às 18:30. 
Na mesma época, Zé do Rancho também formou uma dupla com seu irmão Gumercindo Isidoro Pereira (nascido em Guapiaçu - SP em 1930 e falecido em Paranaguá-PR em 1969), que adotou o nome artístico de Zé do Pinho. "Zé do Rancho e Zé do Pinho" gravaram em 1956 e 1957 dois "bolachões" 78 RPM com destaque para as músicas "Três Companheiros" (João Batista) e "Rincão Mato-Grossense" (Zé do Rancho - Zacarias Mourão). Zé do Rancho teve mais tarde outro companheiro que também adotou o nome de Zé do Pinho, como será visto adiante. 
Em 1962, com a aposentadoria de Serrinha, a esposa de Zé do Rancho, Maria Vieira da Silva (nascida em Bauru-SP em 07/02/1939 e que Zé do Rancho havia conhecido em 1957) passou a integrar o trio que, por sua vez, foi desfeito em 1965.
A nova dupla "Zé do Rancho e Mariazinha" foi depois para a Rádio Nacional (hoje Globo) de São Paulo-SP, na qual permaneceu de 1969 até 1971. 
 “Zé do Rancho e Mariazinha" gravaram 4 LPs até 1972.
O maior sucesso da nova Dupla foi sem dúvida a bem humorada Composição "Abra A Porta Mariquinha (Resposta Da Mariquinha)" (Zé Batuta - Quintino Eliseu - Zé do Rancho)  gravada na RCA (hoje BMG) em 1969.
A mesma Música também chegou a ser gravada pelos então iniciantes "Sandy e Junior", que são seus netos, já que Zé do Rancho é o sogro de Xororó (que canta em dupla com Chitãozinho), que é casado com sua filha Noely, mãe de Sandy e Junior. 
Mariazinha deixou a dupla em 1972 e, dois anos depois, passou a integrar o Duo Glacial, tendo substituído Ana Servan Vidal (nascida em Onda Verde-SP em 01/05/1941), que integrava o duo até então juntamente com seu irmão Miguel Servan Vidal (nascido em Mirassol-SP em 10/01/1936).
Logo depois, Mariazinha optou por abandonar a carreira artística, passando a viver em Campinas-SP, juntamente com Noely, sua filha, esposa de Xororó, conforme já foi mencionado. 
Em 1975 Zé do Rancho formou uma nova dupla com Sebastião Gomes (nascido em Ariranha – SP em 1951) e que era até então o Vilmar da dupla "Valmir e Vilmar". Sebastião também adotou o nome artístico de Zé do Pinho, o mesmo nome artístico que já havia sido adotado pelo Gumercindo, irmão de Zé do Rancho, antes desse formar o trio com Serrinha e Rielinho, conforme já foi mencionado nesse resumo biográfico. 
 “Zé do Rancho e Zé do Pinho" emplacaram diversos sucessos tais como "No Colo Da Noite" (Lindomar Castilho - Ronaldo Adriano), "Devolva A Passagem" (Zé do Rancho - Ronaldo Adriano) e "Meu Sítio, Meu Paraíso" (Zé do Rancho), apenas para citar algumas.
além de terem regravado também a célebre "Bom Jesus De Pirapora" (Serrinha - Ado Benatti) que havia feito sucesso com a dupla Serrinha e Caboclinho. 
A dupla "Zé do Rancho e Zé do Pinho" terminou em 1980, após ter gravado 6 LPs pela RCA (hoje BMG).
Zé do Pinho abandonou a carreira artística e seguiu carreira religiosa como Pastor Protestante. 
A convite de Nenete (da dupla "Nenete e Dorinho), que era produtor sertanejo da RCA (hoje BMG), Zé do Rancho também gravou dois discos como Solista de Viola: os LPs "A Viola do Zé" (1966) e "Viola Sertaneja" (1981), tendo interpretado brilhantemente composições caipiras célebres tais como "Lamentos Da Viola" (Nenete - Zé do Rancho), "Chalana" (Mário Zan - Arlindo Pinto), "Rio Abaixo" (J. da Silva Vidal - Zé do Rancho), "Lembranças" (Zé Fortuna), "A Viola E O Violão" (Nenete - Zé do Rancho), além de preciosidades de nossa Boa Música Brasileira, tais como "Disparada" (Geraldo Vandré - Théo de Barros) e "Despertar da Montanha" (Eduardo Souto)! 
Pouco conhecido, porém excelente, é o trabalho de Zé do Rancho como instrumentista, não apenas na Viola Caipira, mas também no Violão e no Cavaquinho. Também já gravou juntamente com Tonico e Tinoco, Sérgio Reis e Léo Canhoto e Robertinho, além de ter acompanhado artistas do porte de Vicente Celestino.
Zé do Rancho, porém, não era creditado nas capas dos discos dos quais participava. 
Zé do Rancho foi também produtor artístico nas gravadoras RGE, em 1960, e RCA, em 1974. Além da Rádio Tupi e da Rádio Nacional, também produziu e apresentou programas na Bandeirantes e na Nove de Julho. Acredita-se que Zé do Rancho tenha composto e gravado cerca de 200 músicas, que também foram gravadas por renomados artistas como Sérgio Reis, Belmonte e Amaraí, Milionário e José Rico e Irmãs Galvão. 
Zé do Rancho não tem mais gravado em estúdio desde 1998. Queixa-se de ter "perdido o pique", além de não se adaptar muito bem com os fones de ouvido. Por outro lado, continua gravando de forma amadorística em seu estúdio caseiro, com 24 canais e tocando a Viola, o Violão e também o Cavaquinho e a Guitarra. Mas garante que ainda volta a cantar: “... quando achar uma segunda voz bonita, ainda sou capaz de fazer quase igual ao que eu fazia há 15, 20 anos...". 
no dia 04/06/2007, Zé do Rancho comemorou seu 80º Aniversário em "Alto Estilo", numa belíssima Apresentação que teve lugar na Vila Country, na Capital Paulista.
Quero destacar os excelentes CD e DVD "Histórias De Uma Viola", que foram gravados nessa ocasião e que brindam o Apreciador com o Zé do Rancho solando as cordas, sendo que, além de suas Composições Estilo Caipira Raiz, o Músico mostrou também uma belíssima técnica no Cavaquinho interpretando alguns Chorinhos consagrados, como por exemplo, "Brasileirinho" (Waldir Azevedo)! 
Diversos Músicos famosos dividiram o palco com Zé do Rancho nessa Apresentação, dentre os quais, seus netos "Sandy e Junior", além da Família Lima, "Chitãozinho e Xororó", Mariazinha, Zé do Pinho, Sérgio Reis e as Irmãs Galvão! 

Craveiro e Cravinho.
 "O que seria das Flores e Frutos, não fosse à raiz que, fincada na terra escura lhes dá a sustentação e a seiva da vida. Nós Craveiro & Cravinho somos a raiz de uma árvore frondosa chamada "Música Sertaneja", que é a nossa cultura e amor por esse chão.  
Craveiro & Cravinho. 
Ambos de Pederneiras - SP, Sebastião Franco, o Craveiro nasceu em 1931 e João Franco, o Cravinho, nasceu em 1939.
Eles são conterrâneos do Compositor e Poeta José Caetano Erba também filho de Pederneiras - SP. 
Ainda crianças, Sebastião e João já se interessavam pela música e cantavam no meio da roça, ao pé do cabo da enxada; também cantavam com o pai, o violeiro Josué Franco, em festas nas fazendas nas proximidades de Pederneiras - SP. Catireiro e músico dos bons, Josué Franco estimulava os dois meninos a prosseguir e fazer carreira. 
Foi assim que resolveram, ao final da década de 1940, formar a dupla Craveiro e Cravinho.
E passaram a se a se apresentar na rádio Cultura de Pederneiras (SP). 
Tendo trocado Pederneiras - SP por Piracicaba - SP, passaram a fazer parte do elenco da Rádio Difusora local, em 1958, com programas exclusivos da dupla que em pouco tempo já liderava a audiência da emissora, na qual atuaram por quase 20 anos. 
Incentivados por Teddy Vieira, Craveiro e Cravinho seguiram para São Paulo no início da década de 1960, onde gravaram os primeiros discos 78 RPM. Com o sucesso obtido, fincaram raízes no estilo Caipira com gravações de outros LP´s de Modas de Viola. 
Ganharam também diversos programas de rádio somente deles, os quais foram ao ar para todo o território nacional, em diversas emissoras, dentre as quais, a Rádio Piratininga, Nacional, Record e Bandeirantes de São Paulo, além de freqüentes participações no inesquecível programa Som Brasil, nas manhãs de Domingo na Rede Globo de Televisão. 
Adeptos do estilo de Tonico e Tinoco, Craveiro e Cravinho defendem como poucos a nossa Música Raiz, a Viola e o Violão, A Moda de Viola, O Cateretê, O Desafio, em todos os cantos do país, onde continuam se apresentando em Exposições, Festas Agropecuárias, Festas de Peão de Boiadeiro, Aniversários de Cidades, bem como em conceituados programas de Rádio e TV, como é o caso do excelente "Viola Minha Viola" produzido por Rivaldo Corulli e apresentado pela "Madrinha" Inezita Barroso pela TV Cultura de São Paulo-SP. 
Craveiro e Cravinho também possuem o título de Cidadão Piracicabano, em reconhecimento pela divulgação da Música e da cidade de Piracicaba-SP.
Receberam também um Diploma do então Presidente da República João Batista Figueiredo, além de possuírem também o Troféu e a Medalha pelo Cinquentenário da Música Sertaneja, e também o Troféu "O Galo" da Chantecler por terem permanecido por mais de trinta anos na mesma gravadora. 
Em 1999, após 12 anos sem gravar, lançaram pela Allegretto o primeiro CD, de excelente repertório, com a produção de Paraíso e Mário Campanha (esposo e produtor de Mary Zuil Galvão). Destaque para "Franguinho na Panela" (Moacyr dos Santos - Paraíso) e "Cadeira de Balanço" (José Caetano Erba - Paraíso). 
Vale também lembrar que Craveiro é pai do piracicabano Sebastião Cézar Franco (nascido em 18/01/1958).

E Paulo Roberto Franco (nascido em 16/05/1960) e que formam atualmente a dupla Cezar e Paulinho, com cerca de 20 discos gravados, desde 1974. 

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